terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sinais.

Como uma estrela que surge no céu,
como uma tempestade de sentimentos e desejos que se formam numa mera troca de olhares, eu vi a luz.
me encantei de súbito e fui ao seu encontro.
tento ao longo dos dias, timidamente me aproximar.
Mas pouco a pouco, vou te mostrando quem sou e porque ainda espero aqui.
Certa vez eu disse a ti, numa confissão dessas, que uma boca não pode dizer, que não te daria lírios, porque eles murcham. Mas com todo o carinho te de dei um registro; que será eterno. Sim, saiba. Eu escrevo pra ti e te olho da janela do tempo. Se há desejo, eu não sei. É uma espécie de encantamento, no qual eu não consigo escapar. Pois essa noite, vieste me visitar em sonho. É difícil de explicar. Espero que captes meus sinais, pois a muito venho tentando mostrar em coisas simples, o quanto eu quero você.
E continua, magicamente. Eu sinto teu perfume nas ruas; e lépida volto a sorrir.
é embaraçoso. Acho que ficarei rubra quando estivermos face a face. Mas eu não vou ligar. Eu quero viver. E quero que você saiba, que docemente, eu quero você. E não é de hoje, não é de ontem que quero saber o sabor da tua saliva. Me abraçe numa noite fria. Não haverá cobertores. Só vinhos, que como poções mágicas nos inebriam.
Olhe meus olhos, leia meus sinais, receba meus presentes, como flores que adormecerão na relvosa cama do desejo que se fez em mim.
eu não espero confissões nem respostas.
apenas te compartilho um segredo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os olhos de minha amada.

O ano acaba, e essa sensação de desconforto perdura. Teus olhos de cigan oblíqua e dissimulada, como diria o poeta, ainda me vem a mente mesmo sem te ver. o perfume que me invadia outrora paira por aqui e eu não sei o que fazer! me entenda. não foi uma escolha; eu não pude conter. Passaram as primaveras e tudo ainda perdura aqui.
o que posso fazer? Teus olhos arrastaram-me para o mar como o canto das sereias arrasta o marinheiro e me afoguei em teu mar. Mar de ilusões. mar que é meu e não devo te culpar. mas que culpa tenho eu?


que culpa temos nós?

onde há a culpa?


onde?




e só para que se registre. teus olhos são como tochas de fogo negro. labaredas que inflamam meu desejo e mesmo que eu não os veja, nem sempre é noite. lembranças enchem de ternura o meu desejo de ter saudades do que nunca existiu. Olhos de ressaca. Arrastam tudo que vem pela frente. E me arrastou. Me corrompeu sem querer. E eu sucumbi aos encandos, dor olhos de minha amada.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Confusa. - ou Pensamentos extraídos de uma noite sem sono.

O silêncio.
o silêncio que ontem a noite foi quebrado pelo toque do meu antigo telefone.

"-quem é?"

"-é a última pessoa que você amou."

e por um momento eu ouvi uma voz rouca.
o barulho daquela casa
que tanto eu conhecia bem.
foram três ligações interrompidas por quedas telefônicas.
isso tirou o meu sono.
e as evidências cada vez mais me mostram que seja ela.
mas quem me garante que não seja uma brincadeira de mal gosto?
estou sem sono e sem raciocínio.
ela ainda tira minha paz.
ainda abala meu mundo.
ainda.
um vinho, e uma taça sozinha.
por entre cochilos do meu corpo cansado, sonhei com ela.
e o que isso quer me dizer?
ela perguntou por mim.
e agora, eis que o telefone toca.
será que é mesmo ela?
e o que quer além de prazer?
estou confusa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sobre a viagem. - Carta à minha protegida, ou ainda, Crônica sobre a missão que a mim foi dada.

Foi tempo de ganhar. somar coisas boas, confraternizar com amigos, trabalhar, posto que somo operários de teatro.. mas enquanto sorteavam anjos e protegidos, eu peguei um papel, e, ao longe vi uma mulher, que a mim foi dada a função de cuidar. Não sabia muito. Apenas seu nome. Tinha cabelos negros, olhos mel, e uma câmera fotográfica; Na qual, por suas lentes, enxergava o mundo. Mas não como ele era, e sim ao seu modo. Poer entre brincadeiras e sorrisos, chegamos ao nosso destino. Ares novos, cama, mesa, banho e teatro. BRAVO! BRAVO! E com sucesso cumprimos nossa missão. mas na volta, enquanto tirava minha maquiagem que levara as pessoas na platéia a pensar, eu pude ver nessa mulher uma angústia... uma angústia contagiosa. Tentei-me aproximar.. E conversamos bobagens cotidianas, e então soprei versos de uma canção, e do rosto dessa mulher, uma lágrima pude ver rolar. sentei-me ao seu lado, pus sua cabeça em meu colo. Perguntei-lhe o tanto a afligia e então, como num passe de mágica pude ver, bem diante dos meus olhos, a mulher enigmática se mostrar menina... com saudades do que chegará e o receio de viver o perfeito que ela respira quando o moço bonito está por perto. Nesse momento, com os dedos por entre os seus cabelos, tentei mostra-lhes os meus pés cançados e meu coração sufocado de não viver por temer o que poderia ser perfeito. Falei-lhe dos reis e dos homens; das guerras e das batalhas que tenho que vencer todos os dias para suportar o desejo de viver o que escondi durante todo esse tempo. Não é válido viver nas trevas de esconder-se enquanto a beleza está em viver sem temer... está em doar-se sem esperar receber de volta, está em arriscar-se, sujar-se, aprender com as dores e com o sofrimento, libertar-se, para saber que valeu cada gota de lágrima que escorreu de seu rosto para lavar as feridas que os amores lhe causaram; E ela olhou-me assustada, e disse: "-...Tu és tão grande, que dá medo!..." e eu lhe disse calma:" -não precisa temer.." e continuei a tentar curmprir minha missão, que até então era segredo e só se revelaria ao final dessa viagem. Falei-lhe então dos prazeres de digerir devagar cada sentimento, cada momento ao lado de quem se ama, de sentir as emoções por inteiro e não deixá-las se perderem por pressa ou sede de viver. Porque como um bom vinho, a paixão se degusta devagar, para que ao final de tudo, nos trazer prazer. e então, ela desacelerou. Seus movimentos agora eram leves. Seus pensamentos não pesavam mais, e aquilo que a prendia não mais a algemava. E então, falei-lhe das palavras, que como flechas em direção ao alvo, podem ser certeiras e melhorar ou piorar a vida de um ser humano. e jamais ele poderia ser o mesmo depois dela (a palavra). Levantou-se levemente do meu colo, sentou-se a cama, e lépida me disse:"- Você acertou meu alvo. E após essa conversa, aquilo que me angustiava sumiu. Muito obrigado." E ali, naquele exato momento, eu pude ter duas das mais belas certezas que eu poderia ter nessa viagem, e que eu não esperava:

1° : Eu pude perceber que consegui com êxito cumprir a missão que a mim foi dada. Uma missão tão bonita, que é ser anjo da guarda; Cuidar, proteger e velar por alguém;

2° : Cumprindo minha missão, eu pude, da maneira mais mágica que poderia acontecer, angariar mais alguém para uma exêntrica coleção que tenho em meu coração; A minha estimada coleção de pessoas beléssimamente boas e para as quais eu prezo e quero muito bem.

20° FETEAG. - Poesias de um operário que lê.



esse tal operário que lê me dá tanto orgulho.. Foi tempo só de ganhar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Preces ao tempo.

Eu pocuro coisas novas, tento ler livros, faço preces ao tempo, levo uma bala perdida. e mesmo sem importância pra ti, ressucito no terceiro dia. E nada disso já me tem importancia. Minhas noites em claro, minhas palavras, todos se tornam vãos de um soluço quando chegas a mim e sopras feito brisa leve, tua voz aveludada. Eu não entendo! não é amor que me toma. mas essa febre intensa de desejo que as vezes parece passar, vai e volta sem me dizer se é doce ou amargo esse querer que tenho por ti.
Faço preces ao tempo para que voes para perto de mim ou para longe de uma vez. Para que sumas do meu pensamento ou aqui faças morada. Para que meu coração possa se acalmar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008



As vinte fadinhas - Ballet Moderno do Recife.

Minha pequena bailarina

Pula
salta
gira
com leveza e graça
escondendo a força ultilizada
em cada movimento.
supera o tombo,
sorri!
e reluz o esforço de um ano inteiro
de janeiro à janeiro
na ponta dos pés.
espera, espera, espera..
e durante uma hora
as cortinas se abrem.
para o refletor iluminar
a minha pequena bailarina
que tanto me orgulha.
e de espectadora, eu grito bravo!
e com seus corpos, me arrancam lágrimas
as vinte fadinhas
e a minha pequena
que de tiara e sapatinha
vem me orgulhar.


Poema dedicado a minha irmã, que ontem me arrancou lágrimas pisando mais uma vez no palco da UFPE. Bravo!

Desfecho.

E assim se esvaia de mim um desconforto.
Aquele desejo latente vai lentamente esfacelando-se..
diminuindo...
e quando vi, já não sabia teu nome.
não lembrava do teu rosto
não sentia mais teu cheiro nas ruas, pairando pelo vento.
era desconforto, era medo
era desejo demias
e num desses devaneios febris, tomei uma overdose de você e morri.
e quando morri, fui ao céu.
me aliviei, desconheci.
eu não vi o desejo passar por mim
e agora te vi do outro lado da calçada.
e por entre um mar de carros, onde peixinhos dourados eram gente, eu te peria de vista e cada vez mais caminhava para longe. longe..
longínquo da realidade eram esses devaneios e hoje, ressucito no terceiro dia.
hoje de manhã, abi o jornal, por entre canecas de leite e farelos de pão.
restos de notícias; o desejo morreu. Ali na esquina. Muitos forma os feridos. Você estava lá. Só deu pra ver a flor. Vim aqui pra te contar, que o desejo foi baleado com um tiro no coração. Voce não viu a bala, pelo espanto de teu rosto cálido. Não viu...


(continua)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Confissões que uma boca não pode dizer.

É mais tentador de longe, que de perto
pois de perto, eu tenho controle.
de longe, eu tenho devaneios febris,
loucuras em séries
te pinto pelas paredes..
de desejo por entre os lençóis
te ouço chamar meu nome...
delírio.
paixão.
a verdade é essa.
doces ilusões carameladas
assim como os cachos dourados dela, que cheiram a mel.
eu quero.
como criança ao doce
como o vento a flor, que a despe, despetalando-a.
como a noite es estrelas...
como tudo enfim!
eu queria apenas uma chance
pra cobri-la de desafios reais.
lírios, secam e caem ao chão murchos.
mas eu a daria mais do que isso..
mais do que tudo..
eu a daria meus olhos como ofera.
mas ela despreza,
ela nega,
mas como negar aquilo que nunca a confessei?!
como rejeitar o que nunca demonstrei?
desde já resolvo ter coragem.
e confesso aqui
o que meu corpo quer lhe falar.

Zodiaco I

Câncer (21/06 a 21/07) por Eunice Ferrari

"Aproveite o ultimo mês de Júpiter e Vênus em sua casa dos relacionamentos e curta o amor ao máximo. Caso ainda esteja só, aproveite este mês para sair, olhar à sua volta e principalmente deixar seus medos de lado e quem sabe você não descobre que seu novo amor está bem perto de você.
Se você sabe o seu ascendente, escolha-o ao lado para conferir a previsão. "

nossa, que previsão engraçada, não?

O romance proibido entre a mariposa e a luz.

