sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Faces.

Minha altividade grita
minha pele jorra
uma sensualidade contida
que a olho nú, não se dá conta.
danço encima das palavras
as cubro de melodias
rodo minha saia, comandando os ventos.
da minha voz rouca, se ouve
os cantos, os desejos, as profecias pueris,
enquanto expurgo meus demônios na força bruta do mar.
e sou assim.
altiva, e caminho para frente.
corpo forte, beijo doçe
pele morena, e um bocado de amor pra dar.
pra você.

Volúpia.

Me arrepiaria
Sua língua na minha pele.
Teu beijo no meu corpo
Tua silhueta no escuro

Me encataria
Tatear teu corpo
Até achar a fenda
De onde jorra o mel de todos os prazeres

Tão desejado... Tão venerado;

Cavalgaria em ti noites a fio.
Até sermos uma só.
Submergindo em teu suor
Meu corpo que já seria teu corpo.

Boca, nuca, seios, língua, pernas;
E o cheiro de sexo demarcando nosso espaço.

Te amaria cegamente
Pois ali saberia
Que pelos sonos dos séculos
És minha; E eu? Sempre tua.

Num quarto fechado.
Vinho, lençóis de seda, ás escuras.
Apenas eu, você,
E os devaneios em série
Da nossa volúpia.

Magia dos Orixás.

".. e o ronco das congas encontram meus ouvidos.. sinto arrepios.
o estampido do tambor me procura; as mãos tremem.
a voz.. a voz quer saltar... A lua me chama
Salve jorge, Ogunhê! meu orixá1
hoje é dia de festa, e na senzala rodo minha saia..
Ilús, Xequerês, Berimbais e Axé!
a minha oxum se exalta, pra balançar minha saia
pra quela moça que vem de longe.. da casa grande;
para com os negros sentar, na senzala..

Puxo o canto, olho de frente.
de amor moço não tenho medo
e quem dirá que seus olhos verdes não são de alma negra, como a noite que nos cerca?!

ela ouviu o estampido, e eis que aqui surgiu.
eu giro a saia, puxo da voz, o canto de amor, mais profundo que reluz o ouro de oxum;
a prata de Ogum; voz forte, e ela olha.. minha pele morena.
sem medo de amor novo... Seus olhos verdes me rodeando
pra na senzala, comigo deitar.

Anunciação.

hoje não quero escrever poemas.
hoje meu céu é um santuáro.
e eu me preparo
porque os sinos anunciam a chegada dela.
e na alvorada
já se nota.
floriu meu sorriso;
nasceu em meio tudo aquilo que se dava, em meio a uma multidão de almas
estamos conectadas;
e é mais forte que nunca
arrebenta emm mim como o mar
esse facho de luz que nunca para de crescer
que nunca sonha em findar
só ascende em crescer, e já colho a galope
os frutos desse nosso elo; dessa nossa união.
nada mais nos prende ao céus, porque temos os pés no chão.
e a realidade á tão doce, que dançamos sobre os obstáculos;
bebemos do néctar sagrado, e hoje estou aqui,
pra fazer-lhe o juramento de outrora:
sou tua. tua com a lealdade cega de um cão;
e velarei teu sono...
cultuarei teu corpo, meu sagrado santuário e te darei meus melhores dias;
minha voz e minhas canções; minhas palavras e meu silêncio;
serei teu escudo e tua coberta; até que em meus braços desfaleças.
e a minha vida, se mistura com a tua. e a tua, preenche a minha.
espero-te aqui, nos confins dos nossos sonhos.
a alvorada aproxima-se; os sinos ressoam:
30 de janeiro de 2008. Eu reencontrei a alma do meu amor.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Luz.

coisa que dói quando tu some
que me inebria quando tu chega
coisa que jorra os litros das nossas horas jogadas aqui
que me faz sentir viva.


coisa que me completa,
coisa colorida de luz,
coisa que satisfaz quando tu está perto

dor que engole meu sonho
quando não estás;
dor que me deixa sem paz
dor que nos deixa distantes.

