terça-feira, 30 de junho de 2009

F-O-M-E.

olha de lado, sorrateira e como de costume, bastante fulgás.
ela ri pra mim como o quê eu não sei. mas se senta.
acende um cigarro, pede um café, expresso e com leite. até a borda.
muitas vezes lê apenas as colunas de arte no jornal, se faz de tonta.
joguetes, e unhas roídas de vermelho.
dizem que é uma dona infeliz. que não tem ninguém;
talvez se ela fosse um pouco menos pedante, eu daria o que ela quer.
vem aqui todo dia só pra olhar, "não sei o quê".
senta à mesa, pede o mesmo café. eu já a conheço.
desses e de mais outros carnavais, prefiro nem comentar.
renega, rejeita, cospe dentre meus aventais enquanto lhe sirvo, condena os iguais...
mas me olha. Rente e firme. Olha sim, eu vejo;
eu sinto o queimor que sobe por suas pernas quando lhe vem à boca o café com leite.
até a borda...
até derramar encima de mim por susto ou tremor. ela quer tanto que não consegue...
não disfarça. mas se essa dona fosse menos, menos... menos "assim", eu a levaria
pra aquele motel de quinta, ali na esquina
e a mostraria, que um café expresso com leite nunca foi suficiente
pra alimentar seus devaneios de impudor; e muito menos serviria para matar
sua fome.

2 comentários:

. disse...

C-A-R-A-L-E-O!


o/



velho, senti cada palavra como se estivesse vendo a cena!AMEI!Você é muito talentosa cunhas!
amo :*

. disse...

e como assim eu sou lasciva?
[cara de desentendida :P ]

terça-feira, 30 de junho de 2009

F-O-M-E.

olha de lado, sorrateira e como de costume, bastante fulgás.
ela ri pra mim como o quê eu não sei. mas se senta.
acende um cigarro, pede um café, expresso e com leite. até a borda.
muitas vezes lê apenas as colunas de arte no jornal, se faz de tonta.
joguetes, e unhas roídas de vermelho.
dizem que é uma dona infeliz. que não tem ninguém;
talvez se ela fosse um pouco menos pedante, eu daria o que ela quer.
vem aqui todo dia só pra olhar, "não sei o quê".
senta à mesa, pede o mesmo café. eu já a conheço.
desses e de mais outros carnavais, prefiro nem comentar.
renega, rejeita, cospe dentre meus aventais enquanto lhe sirvo, condena os iguais...
mas me olha. Rente e firme. Olha sim, eu vejo;
eu sinto o queimor que sobe por suas pernas quando lhe vem à boca o café com leite.
até a borda...
até derramar encima de mim por susto ou tremor. ela quer tanto que não consegue...
não disfarça. mas se essa dona fosse menos, menos... menos "assim", eu a levaria
pra aquele motel de quinta, ali na esquina
e a mostraria, que um café expresso com leite nunca foi suficiente
pra alimentar seus devaneios de impudor; e muito menos serviria para matar
sua fome.

2 comentários:

. disse...

C-A-R-A-L-E-O!


o/



velho, senti cada palavra como se estivesse vendo a cena!AMEI!Você é muito talentosa cunhas!
amo :*

. disse...

e como assim eu sou lasciva?
[cara de desentendida :P ]

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