Eu sou uma mariposa
voei de encontro a luz.
sabia que iriria morrer, mas o brilho intenso do sol me encantava,
e cada vez mais eu chegava perto...
Amei a luz do sol e por ela, dei minha vida,
num beijo tão intenso que minhas asas queimaram, e
sucumbindo de uma vez aos encantos dela, ou melhor, do sol,
morri incinerada.
Será pecado amar a luz divina que cobre como um manto sagrado o dia dos mortais?
Eu tinhas as flores, as paisagens, mas eu...
eu queria a luz.
Um beijo divino nesse manto brilhante a pino.
Será pecado desejar aquilo que não se pode ter?
E assim, fui de encontro a minha sentença, tornando-me uma mariposa suicida.
mas que mesmo dando a vida pelo seu desejo e sendo aos poucos incinerada,
não deixou de ir de encontro ao seu amor.
Se tornando, então, o mártir
pela luz.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Confissões de um amor adolescente.

Daqui vejo o horizonte.
tua lembrança paria em minha mente e ao meu redor, como se fosse uma casa
em volta daqulo que sou.
acredito que te amo.
pelo que tu és.
sem nunca ter te tocado.
e só de ouvir tua voz, valso no encanto de minhs agruras.
teamo.
e isso é fato.
e daqui, dessa janela, posso ver
minhas ilusões e minhas dores.
mas contudo.
te amo.
de graça, e pelo que tu és.
e muito mais,
pelo que poderias ser.
te amo.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Amor Maior - Magamalabares.



Magamalabares
Acqua Marã
Um barquinho oxaiê
Quem esteve aqui
Viu barquinho de gazeta
Ancorar no mistério
Notas musicais
Dentre bolas de sabãoque de nossas serenatas vieram
Flores que ofertamose que nunca morrerãoem vasos e jarros se bronzeiam
Os anjos de onde vem
sua vidabem-vinda
a trilha
Os livros não são sinceros
Quem tem Deus como império
No mundo não está sozinho
Ouvindo sininhos
-
Não há amor maior.
não há dentro de mim nada que possa explicar.
o que nossos pés já caminharam
e que vão caminhar.
como irmãs nos cuidamos.
eu dela e ela de mim
num elo sem fim
caimos num braseiro eterno
chamado amor.
puro e simples
como essa fotografia
de nossos pés.

Atmosfera nova.

Que atmosfera é essa que me encanta por aqui e por aculá?
sinto o cheiro de coisa nova no vento
e vem com aquele cheiro, aquele que eu senti na calçada e lembrei de você.
e eu tô tão assim
tão pra ti
que tô pensando seriamente em te dizer
o que sinto e escrevo esse tempo inteiro.
queria te encontrar por acaso hoje.
assim, como quem não quer nada.
te pagar um cinema
como disse num poema desses.
por o meu vestido mais bonito
e te convidar a viajar
na minha viagem.
e quem sabe?
quem saberá o que me dirás?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quimeras.

"sem sofrimento não há romance".

Romance - Guel Arraes.


Eu queria o segredo dos séculos
os silêncios dos túmulos
a fala dos olhos.

o veneno, o feitiço
pra enlaçar-te
numa dança de signos.

traçar-te uma teia
encantar-te com rimas
beber-te como vinho
comer-te como pão.

Mas nem tudo que tenho
quisera.
tudo que me impede
te revela.

meus sonhos?
quimeras.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Tempestade de idéias.

As vezes só
sinto tua mão em meu ombro.
eu não sei se você exste como eu vejo.
mas sei que sabes.

e por olhares, me provocas.
eu gosto do me silêncio
mas as palavras saltam pelos meus olhos.
é só prestar atenção.

é imposível calar diante de tal presença.
tão misteriosa quanto a esfinge.
"-decifra-me, ou devoro-te"

vejo duas paredes de granito negro nos olhos dela
não decifro os códigos
ou será que eles não tem nada a me dizer?!
tenho mil duvidas e um objetivo.

não, não. eu não a quero.
meu objetivo é uma pausa entre a realidade e o abstrato.
um beijo me bastaria.
e seguiria em paz.

sábado, 15 de novembro de 2008

Verdades inventadas.

Mentira, eu sei.
Mas eu queria saber...

Eu canto de sede dos teus lábios
Da água que nunca provei

Quero penetra-te
Como mata virgem
Constelações cruas

Irigar-te, explorar-te.
descobrir-te
Sentir-te à flor da pele

A flor de onde?!
Eu quero já.
Saber o enigma de tuas grutas ignotas.

Desprezo às verdades do dia seguinte
Essa noite eu quero as mentiras confortáveis
Proferidas pela tua boca.

Abre-te sés amo!

E já vejo teus poros arrepiarem
E o gosto da pele, já se instala.
O cheiro se demora
Demora..

Ver jorrar de ti essas verdades sem palavras
O copo não mente.
E quero vê-lo tremulo, contraído.
Eu quero uma mentira vocabular
Para que teu corpo desminta tua boca.

Quereres.

Ah! Como queria..

Tocar-te
Querer-te
Beijar-te
Comer-te

Sentir-te
Partindo-te assim ao meio.

Submegir-me em teu suor
Brincar de movimentos que sei fazer e refazer
Encarar-te e dizer-te:

"-Não sou tua! Mas quero ter-te."

Contenho-me calada..
Pinto as unhas de vermelho;
É pra você, que comprei um vestido novo.
E ainda nem sabes.

Sem correntes, e amarras.
Queria um dia, quem sabe, pagar-te um cinema.
Só pra pegar na tua mão

Depois de tudo, ver-te cansada.
Dormir em meu colo
Capturar as partículas e átomos
Que compõe esse momento, para ser meu segredo mais secreto.

Ah, como eu queria.
E tu? Será que queres?

Ensaio sobre a vontade - ou, S-E-N-T-I-R.

O que seria, ou significaria vontade? não a vontade que existe no dicionário, mas essa, que se instalou aqui. Dentro de mim.
antes eu tinha vontade, mas era uma vontade visível, palpável e aparente. Mas é engraçado e embaraçoso agora. Eu sinto vontade, ou melhor, eu quero. quero e ponto. eu não queria, pois a partícula "queria" é passado, e, mesmo com uma probabilidade mórbida de tão impossível de se acontecer, se hoje você viesse até a mim, como eu tenho vontade de ir até você, eu ainda quereria, ou melhor, eu ainda quero.
mas é diferente.
Eu não quero que você saiba da minha vontade, eu quero que você me olhe. É o seu olhar que desejo atrair e não "você". Você, pessoa a quem falo, aqui nesse texto. Eu não quero que você me namore, eu não quero que você me ame. O que eu quero de você é que você me enxergue. e depois de me enxergar eu não quero ver seu desejo, não. Eu quero sentir o seu desejo. Sentir assim, sem os olhos, como eu sinto essas palavras saindo do meu desejo agora para o teclado e em seguida, através de cabos, partículas e cursores,chegar à tela do meu computador. e com mais redes e fibra ótica chegarem até o meu blog, e do meu blog chegar, quem sabe, até você.

S-E-N-T-I-R.

Vou dar um exemplo mais claro.

É como se estivéssemos ali. Eu e você frente a frente, num quarto escuro e vendadas. Eu não poderia te ver, mas uma hora, caminhando pelo espaço mínimo de um quarto sem objetos, eu sentiria a sua presença. E depois de sentir tua presença, imediatamente eu te tocaria. Pois a falta, ou a insuficiência dos olhos, nos fazem enxergar com as mãos, ou seja, de um modo mais rústico e direto, isso é sentir. mas não é desse sentir que te falo agora.
Como te disse, hoje é embaraçoso e dificílimo esconder isso de você, Mas eu me esforço muito, mesmo sem saber se tenho êxito nas minhas tarefas de esconder ou não. No fundo no fundo eu sei que quando eu te vejo meu coração acelera. Mas não. Não penses tu que eu esteja apaixonada ou "nas tuas mãos". Isto seria um erro gravíssimo, posto que seja apenas minha, e me dou para quem eu quero, apenas. Seria realmente uma grande tolice tua pensar que eu esteja apaixonada. Eu posso até vir a me apaixonar mais tarde. Mas só mais tarde. Pois agora, o que eu quero de ti é que me descubras. Assim como eu te descobri, ao fechar meus olhos e ouvir tua voz cantar próximo a mim. Para que depois, num quarto escuro e de venda nos olhos, possamos descobrir juntas o que significaria, ou o que seria S-E-N-T-I-R.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A grande sacada.

"...Mar azul na areia bege.."


Sensação gostosa
sol à pino
e um misto de leveza e embriaguez
me conduz direto pro nada
e não me preocupa não saber.
acho que encontrei as respostas que precisava
nas anti-respostas;
e acho que é isso a grande sacada.
o mundo esta cheio de anti-respostas
e eu caminho em direção ao nada.
hoje eu sinto que isso me liberta
mas talvez amanhã eu me sinta cativa...
e daí?!
eu pergunto pra it que até dias atrás não tinha nome e agora já é guase meu amigo.
se eu tiver de me sentir cativa, me sentirei
se tiver de se livre, eu serei bem mais do que isso.
posto que nada me prende. nem minhas dores, os amores que não vivi, as passadas largas que já dei... meus tombos, meus erros, meus acertos, minhas vitórias.. nada mais me prende ao chão.
ou talvez o chão seja o ar "quase responsável" em que flutuo.
Pagar contas, estudas, viver a arte, sair, me divertir e quem sabe me apaixonar?!
acho que essa é a grande sacada.
é viver. independentemente de qualquer coisa..
e a leveza de hoje me faz sentir que eu estou bem aqui;
com a cabeça nas nuvens e os pés fincados no chão. Porém, sem algemas.

Mundo Cão.

E aí?!
quem sabe ai o que é
engolir sapo, fazer o que não se gosta
lavrar, elaborar, criar sem ter inspiração.
viver no mundo cão é quase isso.
e a semana inteira,
de segunda à sexta
e eu até pensei em desistir...
foi quase isso.
mas o gostinho
que eu tô sentindo já
me faz querer continuar.
mesmo sem querer estar lá.
E aí?
Quer dizer que isso me trouxe pro mundo?
Agora me sinto um deles sem ser.
Mundo cão
calo nas mãos
e algo a se pensar.
E agora? bato o pé e reluto:
Jamais serei um deles.

domingo, 9 de novembro de 2008

A flor no infinito.

"... Depois da onda pesada, a onda zen.."

Seu jorge - seu olhar.

Zen.
eis que hoje essa sensação gostosa me apareceu.
cheirinho de flor pelo ar,
bobagens no violão...
bobinha música que eu fiz
com carinha e sonzinho de criança travessa brincando no quintal.
hoje a menina colheu uma florzinha, dessas de jardim e me deu.
me rendeu um sorriso.
a sensação, a palpabilidade da paz...
a fluidez dos acordes..

que bichinho danadinho esse que me mordeu hoje!
e o nome dele é paz.