pássaro colorido no meu jardim
beijos de maçã, com cheiro de hortelã..
dossel, e nossos corpos num só.

moça que me submerge em nós.
que reflete seu sorriso
em mim.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Efeitos colaterais da saudade.

ai como eu sou boboca...
eu olhando o céu de madrugada, rindo da minha própria cara
e a saudade engolindo meu sono
e eu sentada a meia luz dedilhando um violão.
poque eu sou assim hein?!
mas já dizia um poeta, cedo ou tarde, toda espera tem seu fim.
mas o que essa moça tão linda quer de mim? espera de mim?
os ventos do norte me levam na estrela mais bonita
e eu caí em forma de flor no seu jardim.
ai ai.

confusa confusa.. apaixonadinha, encantada e espantada pra cacete.

a química, a honestidade, até a paixão pelas artes!

putaquepariuô!

tô entrando em parafusos, e isso se chama efeito da saudadade.
volto mais tarde, quando o meu amor me acalamar.


Ps.: odeio ficar agitada e confusa assim. isso é ruim pra o leitor, mas entenda. Eu estou ficando perdidamente apaixonada, e meu sorriso não cosegue sair da minha cara lavada. Eu estou confusa e morta de saudade daquelas conversas sem fim que me prendem em casa e me fazem querer mais e mais ela pra mim saca?! já sentiu isso? então você, meu caro leitor, sabe do que eu estou falando.

sábado, 24 de janeiro de 2009

A tesoura e o desespero.

quem é essa moça arredia? angústiada com toda essa coisa?
o que foi que aconteceu? ela não para aqui.
e aí resta eu assim, de lado.
com ciúme bobo dos discos, livros e gavetas.
do salão de beleza, e da tesoura que cortou demais os cabelos da flor.
sossega, pr'eu sossegar também, dona flor.
sossega! que tu não precisa desses aparatos!
isso é só enfeite, pra a beleza maior que tu és.
então deita aqui, e sossega. que hoje o dia tarda a raiar.

Carnaval.

Gelo, limão, e uma boa dose você pra animar esse samba.

saudade - ou, a árvore de mim.

saudade.
essa coisa com jeito de engolir meus olhos e comer minhas víseras,
isso que se dá obscuro, que cresce em baixo da minha cama e dentro do meu armário.
que queima as as cartas que ainda não escrevi, que destrói os vestígios apalpaveis das coisas que mais amo, me castigando a conviver com as lembranças.
saudade que não passa;
saudade que faz arrastar as horas;
saudade do que me faz caminhar em frente. e é bastante engraçado, porque eu sinto falta daquilo que não vivi, ainda.
tenho saudades do cheiro da flor, que ainda não senti.
sinto falta do abraço que ainda não ganhei... e é como se ela estivesse bem aqui.
e isso tudo me engoli! me afoga dentro desse nós que tá crescendo aqui.
e já dá pra ver nos galhos de mim, essa sementinha germinar.
essa saudade já passa, passará.
é só fechar os olhos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Presente do cósmos. - ou, vendo o céu.

Isso que é estranho, mas eu acabo gostando...

Era uma vez uma menina diferente. eu não consigo explicar por quê, mas tem outro tom.
zumbido de flauta doce no meu ouvido; aquele sorriso.. E encantos sem fim.
noites em claro ao telefone. Dores nas costas por estar durante muito tempo na internet.

-quero fugir.
-foge comigo?

[...]

-tu me quer?
-eu quero.
-e se tu quiser as outras?
-eu não quero.


E eu não sei explicar essas coincidências mas é só pensar com fé que ela aparece cheia de luz.
com aquele sorriso, a vozinha gostosa, e as vezes é como se deus risse da cara dagente por demorar tanto pra se encontrar.
ela me deu música como presente. fez do meu jardim sua casa. Ontem, me fez rir com coisinhas bobas, ficamos ali durante horas.. e então ela pediu:

-canta pra mim?
-tu quer que eu cante o que?
-canta o que vocÊ quiser, mas canta pra mim?

e eu cantei. soprei pra ela roberta e seu "belo e estranho dia"; fernanda e sua "paisagem de amor"; hermaníacos e sua forma de "fazer mar"; e hoje, mesmo dormindo pouco, acordar sorrindo, e irradiar luz por ouvir o telefone tocar dinovo.