Olha a cara de orgulho dela, sensação de dever cumprido. Ainda bem que Deus me colocou nas artes. Eu não saberia viver de outro jeito.

sábado, 8 de novembro de 2008

Metamorfose II

Cai o véu da noite. E aqui nesse quarto, dialogo com minhas idéias, sentimentos e memórias. Me destraio um pouco com as risadas e proseamentos de minha irmã, que anda encantadinha por um alemão que prepara sushis, cozinha massas italianas e iguarias da culinária francesa.
Por um estante me esqueço do "buraco e a agulha" e das metamorfoses que permeiam minha alma. Agora, daqui de dentro olho para a minha janela; daqui, não vejo a lua. Só a escuridão da noite; Tão negra noite que de tanto olhar me cego. me vendo e prefiro as vezes, infantilmente, não exergar o que existe a minha frente. Mas o que há de verdade em minha frente, o dentro da noite escura? O que haverá?
Minha irmã foi à cozinha se alimentar, enquanto eu jogo palavras aqui. de lá, ela volta a falar de seu homem ariano e por um instante, eu tento me por na pele dele. O que poderia se passar na cabeça de um homem que nasce no outro hemisfério do mundo, com uma lingua totalmente diferente, com um clima totalmente diferente, e uma cultura gravíssimamente diferente, e derrepente, ele migra de sua pátria materna para morar num país em outro continente, sem saber falar sequer a língua materna do país. Há 18 anos ele mora aqui, no Brasil, e ainda não conhece direito as firulas de nossa língua. Confunde palavras como um bebê que está aprendendo a formar sons om a boca; A decifrar as codificações dos signos que se juntam e formam palavras. Talvez seja assim que sinto-me agora. Um bebê aprendendo a andar, ou um estrangeiro: um brasileiro solto na rússia, caindo de pára-quedas sem nem conhecer o alfabeto de sua língua materna. E é com essa intimidação que encaro este ser que sou eu. E, assim como o meu cunhado ariano, eu espero que com o decorrer desse tempo, eu aprenda a respeitar e conviver com este ser dentro de mim. Mesmo que eu não o entenda claramente ou não saiba ao menos quem ou como ele é.

Metamorfose I

Não te consola dizer-te que não sei quem sou?
antes eu achava que sabia.
Clarice e seus versos me ajudam a me sentir um pouco mais confortável nesse estado, posto que achando uma vez que sabia quem era, desmoronei, quando descobri que toda essa certeza não passava de uma tola ilusão juvenil. Demora um pouco, mas eu vou aos poucos deixando a angústia para mais tarde, e, com a leitura lispectorana vou fazendo sala e reconhecimentos a esse ser tão estranho que decidiu fazer morada nos cantos de minha alma. ou talvez não. talvez ele sempre esteve ali em outro estado, e parece mais que a angústia aguda que eu sentia, era a dor de uma metamorfose. A menina talvez sinta-se estranha com a mulher. E uma olha a outra com pavor. Mas será que é uma mulher? eu não sei. não sei seu nome, endereço, sua cor, suas ideologias de mundo. Talvez esse ser seja híbrido e não seja nada. E isso pode ter me deixado, enquanto menina, assustada. Talvez eu não esteja preparada para entender esse ser, talvez não tenha metade da maturidade que eu achava que tinha. Mas o que é maturidade?! e o que isso significa para esse ser que surgiu de uma angustia? para ele, que de tão híbrido, que mesmo dentro de mim, não consigo identificar suas codificações, eu sinceramente não sei. Mas pra mim que vejo de fora pra dentro, com a ajuda do binóculo de Clarice, talvez essa tão falada "maturidade", seja apenas sentir a angústia aguda dessa metamorfose. Que é como passar pelo buraco de uma agulha, para, assim depois, quem sabe conquistar a amplidão. E, só depois de senti-la com todas as suas agulhas que furam cada vez que eu tento decifrar e entender esse ser que sou, após essa metamorfose, aprender, definitivamente a respeitá-lo e aceitá-lo, como ele vier.
Talvez seja isso.
deixarei o tempo correr.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

It.

"Agora é um instante. Você sente? eu sinto."

Clarice Lispector.

é um instante. e o instante é it.
it é tudo. tudo aquilo que não posso tocar ou conhecer.
certa vez, disseram-me que eu teria de parar de beber, pois,
toda vez que bebo, relato que me sinto triste.
sem pudor. Assim, na mesa do bar.
mas não é o álcool que me deixa triste e eles não sabem disso.
eles não enxergam pois só olham seus copos naquele inebriante momento.
o que me deixa triste é a angústia que sinto;
pois nascer, dói. E além de doer dá um medo agudíssimo.
eu não queria deixar a placenta quente e confortável da minha mãe para ser dragada por esse mundo cruel.
e agora há algo dentro de mim. uma pessoa que se instalou na minha alma, e assisto aterrorizada ela servir-me o chá das 5.
essa pessoa, não é ele e nem é ela. é it. e agora, quando essa pessoa sair de mim, terei de comer minha placenta para me alimentar e ganhar força.
é desumano ou desumanidade?
é it. E a comerei.

domingo, 2 de novembro de 2008

Sobre a angústia.

Algo me angustia. e não é minha rotina desleal ou minha solidão (a não afetiva). Algo está roendo meu âmago, e ultimamente, tenho me sentido sem vida.. sem lembranças boas, sem brilho..
pros meus amigos, me sinto inconveniente. as vezes acho que de algum modo, incomodo; e, talvez por esse sentimento eu me sinta coagida. e eu não sei como explicar isso, mas eu não me sinto a vontade no meio de pessoas que deveriam ser amistosas; e cada vez mais isso aumenta.
eu já não sei o que fazer. alguém aí me salva de mim mesma? Acho que dessa vez eu fui mais do que sincera aqui. Eu tenho medo dos meus defeitos, não sei se minhas qualidades são reais... eu não sei quem sou! e estou rezando fervorosamente pra que essa pessoa que fez morada dentro de mim, se misturando ao meu ser saia já e tudo volte a ser como era antes. eu tenho receio de falar com as pessoas, eu tenho medo do que sai da minha boca e entra pelos meus ouvidos. eu tenho medo de machucar e ser machucada; eu tenho medo de agir e ser coagida; eu tenho medo na verdade, de arriscar. e como é que eu faço pra vencer isso? que graça tem esse jogo de confundir? eu me sinto uma menina de cinco anos de idade, que perdeu a mãe no meio de uma multidão e, se desespera ao notar que ela não estar mais segurando sua mão.. e que agora, ela não sabe o que fazer pra encontrar a própria mãe e o caminho de casa.
eu não quero sair, eu não quero me divertir, eu só quero dormir e quando acordar eu só queria que isso acabasse.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ensaio sobre a incerteza.

Minh'alma ardente é uma fogueira acesa,
É um brasido enorme a crepitar!
Ânsia de procurar sem encontrar
A chama onde queimar uma incerteza!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sobre a moça e a carta. - Parte I

Talvez ela precise escrever agora sobre as ruas de seu pensamento.
é que ela anda meio perdida entre corpos, bocas e olhares demais, e na real, de que isso serve?! ela beija as menininhas, algumas vezes acaba indo pra cama com algumas delas, mas sempre se pergunta no final: - " de que serve esse êxtase, ilusório se todas essas sensações aqui são vazias?!" são apenas mecanismos do corpo humano e a brandura dos carinhos não aparecem?!
ela está realmente cansada. Acha as vezes tedioso e não entende como ainda existe gente que sevangloria por obiter esses simplórios prazeres ilusórios?! pois é. E não mais que derrepente, na vida dela surge uma menina. Menina perita nas artes de fazer chorar ou sorrir; Menina com nariz de palhaço e flores nas mãos, na qual deu-lhe uma rosa com os olhos para enfeitar-lhe os cabelos. E ela se pôs a pensar que a vida talvez não fosse tão tediosa assim... e começou a tocar a moça com os olhos, e de longe, a moça grava na memória seus movimentos redondos e cortates sob a luz de um refletor.
Talvez seja só um sonho bom, mas ela acha que a vida não tem graça sem os riscos. E ela pretende contornar o silêncio das vozes e fazê-las girtar junto com os olhos por meio de palavras soltas numa carta, escrita numa linha só. "- E se eu quisesse te beijar dinovo?!"
E o que sera que a moça diria? cada dia ela dá um passo a mais pra cruzar a linha que as separam. Mas será que a moça vai gostar?!

Deve continuar no próximo episódio, quando eu entrgar a carta.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Agora.

uma gata de pele branca
pêlos loiros.
e um gosto...
que só eu sei sentir.
explicar não adiantaria.mas seu cheiro
é quase um enigma
guardado ás sete chaves
pra ninguém descobrir.

filha da luz;
dona do sol.
dorme aqui em meus braços.
beija minha boca,
mastiga meus olhos
pra nunca mais querer me ver chegar
além da cama.

domingo, 7 de setembro de 2008

Amor urbano urgente.

amor
amor urbano já
e pra todos
eu quero
e preciso
de afagos sinceros.
eu quero ver meu olho brilhar
chega dessa superficialidade
eu quero é me apaixonar
pela estranha mais interessante da próxima esquina
eu quero amar o mundo
e abrir as portas
da minha vida pro mundo.
já.

Para a Srta. Buarque.

a noite se fez estrelada
ao som de um belo samba.
cabelos pretos, pele branca...
uma curiosidade aguçada
e tudo que eu queria era matá-la.
de desejos e beijos até o fim.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A chuva.

A chuva vai pintando as paredes sólidas
gris;
o céu cinza traduz um engarrafamento de nuvens,
não tão comum por aqui.
no canteiro da biblioteca, um verde cheiro de terra molhada;
No asfalto, buzinas ambulantes e passos apressados.
guarda-chuvas multicoloridos invadem as praças.
no meu relógio, os ponteiros correm assimétricamente apressados.
enquanto debruço olhos, corpo e ouvidos atentos
sobre Brecht e sua linguagem gestual de efeitos de estranhamentos,
posto que agora,
me reconheço aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Distanciamento.

entre leituras realistas
brechtianas
eu me distancio
e levo o meu mundo até voce.
sem expressões, sem arranhões,
neutra.
invisível aos teus olhos.
me superando
além de tudo aquilo que eu pude dar
fora do limite de mim.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"O meu universo ainda despreza quem não sabe o que quer."

Estantes.

já li livros
escrevi poemas
vi filmes fantásticos
realidades catastróficas,
já sofri.
sofri até deixar meu coração em farrapos;
mas nada dessas coisas
nada, de tudo que vivi
abalou meu mundo desse jeito.
teu charme, carisma..
a elegância da experiência
tudo me deixou perplexa.
e já não durmo.
não como..
só penso
e descubro que os livros na estante do meu trabalho são nada.
eu quero mesmo é ter vocÊ
mais uma vez.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Queen

eu também pinto minhas unhas roídas de vermelho como toda boa mulher
porque eu me pinto pra guerra
e descarto tudo aquilo que não me quer.
sei muito bem do quer me convém e mesmo na duvida, seu sei ver a beleza
toda mulher tem o mistério do sabado a noite .
toda mulher merece o dom de ser feliz
de segunda a sexta eu ralo; e dou do melhor de mim .
mas quando sei bem o que quero,
no mistério, na calada da noite
pinto as unhas roídas de vermelho
pra combinar com o néon da cidade que pulsa lá fora
pinto-me pra guerrra, delineando meu corpo
curvas, bocas, olhos e pernas
pra te seduzir;
visto os trages de despir;
desocte e mini-saias.
porque no fundo no fundo, sei bem quem sou
e ser mulher é saber ser Queen,
quado se quer.

domingo, 29 de junho de 2008

Só.

é.
no fundo sempre sozinho
seguindo o meu caminho.
mas porque será que nunca dá certo?
porque é minha sina fadar contra aredenção?
o amor nunca irá chegar pra mim?!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Juras.

pânico.
eu jurei por Deus que nunca mais
e hoje grita, grita!
tudo quer colorir e sair;
mas não pode
isso tudo é proibido,
é perigoso
fulgás.
eu quereia
mesmo jurando pra mim,
que nunca mais.

Letal.

eu já não sei mais.
se sou fogo ou se sou água
só vejo o perigo doce
ébrio abismo.
que com mais goles de sobriedade e candura
eu venho me debruçado.
tenho medo
e ela pergunta
se esse nosso flerte é fatar.
pra mim é letal,
pois já não paro de pensar.
medo de me machucar
medo
medo
medo.

domingo, 22 de junho de 2008

Mistério.

ela meche.
ela me cerca.
ela me prende
em sua teia
e eu me rendo.
mas não sei o que será.
se faço mais uma canção.
o meu amor está aqui.
mas ela me cerca.
me prende
na sua teia
de mistérios, mistérios..