-bom dia flor!
-bom dia!
-tu sumiste e não ligaste novamente?
-o telefone voltou ao normal.
-eu não queria que voltasse. eu gostei muito de ontem.
-eu também.
-agente se fala mais tarde.
-tá certo, agente se fala.

e é tudo encantado. nós quisemos conhecer-nos. Mas caberá ao tempo fazer entoar o canto que diz na "janta" que ela roubou do camelo e deu pra mim:

"Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade"

com seus paper clips and crayons, que a coloriu. E coloriu também, meu Céu
de acrílico.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Zumbis do amor.

Procuro pelas estantes
Por entre meus livros favoritos
Pelas sombras que regem minha casa
Pelas minhas contas
Pelos meus trocados
Mas nunca acho.
Ando pelo mundo e quase sempre procurando
Até mesmo sem saber.
Por entre as saias das meninas
Por entre a boca de alguns rapazes
Agora já cansei.
E procurei demais.
Pensei que achei
Tudo ilusão.
Agora, tomei o veneno das pedras e agruras.
Virei zumbi. Virei mais um; caminhando numa multidão de amores, porém só.
Sempre só. No fundo daquele porão, aonde na vitrola você me apresentou um velho disco;
Menina de olhos verdes na capa, cabelos de chocolate e um sorriso que reconheço em mim hoje. Aquele sorriso de dor, sorriso de lado... Sorriso calado. Sorriso de quem já sofreu demais com o peso do bronze, a procura dos cristais. E ontem à noite, estranhamente eu sonhei com ela. Na sacada de um prédio, de um lugar que eu não conheço. Mas lembro-me que havia placas luminosas de frente para nós; Placas de caligrafias antigas e bonitas que muito me encatara. De frente para um lugar que me parece mais uma sacada que dá para o fundo dos aposentos dos empregados. De frente para as placas luminosas. Minha família dormia nos outros aposentos e, no sonho, eu acordava no meio da noite, sem sono. E lá, sentada na sacada com uma espécie de “camisola” branca, e aqueles mágicos cabelos de cor de chocolates soltos, chegavam até os seus ombros. Lembro que nós conversávamos e, derrepente, ela olhou-me de uma forma, que me assustava! De uma forma que nem a tua partida me assustou.
Ela segurou-me pelos braços e disse-me com clareza e desespero: “-Olha pra mim! Meus olhos são quase portais!” e ela caiu da sacada que estava sentada, eu olhei para baixo e me desesperei. Ela sumiu. Corri apavorada para cama da minha mãe, ainda no sono. Acordei. E estava em desespero. Fiz uma prece. Orei por ela, e por mim. Já que fomos e somos zumbis. Zumbis do amor; zumbis da arte... Zumbis da dor. Eu, Letícia, Maysa, fulanos, Elilsons, beltranos, cicranos e tantos outros que amam, sofrem, choram, e aprendem a levantar e seguir. Seguir sempre; seguir procurando.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tolas lembranças num dia de sol.

engraçado.
senti sua falata, enquanto estava encima das pedras, olhando o mar.
curiosa sessa minha mania de sentir saudades daquilo que eu nunca tive.
tolice acreditar que um dia você me quis.
mas como diria maysa:

"...se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Nós.



Foi num amanhecer de Outubro que me apaixonei. Depois disso, roubei dele poemas e rimas.. E agora nossas Jazem em em paz aqui nesse céu de acrílico em tons e cores inimagináveis. pois amigas são nossas almas.

te amo seu moço.

Auto Retrato - Por, Lays Vanessa.

Retrato da solidão - Por Lays Vanessa.

Todo Anjo tem medo também - por Lays Vanessa

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Faces.