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Cê.

casa,
comida,
fome,
cigrarro..
Cecília.
que carrega meu nome,
pois que a mim trouxe a fome
e se instalou devagar
agora a vejo
na fumaça do meu cigarro
Nos pingos da chuva
e numa esquina do meu pensamento.
sempre esse vulto
essa moça
uma flor;
meu abismo.

Olhos de Jaboticaba.

O que é que essa moça tem
que meche comigo?
que gosto terá seu gosto?
cheiro de jasmin...

olhos de jaboticaba
pele branca;
sua boca me chama...

pra beijar..
pra beijar, ôô;

meus sonhos ela ja visita
e lá se demora
esqueço o mundo lá fora...
brinca de dançar na chuva
solta seus cachos;
mostra meu embaraço..

ao lhe ver sambar..
ao lhe ver sambar, ôô

Precipício.

e eu já não sei o que acontece, o que procede..
só consigo lembrar do beijo.não tenho mais nome nem identidade.
só guardo um beijo
que arde...
ao cair da tarde.
rompe meu peito em soluços;
mais navio desatraca no cais.
e eu fico aqui.
a beira do caos;
a um passo do precipício..
pertinho da paz.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

precisando relamente estravazar essa raiva.
toda essa dor.
como você pode?!
como?
porque fazer isso comigo dinovo?!
praque?!
mentir pra si mesmo é a pior mentira.
e você caiu.
escolheu e decidiu.
eu nada pude fazer.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dúvida.

eu te amo.
te amo mesmo
tenho muitas saudades
mas não sei o que fazer
aos poucos vou baixando a guarda
você sempre consegue o que quer
mas ainda não me rendi.
não me julgues pelas aprências
eu te amo
mas amo mais a mim.
me proves
pois estou dividida
nós somos,
mas não estamos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

o fim.

é, eu sinto falta.
do beijo, do toque do corpo.
eu sinto saudades da tua voz e chamando de amor
me pedindo pra te por pra dormir.
mas você quis partir.
e me partiu no meio.
saiu de mim pra viver de mentiras.
enganar outra menina dizendo que ela nunca será eu.
que triste.
você me diz que as escolhas mais fáceis são as certas
eu não vou mais brigar com vocÊ
nem te dizer o que é certo aqui pra mim.
eu ainda te amo.
mais esse amor tá indo pra longe de mim
junto com você que partiu.
talvez um dia se arrependa.
de pagar o preço alto de viver de menti9ras confortáveis.
mas possa ser que seja tarde demais.
eu ainda quero olhar pra vocÊ.
olhar em teus olhos.
e saber o que te fez mudar tanto.

sábado, 29 de março de 2008

Mãos.

a curiosiade de saber
oq ue te prende
quem te toca
o que te comove
o que te devora.
mastigas devagar teus olhos mel
que tanto me encantam
na dança do silêncio
eu te admiro em segredo
e cadavez que pego meu vilão
fico tímida em cantar as cançõs
que fiz pra você
um abismo doçe
canto de sereia
foi em ti que aprendi a ver beleza
na meia-luz de um dia cinza.
e eu caio na tua rede
eu deleito-me em segredo
lembrado do que nunca houve
fruto dos meus sonhos
imaginação que fluiu
a anos atrás
num toque
de mãos.

quinta-feira, 27 de março de 2008

help! - I need somebody

não é que eu precise de algém!
eu tenho você estou satisfeitíssima pelo que tens me dado
mas que dor de cabeça é essa que me dá quando somebody call me?
que porra é essa?
me diz,q ue eu não sei o que se passa
com meus nervos de aço
quando um olhar recebo
e me deixa de lado.
"vou fazer meu trabalho"
já recebi tandos dos minhares de foras que você teria de me dar
e porque perdura essa insistência?
me diz?
?

Help! - I need somebody!

terça-feira, 25 de março de 2008

8 meses

a-m-o-r.
4 letras, mas qual o significado?
é aquilo que sinto nas noites em que passamos juntas?
quando dormes em meu ombro e eu tento metículosamente desenhar teus traços em minha pele pra decorar-te a mais linda criatura?
disseram-me certa vez, que amar não seria o bastante.
mas, o que nos salvaria naqueles momentos ríspidos de brigas, dor e sofrimento?
será que o dinheiro e a casa subornariam nossa vontade de permanecermos juntos após termos nos separado?
dizem-me que amar não é o bastante. Mas se é tal amor que te faz se aconchegar em meus braços procurando calor nas noites frias, que seja!
que seja essêncial, vital e catastrófico!
que sempre em movimento cause as mudanças que o tempo trás, que revelem-se as dificulades, os raios e trovões.
desde que a força venha sempre daqueles momentos pequenos onde me beijas, e olhas pra mim com teu olhar mais casto de encanto, como se não acreditasse que eu estivera alí, em teus braços; tão tua, tão entregue a ti.
amor, eu só queria dizer que sou muto grata a ti por esses poucos meses de caminhada, que já se tornaram muitos pela intensidade que vivemos.
que a saudade passe de um obstáculo, para o alimento de querer ver-te, tocar-te e ouvir-te mais e mais vezes. eu te amo.
e disso, só nós sabemos.

Arte final.

Rindo de mim
sonhando com você
lembrando de coisas
a dor de cabeça já chega
devido aquele banho de chuva.
um beijo;
eu só queria essa pausa.
essa linha entre o real e o não real.
eu só queria o precipício
pra digerir meu sonho
castrado.
interrompido por mim
ignorado
não-ultilizado
por você
que de tanto que amei
hoje dou risada.
da minha descrição
ao ver teu balançar.
eu rezo
mas nenhum santo me ouve
deus me deu apenas o rabisco
do que poderia ter sido
a arte final.

quinta-feira, 20 de março de 2008

eu não consigo não me incomodar com o inverno que se instalou em nós.

Carta ao grande amor.

amor, meu grande amor!
há quanto tempo eu não te vejo?
não esqueci o gosto do teu beijo, nem os carinhos que ainda se reservam a mim.
não! eu não esqueci.
apesar de estar no escuro, sozinha.
e te amo tanto que em minh'alma respalda
o mais sublime dos cantos.
mas não consigo entender, como se delimita a dor
que de vez em quando a mim invade.
se instala, cria casas, até cais para atracar seus navios naufragádos.
eu não entendo e não esqueço.
não esqueci as juras que você não quis mais
não esqueci os planos que construi e você os rejeitou.
e agora o que faço pra matá-los aos poucos?
ensina-me pois minha mente tosca ainda não descobriu o segrdo
de amar demais e se entregar de menos.
amor, meu grande amor!
da qual meu desejo perturba e iquieta-se.
ainda me leva a morrer, cada vez quedizes que não me amas como outrora;
me ressucita quando me procura com lágrimas para matar minha sede;
minha doce e cálida rosa, ensina-me como não desejar-te mais do que queiras que eu deseje
pois o meu coração estúpido ainda não decifrou o segredo de não querer pra todo o sempre aquilo que o dá sentido para cada pulsar;
faça-me sentir o que há muito não gostaria!
mostra-me o sentido da dor para que eu pare de te reclamar as juras baratas que me fisestes.
acalme-me com um "eu te amo".
mastigue meus olhos;

segunda-feira, 17 de março de 2008

dia cinza

amanheceu num dia cinza aqui o gosto doce da saudade
a leveza dos passos molhados pela chuva..
estórias lindas cheias de boas inteções.
desenhos, cadernos, luzes agitadas
um carinho e o mundo parava.
eu me embreagava mais uma vez de coisas que já conhecia
e você bebendo na fonte do que não conhecia
hoje são só bons dias e um caderno manchado.
mas eu não podia deixar de dizer que esse dia
tem o jeito de ser você.

sábado, 15 de março de 2008

Caminhando a passos lentos
mergulhando em teus olhos.
guardo meus segredos e recolho meus sinais.
mas exergo tudo para o que não quero.
eu não quero.
eu não vou
me entregar
a tempestade.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Coleção. -

Devoro-te com os olhos
se me tentares.
fujo de contra o desejo
não posso, infelizmente ficar.
meu peito não lhe cabe,
embora, quando passes, o desejo me invada
dama malvada que gosta de provocar.
deu-me um beijo na nuca, um gole de vinho.
seduz o meu corpo mas não me deixo levar.
pois sou de uma mulher só.
e coleciono apenas o corpo dela
na qual fiz de tarça
pra essa bebida amarga; O gosto da vida tomar.
quem tem cores de vida e morte.
samba e marça fúnebre.
amor e carnaval.
ela é meu céu e o meu inferno astral.
embora fique presa no teu flutuar.
leva-me daqui com essa coisa de despir.
acenda meu fogo, maltrate-me;
mastigue aos poucos nessa tua boca carmim o meu desejo com gosto de veneno que mata lento.
mas saiba que ceder, jamais.
sei que tiro teu sono;
mas coleciono apenas uma tarça
onde bebo vinho e cachaça.
por isso, tua sede
não posso matar.

Livre.

Nova música de trabalho. Impressionantemete nova.
eu me sinto outra, bem melhor que aquela.
pois quando faço o que amo, os horizontes se expandem
e eu pulo todos os meus muros;
me tornando, assim, livre.

Louca tela de Dalí.

Brincando de perder-me em teus olhos
me encontrei em teu sorriso
como uma tela de Dalí

Navegando pelas águas do teu corpo
mergulhei em outros mares
e atraquei meu barco aqui,
no seu cais.

(refrão)
Filha da poesia
porta-voz da harmonia
seja sempre a canção para eu cantar
teus beijos encantados, paraíso encontrado
seja sempre o sonho para eu sonhar
acordado.

Chegou beijando o acaso ao meu lado
fez de mim a sua estrada, o seu pão e o seu lar
me mostrou que o nosso amor é meu esteio
sem ela já não me vejo e não quero imaginar


Filha da poesia
porta-voz da harmonia
seja sempre a canção para eu cantar
teus beijos encantados, paraíso encontrado
seja sempre o sonho para eu sonhar
acordado
(repete 2x)

segunda-feira, 10 de março de 2008

Boneco de judas - o amor.

" eis aí o motivo do meu coração estar despido em praça pública e amarrado num poste, como um boneco de Judas, no fim da páscoa. Por mais que eu tente, será sempre uma camada da minha pele. e mesmo que um dia eu quisesse, nada poderia apagar. Mesmo que arrancássem meus olhos, e me apontassem punhais, eu não deixaria de amar, por uma simples questão: está acima da minha racionalidade; eu simplesmente não consigo deixar de amar. "

domingo, 9 de março de 2008


parabéns pra brayner e lea. espero que venha tudo em dobro juntamente com felicidades pra vocês.
procurando palavras pra exercer a força do meu verbo.

sábado, 8 de março de 2008

eu te amo.
e vc nem sabe.
deveria saber
que eu te amo.

domingo, 2 de março de 2008

E você, busca o que n'outra nação?

cansada dessa abusiva omissão tua.
eu abocanho a vida aqui com todos os dentes
pra que ela não me engula
e essa tua gula por mundo me cansa
esse filme eu já vi.
mas é a mim que você sente antes de dormir.
é em meus braços que você se faz feliz.
e cada vez mais me cansa.
eu me retraio aqui e retrato teus gostos por outros corpos.
meu maor, quando irá aprender
que descobrir outros mares não vale de nada sem bússola?
sem direção?!
se sou eu que te faço feliz, porque fincar bandeiras de outras descobertas
do lado de lá?
te lugar é do meu lado e deverias saber disso.
e não por mim, mas por você.
se enganar pra que? se teu corpo me chama enqunto outras mãos te tocam?
eu sempre estive aqui.
e você? busca o que?
longe de tudo que construimos?
se te acusa a minha procura, ficas de uma vez.
mas se queres o mundo não vou te esperar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

então. eu nem queria adimitir isso, mas eu te amo.
e eu to bebada.
e passei a tarde inteira falando pelos cotovelos.
de você.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

parabéns brayner.



saudade.

alguem sabe o que é isso?!

alguem aí sabe o que é ver um ente querido ir pra bem longe?!

eu sei.

e morro de saudade

apesar de me orgulhar e saber que ela tá feliz,

hj é aquela data especial.

onde e queria estar com ela.

mas já que não posso digo o que há por aqui.

mas só a saudade sabe expressar

o queeu não sei falar.

te amo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

contando de um até 10.

reprime, respira; fecha os olhos com força, conta até 10.
e se pergunta: porque não consigo simplesmente deixá-la ir ?
ela seria mais feliz com centenas de garotas a cobiçando.
concerteza, mais bonitas, inteligentes e com melhor habilidade sexual.
sim! elas também diriam palavras bonitas.. a fariam carinhos e planos.
mas isso já é prova suficiente do meu ciúme.
é. as vezes eu esqueço de admitir que eu a amo.
talvez porque seria tudo mais fácil se o amor não estivesse metido no meio.
eu deveria aprender a abrir as pernas ao invês do coração.
seria feio, porém mais fácil.
eu spfreria menos.
ela também.

Sorte de hoje: Você terá uma velhice muito confortável

derrepente eu vi.
que não deveria abaixar a cabeça
pra todos os imorais que tentam me derrubar;
eu aprendi..
que deveria cumprir meus objetivos e o que ficou pra trás virou poeira na minha estrada.
eu senti..
que você é meu tudo e que eu não vou deixar esse amor morrer assim.
vou lutar até o fim.
mas se quiseres ir, a porta está aberta e nada mais vai me segurar.
vou lutar pra te ter aqui, mas se quiseres ir
saiba que eu eu vou viver aqui.
segur todos os sonhos, executar todos os meus planos.
sozinha ou com você.
meu coração é seu e meu corpo te chama.
mas se quiseres ir não sou eu que vou te impedir.
vou lutar por ti até o fim, minha vida.
farei todas as loucuras
mas não vou esmurecer, caso me digas adeus.
te peço que fiques enquanto chove.
te ouço chamar meu nome antes de dormir.
te dou colo, carinho.. todo o amor que eu sinto.
mas se quiseres ir, vai de uma vez.
bão me faça sofrer nem chorar.
mas,
fica.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Quimeras.

ai como eu queria
um dia pegar na tua mão.
ver que tudo isso é um pesadelo.
e que a manhã já raia lá fora.
te dar um beijo, e sumir..
voltar a ser só um.
sair de dentro da minha clausura.
e te amar como antes.
quisera eu ser dona dos teus beijos, dos teus sonhos.
saindo do olho desse furacão.
rir de tudo que se diminui diante da grandeza desse amor.
quisera eu o fim ser só um delírio.
quisera eu você ser minha.
quisera..
quimeras.
Eu ando um pouco cansada e preciso de férias prolongadas de mim mesma e do meu coração. Pode ser?!


obrigado.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

porque será que é tão difícil hein?!

ai ai.
porque amar é tão difícil?!
poderia ser mais fácil.
eu agradeceria encarecidamente.
mas não é.
e toda vez agente tem que se fuder no final.
agente poderia querer só prazer.
também seria mais fácil.
mas, nada que é fácil tem graça.
e sempre o melhor parece o mais difícil.
pra no final agente descobrir que final feliz é conto de fadas.
quase todo mor acaba.
no peito dos outros.
porque justamente eu hesito em relutar?!
eu vejo o fim bem claro.
mas eu quero.
e eu nem sei porque agente quer tanto. você já não é a mesma.
e eu já ando com medo de tentar.
enc0lhida nos arredores da minha alma.
você precisa me tirar de lá.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mentiras elegantes de nossa pseudo-despedida.

enquanto eles se encontravam numa conversas casusais dessas cybernéticas frias e distantes.
ela roía as unhas todas enquanto ele a observava distante por movimentos lentos em uma mízera webcan. Ela não cosegue mais reprimir o instinto e vomita:

-Ai, essa maldita vontade que não passa.

[ele e seu jeito brilhante de fingir que não sabia do que ela falava..]

-Vontade de que?
-Vontade de ter você pra mim. Deixa isso pra lá.
-Não.


[...] continua no próximo episódio

Amores são sempre amáveis.

é. não dá pra negar que hoje eu senti uma saudade gostosa.
lembrei de um por um dos nossos momentos, ri sozinha;
amei mais uma vez. te amei em segredo. escondida entre lençóis e travesseiros.
e eu quase de um pulo quando o telefone tocou.
acho realmente que ainda me ame.
e agora agete se comunica num encontro casual. e mais uma vez a vontade.
me sufoca até me fazer perder o ar.
é impossivel negar que ainda te amo.
e amo demais.
eeu mordo a fronha, rasgo os versos, fecho os olhps.
fujo pra todos os lados; procuro em outras bocas.
nos livros, e encima da estante onde existia a sua foto.
nós sorriamos felizes e bobas só por estar ali, juntas.
e eu continuo nessa de reprimir.
de me castrar.
mas é impossivel negar;
mesmo que não estejamos juntas,
amores são sempre amáveis.
e mesmo que eu quisesse, eu nunca deixaria de te amar.


pronto. agora eu quase consigo respirar.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Daqui a dez anos.

ela jogou os pacotes em cima da mesa e pegou um caderno velho que havia sido deixado na caixa de correios. ela quase sem acredita. leu todas as paginas a fio e derramou uma lágrima.
ponto.
pagou suas dívidas, acendeu um cigarro e pendurou a capa na parede.
Manchada e meio úmida.


ha ha ha.
eu queria que um dia isso acontecesse.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sinais.

Como uma estrela que surge no céu,
como uma tempestade de sentimentos e desejos que se formam numa mera troca de olhares, eu vi a luz.
me encantei de súbito e fui ao seu encontro.
tento ao longo dos dias, timidamente me aproximar.
Mas pouco a pouco, vou te mostrando quem sou e porque ainda espero aqui.
Certa vez eu disse a ti, numa confissão dessas, que uma boca não pode dizer, que não te daria lírios, porque eles murcham. Mas com todo o carinho te de dei um registro; que será eterno. Sim, saiba. Eu escrevo pra ti e te olho da janela do tempo. Se há desejo, eu não sei. É uma espécie de encantamento, no qual eu não consigo escapar. Pois essa noite, vieste me visitar em sonho. É difícil de explicar. Espero que captes meus sinais, pois a muito venho tentando mostrar em coisas simples, o quanto eu quero você.
E continua, magicamente. Eu sinto teu perfume nas ruas; e lépida volto a sorrir.
é embaraçoso. Acho que ficarei rubra quando estivermos face a face. Mas eu não vou ligar. Eu quero viver. E quero que você saiba, que docemente, eu quero você. E não é de hoje, não é de ontem que quero saber o sabor da tua saliva. Me abraçe numa noite fria. Não haverá cobertores. Só vinhos, que como poções mágicas nos inebriam.
Olhe meus olhos, leia meus sinais, receba meus presentes, como flores que adormecerão na relvosa cama do desejo que se fez em mim.
eu não espero confissões nem respostas.
apenas te compartilho um segredo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os olhos de minha amada.

O ano acaba, e essa sensação de desconforto perdura. Teus olhos de cigan oblíqua e dissimulada, como diria o poeta, ainda me vem a mente mesmo sem te ver. o perfume que me invadia outrora paira por aqui e eu não sei o que fazer! me entenda. não foi uma escolha; eu não pude conter. Passaram as primaveras e tudo ainda perdura aqui.
o que posso fazer? Teus olhos arrastaram-me para o mar como o canto das sereias arrasta o marinheiro e me afoguei em teu mar. Mar de ilusões. mar que é meu e não devo te culpar. mas que culpa tenho eu?


que culpa temos nós?

onde há a culpa?


onde?




e só para que se registre. teus olhos são como tochas de fogo negro. labaredas que inflamam meu desejo e mesmo que eu não os veja, nem sempre é noite. lembranças enchem de ternura o meu desejo de ter saudades do que nunca existiu. Olhos de ressaca. Arrastam tudo que vem pela frente. E me arrastou. Me corrompeu sem querer. E eu sucumbi aos encandos, dor olhos de minha amada.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Confusa. - ou Pensamentos extraídos de uma noite sem sono.

O silêncio.
o silêncio que ontem a noite foi quebrado pelo toque do meu antigo telefone.

"-quem é?"

"-é a última pessoa que você amou."

e por um momento eu ouvi uma voz rouca.
o barulho daquela casa
que tanto eu conhecia bem.
foram três ligações interrompidas por quedas telefônicas.
isso tirou o meu sono.
e as evidências cada vez mais me mostram que seja ela.
mas quem me garante que não seja uma brincadeira de mal gosto?
estou sem sono e sem raciocínio.
ela ainda tira minha paz.
ainda abala meu mundo.
ainda.
um vinho, e uma taça sozinha.
por entre cochilos do meu corpo cansado, sonhei com ela.
e o que isso quer me dizer?
ela perguntou por mim.
e agora, eis que o telefone toca.
será que é mesmo ela?
e o que quer além de prazer?
estou confusa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sobre a viagem. - Carta à minha protegida, ou ainda, Crônica sobre a missão que a mim foi dada.

Foi tempo de ganhar. somar coisas boas, confraternizar com amigos, trabalhar, posto que somo operários de teatro.. mas enquanto sorteavam anjos e protegidos, eu peguei um papel, e, ao longe vi uma mulher, que a mim foi dada a função de cuidar. Não sabia muito. Apenas seu nome. Tinha cabelos negros, olhos mel, e uma câmera fotográfica; Na qual, por suas lentes, enxergava o mundo. Mas não como ele era, e sim ao seu modo. Poer entre brincadeiras e sorrisos, chegamos ao nosso destino. Ares novos, cama, mesa, banho e teatro. BRAVO! BRAVO! E com sucesso cumprimos nossa missão. mas na volta, enquanto tirava minha maquiagem que levara as pessoas na platéia a pensar, eu pude ver nessa mulher uma angústia... uma angústia contagiosa. Tentei-me aproximar.. E conversamos bobagens cotidianas, e então soprei versos de uma canção, e do rosto dessa mulher, uma lágrima pude ver rolar. sentei-me ao seu lado, pus sua cabeça em meu colo. Perguntei-lhe o tanto a afligia e então, como num passe de mágica pude ver, bem diante dos meus olhos, a mulher enigmática se mostrar menina... com saudades do que chegará e o receio de viver o perfeito que ela respira quando o moço bonito está por perto. Nesse momento, com os dedos por entre os seus cabelos, tentei mostra-lhes os meus pés cançados e meu coração sufocado de não viver por temer o que poderia ser perfeito. Falei-lhe dos reis e dos homens; das guerras e das batalhas que tenho que vencer todos os dias para suportar o desejo de viver o que escondi durante todo esse tempo. Não é válido viver nas trevas de esconder-se enquanto a beleza está em viver sem temer... está em doar-se sem esperar receber de volta, está em arriscar-se, sujar-se, aprender com as dores e com o sofrimento, libertar-se, para saber que valeu cada gota de lágrima que escorreu de seu rosto para lavar as feridas que os amores lhe causaram; E ela olhou-me assustada, e disse: "-...Tu és tão grande, que dá medo!..." e eu lhe disse calma:" -não precisa temer.." e continuei a tentar curmprir minha missão, que até então era segredo e só se revelaria ao final dessa viagem. Falei-lhe então dos prazeres de digerir devagar cada sentimento, cada momento ao lado de quem se ama, de sentir as emoções por inteiro e não deixá-las se perderem por pressa ou sede de viver. Porque como um bom vinho, a paixão se degusta devagar, para que ao final de tudo, nos trazer prazer. e então, ela desacelerou. Seus movimentos agora eram leves. Seus pensamentos não pesavam mais, e aquilo que a prendia não mais a algemava. E então, falei-lhe das palavras, que como flechas em direção ao alvo, podem ser certeiras e melhorar ou piorar a vida de um ser humano. e jamais ele poderia ser o mesmo depois dela (a palavra). Levantou-se levemente do meu colo, sentou-se a cama, e lépida me disse:"- Você acertou meu alvo. E após essa conversa, aquilo que me angustiava sumiu. Muito obrigado." E ali, naquele exato momento, eu pude ter duas das mais belas certezas que eu poderia ter nessa viagem, e que eu não esperava:

1° : Eu pude perceber que consegui com êxito cumprir a missão que a mim foi dada. Uma missão tão bonita, que é ser anjo da guarda; Cuidar, proteger e velar por alguém;

2° : Cumprindo minha missão, eu pude, da maneira mais mágica que poderia acontecer, angariar mais alguém para uma exêntrica coleção que tenho em meu coração; A minha estimada coleção de pessoas beléssimamente boas e para as quais eu prezo e quero muito bem.