Minha altividade grita
minha pele jorra
uma sensualidade contida
que a olho nú, não se dá conta.
danço encima das palavras
as cubro de melodias
rodo minha saia, comandando os ventos.
da minha voz rouca, se ouve
os cantos, os desejos, as profecias pueris,
enquanto expurgo meus demônios na força bruta do mar.
e sou assim.
altiva, e caminho para frente.
corpo forte, beijo doçe
pele morena, e um bocado de amor pra dar.
pra você.

Volúpia.

Me arrepiaria
Sua língua na minha pele.
Teu beijo no meu corpo
Tua silhueta no escuro

Me encataria
Tatear teu corpo
Até achar a fenda
De onde jorra o mel de todos os prazeres

Tão desejado... Tão venerado;

Cavalgaria em ti noites a fio.
Até sermos uma só.
Submergindo em teu suor
Meu corpo que já seria teu corpo.

Boca, nuca, seios, língua, pernas;
E o cheiro de sexo demarcando nosso espaço.

Te amaria cegamente
Pois ali saberia
Que pelos sonos dos séculos
És minha; E eu? Sempre tua.

Num quarto fechado.
Vinho, lençóis de seda, ás escuras.
Apenas eu, você,
E os devaneios em série
Da nossa volúpia.

Magia dos Orixás.

".. e o ronco das congas encontram meus ouvidos.. sinto arrepios.
o estampido do tambor me procura; as mãos tremem.
a voz.. a voz quer saltar... A lua me chama
Salve jorge, Ogunhê! meu orixá1
hoje é dia de festa, e na senzala rodo minha saia..
Ilús, Xequerês, Berimbais e Axé!
a minha oxum se exalta, pra balançar minha saia
pra quela moça que vem de longe.. da casa grande;
para com os negros sentar, na senzala..

Puxo o canto, olho de frente.
de amor moço não tenho medo
e quem dirá que seus olhos verdes não são de alma negra, como a noite que nos cerca?!

ela ouviu o estampido, e eis que aqui surgiu.
eu giro a saia, puxo da voz, o canto de amor, mais profundo que reluz o ouro de oxum;
a prata de Ogum; voz forte, e ela olha.. minha pele morena.
sem medo de amor novo... Seus olhos verdes me rodeando
pra na senzala, comigo deitar.

Anunciação.

hoje não quero escrever poemas.
hoje meu céu é um santuáro.
e eu me preparo
porque os sinos anunciam a chegada dela.
e na alvorada
já se nota.
floriu meu sorriso;
nasceu em meio tudo aquilo que se dava, em meio a uma multidão de almas
estamos conectadas;
e é mais forte que nunca
arrebenta emm mim como o mar
esse facho de luz que nunca para de crescer
que nunca sonha em findar
só ascende em crescer, e já colho a galope
os frutos desse nosso elo; dessa nossa união.
nada mais nos prende ao céus, porque temos os pés no chão.
e a realidade á tão doce, que dançamos sobre os obstáculos;
bebemos do néctar sagrado, e hoje estou aqui,
pra fazer-lhe o juramento de outrora:
sou tua. tua com a lealdade cega de um cão;
e velarei teu sono...
cultuarei teu corpo, meu sagrado santuário e te darei meus melhores dias;
minha voz e minhas canções; minhas palavras e meu silêncio;
serei teu escudo e tua coberta; até que em meus braços desfaleças.
e a minha vida, se mistura com a tua. e a tua, preenche a minha.
espero-te aqui, nos confins dos nossos sonhos.
a alvorada aproxima-se; os sinos ressoam:
30 de janeiro de 2008. Eu reencontrei a alma do meu amor.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Luz.

coisa que dói quando tu some
que me inebria quando tu chega
coisa que jorra os litros das nossas horas jogadas aqui
que me faz sentir viva.


coisa que me completa,
coisa colorida de luz,
coisa que satisfaz quando tu está perto

dor que engole meu sonho
quando não estás;
dor que me deixa sem paz
dor que nos deixa distantes.

pássaro colorido no meu jardim
beijos de maçã, com cheiro de hortelã..
dossel, e nossos corpos num só.

moça que me submerge em nós.
que reflete seu sorriso
em mim.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Efeitos colaterais da saudade.

ai como eu sou boboca...
eu olhando o céu de madrugada, rindo da minha própria cara
e a saudade engolindo meu sono
e eu sentada a meia luz dedilhando um violão.
poque eu sou assim hein?!
mas já dizia um poeta, cedo ou tarde, toda espera tem seu fim.
mas o que essa moça tão linda quer de mim? espera de mim?
os ventos do norte me levam na estrela mais bonita
e eu caí em forma de flor no seu jardim.
ai ai.

confusa confusa.. apaixonadinha, encantada e espantada pra cacete.

a química, a honestidade, até a paixão pelas artes!

putaquepariuô!

tô entrando em parafusos, e isso se chama efeito da saudadade.
volto mais tarde, quando o meu amor me acalamar.


Ps.: odeio ficar agitada e confusa assim. isso é ruim pra o leitor, mas entenda. Eu estou ficando perdidamente apaixonada, e meu sorriso não cosegue sair da minha cara lavada. Eu estou confusa e morta de saudade daquelas conversas sem fim que me prendem em casa e me fazem querer mais e mais ela pra mim saca?! já sentiu isso? então você, meu caro leitor, sabe do que eu estou falando.

sábado, 24 de janeiro de 2009

A tesoura e o desespero.

quem é essa moça arredia? angústiada com toda essa coisa?
o que foi que aconteceu? ela não para aqui.
e aí resta eu assim, de lado.
com ciúme bobo dos discos, livros e gavetas.
do salão de beleza, e da tesoura que cortou demais os cabelos da flor.
sossega, pr'eu sossegar também, dona flor.
sossega! que tu não precisa desses aparatos!
isso é só enfeite, pra a beleza maior que tu és.
então deita aqui, e sossega. que hoje o dia tarda a raiar.

Carnaval.

Gelo, limão, e uma boa dose você pra animar esse samba.

saudade - ou, a árvore de mim.

saudade.
essa coisa com jeito de engolir meus olhos e comer minhas víseras,
isso que se dá obscuro, que cresce em baixo da minha cama e dentro do meu armário.
que queima as as cartas que ainda não escrevi, que destrói os vestígios apalpaveis das coisas que mais amo, me castigando a conviver com as lembranças.
saudade que não passa;
saudade que faz arrastar as horas;
saudade do que me faz caminhar em frente. e é bastante engraçado, porque eu sinto falta daquilo que não vivi, ainda.
tenho saudades do cheiro da flor, que ainda não senti.
sinto falta do abraço que ainda não ganhei... e é como se ela estivesse bem aqui.
e isso tudo me engoli! me afoga dentro desse nós que tá crescendo aqui.
e já dá pra ver nos galhos de mim, essa sementinha germinar.
essa saudade já passa, passará.
é só fechar os olhos.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Presente do cósmos. - ou, vendo o céu.

Isso que é estranho, mas eu acabo gostando...

Era uma vez uma menina diferente. eu não consigo explicar por quê, mas tem outro tom.
zumbido de flauta doce no meu ouvido; aquele sorriso.. E encantos sem fim.
noites em claro ao telefone. Dores nas costas por estar durante muito tempo na internet.

-quero fugir.
-foge comigo?

[...]

-tu me quer?
-eu quero.
-e se tu quiser as outras?
-eu não quero.


E eu não sei explicar essas coincidências mas é só pensar com fé que ela aparece cheia de luz.
com aquele sorriso, a vozinha gostosa, e as vezes é como se deus risse da cara dagente por demorar tanto pra se encontrar.
ela me deu música como presente. fez do meu jardim sua casa. Ontem, me fez rir com coisinhas bobas, ficamos ali durante horas.. e então ela pediu:

-canta pra mim?
-tu quer que eu cante o que?
-canta o que vocÊ quiser, mas canta pra mim?

e eu cantei. soprei pra ela roberta e seu "belo e estranho dia"; fernanda e sua "paisagem de amor"; hermaníacos e sua forma de "fazer mar"; e hoje, mesmo dormindo pouco, acordar sorrindo, e irradiar luz por ouvir o telefone tocar dinovo.