20° FETEAG. - Poesias de um operário que lê.



esse tal operário que lê me dá tanto orgulho.. Foi tempo só de ganhar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Preces ao tempo.

Eu pocuro coisas novas, tento ler livros, faço preces ao tempo, levo uma bala perdida. e mesmo sem importância pra ti, ressucito no terceiro dia. E nada disso já me tem importancia. Minhas noites em claro, minhas palavras, todos se tornam vãos de um soluço quando chegas a mim e sopras feito brisa leve, tua voz aveludada. Eu não entendo! não é amor que me toma. mas essa febre intensa de desejo que as vezes parece passar, vai e volta sem me dizer se é doce ou amargo esse querer que tenho por ti.
Faço preces ao tempo para que voes para perto de mim ou para longe de uma vez. Para que sumas do meu pensamento ou aqui faças morada. Para que meu coração possa se acalmar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008



As vinte fadinhas - Ballet Moderno do Recife.

Minha pequena bailarina

Pula
salta
gira
com leveza e graça
escondendo a força ultilizada
em cada movimento.
supera o tombo,
sorri!
e reluz o esforço de um ano inteiro
de janeiro à janeiro
na ponta dos pés.
espera, espera, espera..
e durante uma hora
as cortinas se abrem.
para o refletor iluminar
a minha pequena bailarina
que tanto me orgulha.
e de espectadora, eu grito bravo!
e com seus corpos, me arrancam lágrimas
as vinte fadinhas
e a minha pequena
que de tiara e sapatinha
vem me orgulhar.


Poema dedicado a minha irmã, que ontem me arrancou lágrimas pisando mais uma vez no palco da UFPE. Bravo!

Desfecho.

E assim se esvaia de mim um desconforto.
Aquele desejo latente vai lentamente esfacelando-se..
diminuindo...
e quando vi, já não sabia teu nome.
não lembrava do teu rosto
não sentia mais teu cheiro nas ruas, pairando pelo vento.
era desconforto, era medo
era desejo demias
e num desses devaneios febris, tomei uma overdose de você e morri.
e quando morri, fui ao céu.
me aliviei, desconheci.
eu não vi o desejo passar por mim
e agora te vi do outro lado da calçada.
e por entre um mar de carros, onde peixinhos dourados eram gente, eu te peria de vista e cada vez mais caminhava para longe. longe..
longínquo da realidade eram esses devaneios e hoje, ressucito no terceiro dia.
hoje de manhã, abi o jornal, por entre canecas de leite e farelos de pão.
restos de notícias; o desejo morreu. Ali na esquina. Muitos forma os feridos. Você estava lá. Só deu pra ver a flor. Vim aqui pra te contar, que o desejo foi baleado com um tiro no coração. Voce não viu a bala, pelo espanto de teu rosto cálido. Não viu...


(continua)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Confissões que uma boca não pode dizer.

É mais tentador de longe, que de perto
pois de perto, eu tenho controle.
de longe, eu tenho devaneios febris,
loucuras em séries
te pinto pelas paredes..
de desejo por entre os lençóis
te ouço chamar meu nome...
delírio.
paixão.
a verdade é essa.
doces ilusões carameladas
assim como os cachos dourados dela, que cheiram a mel.
eu quero.
como criança ao doce
como o vento a flor, que a despe, despetalando-a.
como a noite es estrelas...
como tudo enfim!
eu queria apenas uma chance
pra cobri-la de desafios reais.
lírios, secam e caem ao chão murchos.
mas eu a daria mais do que isso..
mais do que tudo..
eu a daria meus olhos como ofera.
mas ela despreza,
ela nega,
mas como negar aquilo que nunca a confessei?!
como rejeitar o que nunca demonstrei?
desde já resolvo ter coragem.
e confesso aqui
o que meu corpo quer lhe falar.

Zodiaco I

Câncer (21/06 a 21/07) por Eunice Ferrari

"Aproveite o ultimo mês de Júpiter e Vênus em sua casa dos relacionamentos e curta o amor ao máximo. Caso ainda esteja só, aproveite este mês para sair, olhar à sua volta e principalmente deixar seus medos de lado e quem sabe você não descobre que seu novo amor está bem perto de você.
Se você sabe o seu ascendente, escolha-o ao lado para conferir a previsão. "

nossa, que previsão engraçada, não?

O romance proibido entre a mariposa e a luz.

Eu sou uma mariposa
voei de encontro a luz.
sabia que iriria morrer, mas o brilho intenso do sol me encantava,
e cada vez mais eu chegava perto...
Amei a luz do sol e por ela, dei minha vida,
num beijo tão intenso que minhas asas queimaram, e
sucumbindo de uma vez aos encantos dela, ou melhor, do sol,
morri incinerada.
Será pecado amar a luz divina que cobre como um manto sagrado o dia dos mortais?
Eu tinhas as flores, as paisagens, mas eu...
eu queria a luz.
Um beijo divino nesse manto brilhante a pino.
Será pecado desejar aquilo que não se pode ter?
E assim, fui de encontro a minha sentença, tornando-me uma mariposa suicida.
mas que mesmo dando a vida pelo seu desejo e sendo aos poucos incinerada,
não deixou de ir de encontro ao seu amor.
Se tornando, então, o mártir
pela luz.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Confissões de um amor adolescente.

Daqui vejo o horizonte.
tua lembrança paria em minha mente e ao meu redor, como se fosse uma casa
em volta daqulo que sou.
acredito que te amo.
pelo que tu és.
sem nunca ter te tocado.
e só de ouvir tua voz, valso no encanto de minhs agruras.
teamo.
e isso é fato.
e daqui, dessa janela, posso ver
minhas ilusões e minhas dores.
mas contudo.
te amo.
de graça, e pelo que tu és.
e muito mais,
pelo que poderias ser.
te amo.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Amor Maior - Magamalabares.



Magamalabares
Acqua Marã
Um barquinho oxaiê
Quem esteve aqui
Viu barquinho de gazeta
Ancorar no mistério
Notas musicais
Dentre bolas de sabãoque de nossas serenatas vieram
Flores que ofertamose que nunca morrerãoem vasos e jarros se bronzeiam
Os anjos de onde vem
sua vidabem-vinda
a trilha
Os livros não são sinceros
Quem tem Deus como império
No mundo não está sozinho
Ouvindo sininhos
-
Não há amor maior.
não há dentro de mim nada que possa explicar.
o que nossos pés já caminharam
e que vão caminhar.
como irmãs nos cuidamos.
eu dela e ela de mim
num elo sem fim
caimos num braseiro eterno
chamado amor.
puro e simples
como essa fotografia
de nossos pés.

Atmosfera nova.

Que atmosfera é essa que me encanta por aqui e por aculá?
sinto o cheiro de coisa nova no vento
e vem com aquele cheiro, aquele que eu senti na calçada e lembrei de você.
e eu tô tão assim
tão pra ti
que tô pensando seriamente em te dizer
o que sinto e escrevo esse tempo inteiro.
queria te encontrar por acaso hoje.
assim, como quem não quer nada.
te pagar um cinema
como disse num poema desses.
por o meu vestido mais bonito
e te convidar a viajar
na minha viagem.
e quem sabe?
quem saberá o que me dirás?

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Quimeras.

"sem sofrimento não há romance".

Romance - Guel Arraes.


Eu queria o segredo dos séculos
os silêncios dos túmulos
a fala dos olhos.

o veneno, o feitiço
pra enlaçar-te
numa dança de signos.

traçar-te uma teia
encantar-te com rimas
beber-te como vinho
comer-te como pão.

Mas nem tudo que tenho
quisera.
tudo que me impede
te revela.

meus sonhos?
quimeras.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Tempestade de idéias.

As vezes só
sinto tua mão em meu ombro.
eu não sei se você exste como eu vejo.
mas sei que sabes.

e por olhares, me provocas.
eu gosto do me silêncio
mas as palavras saltam pelos meus olhos.
é só prestar atenção.

é imposível calar diante de tal presença.
tão misteriosa quanto a esfinge.
"-decifra-me, ou devoro-te"

vejo duas paredes de granito negro nos olhos dela
não decifro os códigos
ou será que eles não tem nada a me dizer?!
tenho mil duvidas e um objetivo.

não, não. eu não a quero.
meu objetivo é uma pausa entre a realidade e o abstrato.
um beijo me bastaria.
e seguiria em paz.

sábado, 15 de novembro de 2008

Verdades inventadas.

Mentira, eu sei.
Mas eu queria saber...

Eu canto de sede dos teus lábios
Da água que nunca provei

Quero penetra-te
Como mata virgem
Constelações cruas

Irigar-te, explorar-te.
descobrir-te
Sentir-te à flor da pele

A flor de onde?!
Eu quero já.
Saber o enigma de tuas grutas ignotas.

Desprezo às verdades do dia seguinte
Essa noite eu quero as mentiras confortáveis
Proferidas pela tua boca.

Abre-te sés amo!

E já vejo teus poros arrepiarem
E o gosto da pele, já se instala.
O cheiro se demora
Demora..

Ver jorrar de ti essas verdades sem palavras
O copo não mente.
E quero vê-lo tremulo, contraído.
Eu quero uma mentira vocabular
Para que teu corpo desminta tua boca.

Quereres.

Ah! Como queria..

Tocar-te
Querer-te
Beijar-te
Comer-te

Sentir-te
Partindo-te assim ao meio.

Submegir-me em teu suor
Brincar de movimentos que sei fazer e refazer
Encarar-te e dizer-te:

"-Não sou tua! Mas quero ter-te."

Contenho-me calada..
Pinto as unhas de vermelho;
É pra você, que comprei um vestido novo.
E ainda nem sabes.

Sem correntes, e amarras.
Queria um dia, quem sabe, pagar-te um cinema.
Só pra pegar na tua mão

Depois de tudo, ver-te cansada.
Dormir em meu colo
Capturar as partículas e átomos
Que compõe esse momento, para ser meu segredo mais secreto.

Ah, como eu queria.
E tu? Será que queres?

Ensaio sobre a vontade - ou, S-E-N-T-I-R.