-bom dia flor!
-bom dia!
-tu sumiste e não ligaste novamente?
-o telefone voltou ao normal.
-eu não queria que voltasse. eu gostei muito de ontem.
-eu também.
-agente se fala mais tarde.
-tá certo, agente se fala.

e é tudo encantado. nós quisemos conhecer-nos. Mas caberá ao tempo fazer entoar o canto que diz na "janta" que ela roubou do camelo e deu pra mim:

"Eu quis te conhecer mas tenho que aceitar
Caberá ao nosso amor o eterno ou o não dá
Pode ser cruel a eternidade
Eu ando em frente por sentir vontade"

com seus paper clips and crayons, que a coloriu. E coloriu também, meu Céu
de acrílico.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Zumbis do amor.

Procuro pelas estantes
Por entre meus livros favoritos
Pelas sombras que regem minha casa
Pelas minhas contas
Pelos meus trocados
Mas nunca acho.
Ando pelo mundo e quase sempre procurando
Até mesmo sem saber.
Por entre as saias das meninas
Por entre a boca de alguns rapazes
Agora já cansei.
E procurei demais.
Pensei que achei
Tudo ilusão.
Agora, tomei o veneno das pedras e agruras.
Virei zumbi. Virei mais um; caminhando numa multidão de amores, porém só.
Sempre só. No fundo daquele porão, aonde na vitrola você me apresentou um velho disco;
Menina de olhos verdes na capa, cabelos de chocolate e um sorriso que reconheço em mim hoje. Aquele sorriso de dor, sorriso de lado... Sorriso calado. Sorriso de quem já sofreu demais com o peso do bronze, a procura dos cristais. E ontem à noite, estranhamente eu sonhei com ela. Na sacada de um prédio, de um lugar que eu não conheço. Mas lembro-me que havia placas luminosas de frente para nós; Placas de caligrafias antigas e bonitas que muito me encatara. De frente para um lugar que me parece mais uma sacada que dá para o fundo dos aposentos dos empregados. De frente para as placas luminosas. Minha família dormia nos outros aposentos e, no sonho, eu acordava no meio da noite, sem sono. E lá, sentada na sacada com uma espécie de “camisola” branca, e aqueles mágicos cabelos de cor de chocolates soltos, chegavam até os seus ombros. Lembro que nós conversávamos e, derrepente, ela olhou-me de uma forma, que me assustava! De uma forma que nem a tua partida me assustou.
Ela segurou-me pelos braços e disse-me com clareza e desespero: “-Olha pra mim! Meus olhos são quase portais!” e ela caiu da sacada que estava sentada, eu olhei para baixo e me desesperei. Ela sumiu. Corri apavorada para cama da minha mãe, ainda no sono. Acordei. E estava em desespero. Fiz uma prece. Orei por ela, e por mim. Já que fomos e somos zumbis. Zumbis do amor; zumbis da arte... Zumbis da dor. Eu, Letícia, Maysa, fulanos, Elilsons, beltranos, cicranos e tantos outros que amam, sofrem, choram, e aprendem a levantar e seguir. Seguir sempre; seguir procurando.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tolas lembranças num dia de sol.

engraçado.
senti sua falata, enquanto estava encima das pedras, olhando o mar.
curiosa sessa minha mania de sentir saudades daquilo que eu nunca tive.
tolice acreditar que um dia você me quis.
mas como diria maysa:

"...se meu mundo caiu, eu que aprenda a levantar."

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Nós.



Foi num amanhecer de Outubro que me apaixonei. Depois disso, roubei dele poemas e rimas.. E agora nossas Jazem em em paz aqui nesse céu de acrílico em tons e cores inimagináveis. pois amigas são nossas almas.

te amo seu moço.

Auto Retrato - Por, Lays Vanessa.

Retrato da solidão - Por Lays Vanessa.

Todo Anjo tem medo também - por Lays Vanessa

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