O que seria, ou significaria vontade? não a vontade que existe no dicionário, mas essa, que se instalou aqui. Dentro de mim.
antes eu tinha vontade, mas era uma vontade visível, palpável e aparente. Mas é engraçado e embaraçoso agora. Eu sinto vontade, ou melhor, eu quero. quero e ponto. eu não queria, pois a partícula "queria" é passado, e, mesmo com uma probabilidade mórbida de tão impossível de se acontecer, se hoje você viesse até a mim, como eu tenho vontade de ir até você, eu ainda quereria, ou melhor, eu ainda quero.
mas é diferente.
Eu não quero que você saiba da minha vontade, eu quero que você me olhe. É o seu olhar que desejo atrair e não "você". Você, pessoa a quem falo, aqui nesse texto. Eu não quero que você me namore, eu não quero que você me ame. O que eu quero de você é que você me enxergue. e depois de me enxergar eu não quero ver seu desejo, não. Eu quero sentir o seu desejo. Sentir assim, sem os olhos, como eu sinto essas palavras saindo do meu desejo agora para o teclado e em seguida, através de cabos, partículas e cursores,chegar à tela do meu computador. e com mais redes e fibra ótica chegarem até o meu blog, e do meu blog chegar, quem sabe, até você.

S-E-N-T-I-R.

Vou dar um exemplo mais claro.

É como se estivéssemos ali. Eu e você frente a frente, num quarto escuro e vendadas. Eu não poderia te ver, mas uma hora, caminhando pelo espaço mínimo de um quarto sem objetos, eu sentiria a sua presença. E depois de sentir tua presença, imediatamente eu te tocaria. Pois a falta, ou a insuficiência dos olhos, nos fazem enxergar com as mãos, ou seja, de um modo mais rústico e direto, isso é sentir. mas não é desse sentir que te falo agora.
Como te disse, hoje é embaraçoso e dificílimo esconder isso de você, Mas eu me esforço muito, mesmo sem saber se tenho êxito nas minhas tarefas de esconder ou não. No fundo no fundo eu sei que quando eu te vejo meu coração acelera. Mas não. Não penses tu que eu esteja apaixonada ou "nas tuas mãos". Isto seria um erro gravíssimo, posto que seja apenas minha, e me dou para quem eu quero, apenas. Seria realmente uma grande tolice tua pensar que eu esteja apaixonada. Eu posso até vir a me apaixonar mais tarde. Mas só mais tarde. Pois agora, o que eu quero de ti é que me descubras. Assim como eu te descobri, ao fechar meus olhos e ouvir tua voz cantar próximo a mim. Para que depois, num quarto escuro e de venda nos olhos, possamos descobrir juntas o que significaria, ou o que seria S-E-N-T-I-R.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A grande sacada.

"...Mar azul na areia bege.."


Sensação gostosa
sol à pino
e um misto de leveza e embriaguez
me conduz direto pro nada
e não me preocupa não saber.
acho que encontrei as respostas que precisava
nas anti-respostas;
e acho que é isso a grande sacada.
o mundo esta cheio de anti-respostas
e eu caminho em direção ao nada.
hoje eu sinto que isso me liberta
mas talvez amanhã eu me sinta cativa...
e daí?!
eu pergunto pra it que até dias atrás não tinha nome e agora já é guase meu amigo.
se eu tiver de me sentir cativa, me sentirei
se tiver de se livre, eu serei bem mais do que isso.
posto que nada me prende. nem minhas dores, os amores que não vivi, as passadas largas que já dei... meus tombos, meus erros, meus acertos, minhas vitórias.. nada mais me prende ao chão.
ou talvez o chão seja o ar "quase responsável" em que flutuo.
Pagar contas, estudas, viver a arte, sair, me divertir e quem sabe me apaixonar?!
acho que essa é a grande sacada.
é viver. independentemente de qualquer coisa..
e a leveza de hoje me faz sentir que eu estou bem aqui;
com a cabeça nas nuvens e os pés fincados no chão. Porém, sem algemas.

Mundo Cão.

E aí?!
quem sabe ai o que é
engolir sapo, fazer o que não se gosta
lavrar, elaborar, criar sem ter inspiração.
viver no mundo cão é quase isso.
e a semana inteira,
de segunda à sexta
e eu até pensei em desistir...
foi quase isso.
mas o gostinho
que eu tô sentindo já
me faz querer continuar.
mesmo sem querer estar lá.
E aí?
Quer dizer que isso me trouxe pro mundo?
Agora me sinto um deles sem ser.
Mundo cão
calo nas mãos
e algo a se pensar.
E agora? bato o pé e reluto:
Jamais serei um deles.

domingo, 9 de novembro de 2008

A flor no infinito.

"... Depois da onda pesada, a onda zen.."

Seu jorge - seu olhar.

Zen.
eis que hoje essa sensação gostosa me apareceu.
cheirinho de flor pelo ar,
bobagens no violão...
bobinha música que eu fiz
com carinha e sonzinho de criança travessa brincando no quintal.
hoje a menina colheu uma florzinha, dessas de jardim e me deu.
me rendeu um sorriso.
a sensação, a palpabilidade da paz...
a fluidez dos acordes..

que bichinho danadinho esse que me mordeu hoje!
e o nome dele é paz.


Olha a cara de orgulho dela, sensação de dever cumprido. Ainda bem que Deus me colocou nas artes. Eu não saberia viver de outro jeito.

sábado, 8 de novembro de 2008

Metamorfose II

Cai o véu da noite. E aqui nesse quarto, dialogo com minhas idéias, sentimentos e memórias. Me destraio um pouco com as risadas e proseamentos de minha irmã, que anda encantadinha por um alemão que prepara sushis, cozinha massas italianas e iguarias da culinária francesa.
Por um estante me esqueço do "buraco e a agulha" e das metamorfoses que permeiam minha alma. Agora, daqui de dentro olho para a minha janela; daqui, não vejo a lua. Só a escuridão da noite; Tão negra noite que de tanto olhar me cego. me vendo e prefiro as vezes, infantilmente, não exergar o que existe a minha frente. Mas o que há de verdade em minha frente, o dentro da noite escura? O que haverá?
Minha irmã foi à cozinha se alimentar, enquanto eu jogo palavras aqui. de lá, ela volta a falar de seu homem ariano e por um instante, eu tento me por na pele dele. O que poderia se passar na cabeça de um homem que nasce no outro hemisfério do mundo, com uma lingua totalmente diferente, com um clima totalmente diferente, e uma cultura gravíssimamente diferente, e derrepente, ele migra de sua pátria materna para morar num país em outro continente, sem saber falar sequer a língua materna do país. Há 18 anos ele mora aqui, no Brasil, e ainda não conhece direito as firulas de nossa língua. Confunde palavras como um bebê que está aprendendo a formar sons om a boca; A decifrar as codificações dos signos que se juntam e formam palavras. Talvez seja assim que sinto-me agora. Um bebê aprendendo a andar, ou um estrangeiro: um brasileiro solto na rússia, caindo de pára-quedas sem nem conhecer o alfabeto de sua língua materna. E é com essa intimidação que encaro este ser que sou eu. E, assim como o meu cunhado ariano, eu espero que com o decorrer desse tempo, eu aprenda a respeitar e conviver com este ser dentro de mim. Mesmo que eu não o entenda claramente ou não saiba ao menos quem ou como ele é.

Metamorfose I

Não te consola dizer-te que não sei quem sou?
antes eu achava que sabia.
Clarice e seus versos me ajudam a me sentir um pouco mais confortável nesse estado, posto que achando uma vez que sabia quem era, desmoronei, quando descobri que toda essa certeza não passava de uma tola ilusão juvenil. Demora um pouco, mas eu vou aos poucos deixando a angústia para mais tarde, e, com a leitura lispectorana vou fazendo sala e reconhecimentos a esse ser tão estranho que decidiu fazer morada nos cantos de minha alma. ou talvez não. talvez ele sempre esteve ali em outro estado, e parece mais que a angústia aguda que eu sentia, era a dor de uma metamorfose. A menina talvez sinta-se estranha com a mulher. E uma olha a outra com pavor. Mas será que é uma mulher? eu não sei. não sei seu nome, endereço, sua cor, suas ideologias de mundo. Talvez esse ser seja híbrido e não seja nada. E isso pode ter me deixado, enquanto menina, assustada. Talvez eu não esteja preparada para entender esse ser, talvez não tenha metade da maturidade que eu achava que tinha. Mas o que é maturidade?! e o que isso significa para esse ser que surgiu de uma angustia? para ele, que de tão híbrido, que mesmo dentro de mim, não consigo identificar suas codificações, eu sinceramente não sei. Mas pra mim que vejo de fora pra dentro, com a ajuda do binóculo de Clarice, talvez essa tão falada "maturidade", seja apenas sentir a angústia aguda dessa metamorfose. Que é como passar pelo buraco de uma agulha, para, assim depois, quem sabe conquistar a amplidão. E, só depois de senti-la com todas as suas agulhas que furam cada vez que eu tento decifrar e entender esse ser que sou, após essa metamorfose, aprender, definitivamente a respeitá-lo e aceitá-lo, como ele vier.
Talvez seja isso.
deixarei o tempo correr.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

It.

"Agora é um instante. Você sente? eu sinto."

Clarice Lispector.

é um instante. e o instante é it.
it é tudo. tudo aquilo que não posso tocar ou conhecer.
certa vez, disseram-me que eu teria de parar de beber, pois,
toda vez que bebo, relato que me sinto triste.
sem pudor. Assim, na mesa do bar.
mas não é o álcool que me deixa triste e eles não sabem disso.
eles não enxergam pois só olham seus copos naquele inebriante momento.
o que me deixa triste é a angústia que sinto;
pois nascer, dói. E além de doer dá um medo agudíssimo.
eu não queria deixar a placenta quente e confortável da minha mãe para ser dragada por esse mundo cruel.
e agora há algo dentro de mim. uma pessoa que se instalou na minha alma, e assisto aterrorizada ela servir-me o chá das 5.
essa pessoa, não é ele e nem é ela. é it. e agora, quando essa pessoa sair de mim, terei de comer minha placenta para me alimentar e ganhar força.
é desumano ou desumanidade?
é it. E a comerei.

domingo, 2 de novembro de 2008

Sobre a angústia.

Algo me angustia. e não é minha rotina desleal ou minha solidão (a não afetiva). Algo está roendo meu âmago, e ultimamente, tenho me sentido sem vida.. sem lembranças boas, sem brilho..
pros meus amigos, me sinto inconveniente. as vezes acho que de algum modo, incomodo; e, talvez por esse sentimento eu me sinta coagida. e eu não sei como explicar isso, mas eu não me sinto a vontade no meio de pessoas que deveriam ser amistosas; e cada vez mais isso aumenta.
eu já não sei o que fazer. alguém aí me salva de mim mesma? Acho que dessa vez eu fui mais do que sincera aqui. Eu tenho medo dos meus defeitos, não sei se minhas qualidades são reais... eu não sei quem sou! e estou rezando fervorosamente pra que essa pessoa que fez morada dentro de mim, se misturando ao meu ser saia já e tudo volte a ser como era antes. eu tenho receio de falar com as pessoas, eu tenho medo do que sai da minha boca e entra pelos meus ouvidos. eu tenho medo de machucar e ser machucada; eu tenho medo de agir e ser coagida; eu tenho medo na verdade, de arriscar. e como é que eu faço pra vencer isso? que graça tem esse jogo de confundir? eu me sinto uma menina de cinco anos de idade, que perdeu a mãe no meio de uma multidão e, se desespera ao notar que ela não estar mais segurando sua mão.. e que agora, ela não sabe o que fazer pra encontrar a própria mãe e o caminho de casa.
eu não quero sair, eu não quero me divertir, eu só quero dormir e quando acordar eu só queria que isso acabasse.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ensaio sobre a incerteza.

Minh'alma ardente é uma fogueira acesa,
É um brasido enorme a crepitar!
Ânsia de procurar sem encontrar
A chama onde queimar uma incerteza!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Sobre a moça e a carta. - Parte I

Talvez ela precise escrever agora sobre as ruas de seu pensamento.
é que ela anda meio perdida entre corpos, bocas e olhares demais, e na real, de que isso serve?! ela beija as menininhas, algumas vezes acaba indo pra cama com algumas delas, mas sempre se pergunta no final: - " de que serve esse êxtase, ilusório se todas essas sensações aqui são vazias?!" são apenas mecanismos do corpo humano e a brandura dos carinhos não aparecem?!
ela está realmente cansada. Acha as vezes tedioso e não entende como ainda existe gente que sevangloria por obiter esses simplórios prazeres ilusórios?! pois é. E não mais que derrepente, na vida dela surge uma menina. Menina perita nas artes de fazer chorar ou sorrir; Menina com nariz de palhaço e flores nas mãos, na qual deu-lhe uma rosa com os olhos para enfeitar-lhe os cabelos. E ela se pôs a pensar que a vida talvez não fosse tão tediosa assim... e começou a tocar a moça com os olhos, e de longe, a moça grava na memória seus movimentos redondos e cortates sob a luz de um refletor.
Talvez seja só um sonho bom, mas ela acha que a vida não tem graça sem os riscos. E ela pretende contornar o silêncio das vozes e fazê-las girtar junto com os olhos por meio de palavras soltas numa carta, escrita numa linha só. "- E se eu quisesse te beijar dinovo?!"
E o que sera que a moça diria? cada dia ela dá um passo a mais pra cruzar a linha que as separam. Mas será que a moça vai gostar?!

Deve continuar no próximo episódio, quando eu entrgar a carta.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Agora.

uma gata de pele branca
pêlos loiros.
e um gosto...
que só eu sei sentir.
explicar não adiantaria.mas seu cheiro
é quase um enigma
guardado ás sete chaves
pra ninguém descobrir.

filha da luz;
dona do sol.
dorme aqui em meus braços.
beija minha boca,
mastiga meus olhos
pra nunca mais querer me ver chegar
além da cama.

domingo, 7 de setembro de 2008

Amor urbano urgente.

amor
amor urbano já
e pra todos
eu quero
e preciso
de afagos sinceros.
eu quero ver meu olho brilhar
chega dessa superficialidade
eu quero é me apaixonar
pela estranha mais interessante da próxima esquina
eu quero amar o mundo
e abrir as portas
da minha vida pro mundo.
já.

Para a Srta. Buarque.

a noite se fez estrelada
ao som de um belo samba.
cabelos pretos, pele branca...
uma curiosidade aguçada
e tudo que eu queria era matá-la.
de desejos e beijos até o fim.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

A chuva.

A chuva vai pintando as paredes sólidas
gris;
o céu cinza traduz um engarrafamento de nuvens,
não tão comum por aqui.
no canteiro da biblioteca, um verde cheiro de terra molhada;
No asfalto, buzinas ambulantes e passos apressados.
guarda-chuvas multicoloridos invadem as praças.
no meu relógio, os ponteiros correm assimétricamente apressados.
enquanto debruço olhos, corpo e ouvidos atentos
sobre Brecht e sua linguagem gestual de efeitos de estranhamentos,
posto que agora,
me reconheço aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Distanciamento.

entre leituras realistas
brechtianas
eu me distancio
e levo o meu mundo até voce.
sem expressões, sem arranhões,
neutra.
invisível aos teus olhos.
me superando
além de tudo aquilo que eu pude dar
fora do limite de mim.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"O meu universo ainda despreza quem não sabe o que quer."

Estantes.

já li livros
escrevi poemas
vi filmes fantásticos
realidades catastróficas,
já sofri.
sofri até deixar meu coração em farrapos;
mas nada dessas coisas
nada, de tudo que vivi
abalou meu mundo desse jeito.
teu charme, carisma..
a elegância da experiência
tudo me deixou perplexa.
e já não durmo.
não como..
só penso
e descubro que os livros na estante do meu trabalho são nada.
eu quero mesmo é ter vocÊ
mais uma vez.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Queen

eu também pinto minhas unhas roídas de vermelho como toda boa mulher
porque eu me pinto pra guerra
e descarto tudo aquilo que não me quer.
sei muito bem do quer me convém e mesmo na duvida, seu sei ver a beleza
toda mulher tem o mistério do sabado a noite .
toda mulher merece o dom de ser feliz
de segunda a sexta eu ralo; e dou do melhor de mim .
mas quando sei bem o que quero,
no mistério, na calada da noite
pinto as unhas roídas de vermelho
pra combinar com o néon da cidade que pulsa lá fora
pinto-me pra guerrra, delineando meu corpo
curvas, bocas, olhos e pernas
pra te seduzir;
visto os trages de despir;
desocte e mini-saias.
porque no fundo no fundo, sei bem quem sou
e ser mulher é saber ser Queen,
quado se quer.

domingo, 29 de junho de 2008

Só.

é.
no fundo sempre sozinho
seguindo o meu caminho.
mas porque será que nunca dá certo?
porque é minha sina fadar contra aredenção?
o amor nunca irá chegar pra mim?!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Juras.

pânico.
eu jurei por Deus que nunca mais
e hoje grita, grita!
tudo quer colorir e sair;
mas não pode
isso tudo é proibido,
é perigoso
fulgás.
eu quereia
mesmo jurando pra mim,
que nunca mais.

Letal.

eu já não sei mais.
se sou fogo ou se sou água
só vejo o perigo doce
ébrio abismo.
que com mais goles de sobriedade e candura
eu venho me debruçado.
tenho medo
e ela pergunta
se esse nosso flerte é fatar.
pra mim é letal,
pois já não paro de pensar.
medo de me machucar
medo
medo
medo.

domingo, 22 de junho de 2008

Mistério.

ela meche.
ela me cerca.
ela me prende
em sua teia
e eu me rendo.
mas não sei o que será.
se faço mais uma canção.
o meu amor está aqui.
mas ela me cerca.
me prende
na sua teia
de mistérios, mistérios..

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Cê.

casa,
comida,
fome,
cigrarro..
Cecília.
que carrega meu nome,
pois que a mim trouxe a fome
e se instalou devagar
agora a vejo
na fumaça do meu cigarro
Nos pingos da chuva
e numa esquina do meu pensamento.
sempre esse vulto
essa moça
uma flor;
meu abismo.

Olhos de Jaboticaba.

O que é que essa moça tem
que meche comigo?
que gosto terá seu gosto?
cheiro de jasmin...

olhos de jaboticaba
pele branca;
sua boca me chama...

pra beijar..
pra beijar, ôô;

meus sonhos ela ja visita
e lá se demora
esqueço o mundo lá fora...
brinca de dançar na chuva
solta seus cachos;
mostra meu embaraço..

ao lhe ver sambar..
ao lhe ver sambar, ôô

Precipício.

e eu já não sei o que acontece, o que procede..
só consigo lembrar do beijo.não tenho mais nome nem identidade.
só guardo um beijo
que arde...
ao cair da tarde.
rompe meu peito em soluços;
mais navio desatraca no cais.
e eu fico aqui.
a beira do caos;
a um passo do precipício..
pertinho da paz.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

precisando relamente estravazar essa raiva.
toda essa dor.
como você pode?!
como?
porque fazer isso comigo dinovo?!
praque?!
mentir pra si mesmo é a pior mentira.
e você caiu.
escolheu e decidiu.
eu nada pude fazer.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Dúvida.

eu te amo.
te amo mesmo
tenho muitas saudades
mas não sei o que fazer
aos poucos vou baixando a guarda
você sempre consegue o que quer
mas ainda não me rendi.
não me julgues pelas aprências
eu te amo
mas amo mais a mim.
me proves
pois estou dividida
nós somos,
mas não estamos.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

o fim.

é, eu sinto falta.
do beijo, do toque do corpo.
eu sinto saudades da tua voz e chamando de amor
me pedindo pra te por pra dormir.
mas você quis partir.
e me partiu no meio.
saiu de mim pra viver de mentiras.
enganar outra menina dizendo que ela nunca será eu.
que triste.
você me diz que as escolhas mais fáceis são as certas
eu não vou mais brigar com vocÊ
nem te dizer o que é certo aqui pra mim.
eu ainda te amo.
mais esse amor tá indo pra longe de mim
junto com você que partiu.
talvez um dia se arrependa.
de pagar o preço alto de viver de menti9ras confortáveis.
mas possa ser que seja tarde demais.
eu ainda quero olhar pra vocÊ.
olhar em teus olhos.
e saber o que te fez mudar tanto.

sábado, 29 de março de 2008

Mãos.

a curiosiade de saber
oq ue te prende
quem te toca
o que te comove
o que te devora.
mastigas devagar teus olhos mel
que tanto me encantam
na dança do silêncio
eu te admiro em segredo
e cadavez que pego meu vilão
fico tímida em cantar as cançõs
que fiz pra você
um abismo doçe
canto de sereia
foi em ti que aprendi a ver beleza
na meia-luz de um dia cinza.
e eu caio na tua rede
eu deleito-me em segredo
lembrado do que nunca houve
fruto dos meus sonhos
imaginação que fluiu
a anos atrás
num toque
de mãos.

quinta-feira, 27 de março de 2008

help! - I need somebody

não é que eu precise de algém!
eu tenho você estou satisfeitíssima pelo que tens me dado
mas que dor de cabeça é essa que me dá quando somebody call me?
que porra é essa?
me diz,q ue eu não sei o que se passa
com meus nervos de aço
quando um olhar recebo
e me deixa de lado.
"vou fazer meu trabalho"
já recebi tandos dos minhares de foras que você teria de me dar
e porque perdura essa insistência?
me diz?
?

Help! - I need somebody!

terça-feira, 25 de março de 2008

8 meses

a-m-o-r.
4 letras, mas qual o significado?
é aquilo que sinto nas noites em que passamos juntas?
quando dormes em meu ombro e eu tento metículosamente desenhar teus traços em minha pele pra decorar-te a mais linda criatura?
disseram-me certa vez, que amar não seria o bastante.
mas, o que nos salvaria naqueles momentos ríspidos de brigas, dor e sofrimento?
será que o dinheiro e a casa subornariam nossa vontade de permanecermos juntos após termos nos separado?
dizem-me que amar não é o bastante. Mas se é tal amor que te faz se aconchegar em meus braços procurando calor nas noites frias, que seja!
que seja essêncial, vital e catastrófico!
que sempre em movimento cause as mudanças que o tempo trás, que revelem-se as dificulades, os raios e trovões.
desde que a força venha sempre daqueles momentos pequenos onde me beijas, e olhas pra mim com teu olhar mais casto de encanto, como se não acreditasse que eu estivera alí, em teus braços; tão tua, tão entregue a ti.
amor, eu só queria dizer que sou muto grata a ti por esses poucos meses de caminhada, que já se tornaram muitos pela intensidade que vivemos.
que a saudade passe de um obstáculo, para o alimento de querer ver-te, tocar-te e ouvir-te mais e mais vezes. eu te amo.
e disso, só nós sabemos.

Arte final.

Rindo de mim
sonhando com você
lembrando de coisas
a dor de cabeça já chega
devido aquele banho de chuva.
um beijo;
eu só queria essa pausa.
essa linha entre o real e o não real.
eu só queria o precipício
pra digerir meu sonho
castrado.
interrompido por mim
ignorado
não-ultilizado
por você
que de tanto que amei
hoje dou risada.
da minha descrição
ao ver teu balançar.
eu rezo
mas nenhum santo me ouve
deus me deu apenas o rabisco
do que poderia ter sido
a arte final.

quinta-feira, 20 de março de 2008

eu não consigo não me incomodar com o inverno que se instalou em nós.

Carta ao grande amor.

amor, meu grande amor!
há quanto tempo eu não te vejo?
não esqueci o gosto do teu beijo, nem os carinhos que ainda se reservam a mim.
não! eu não esqueci.
apesar de estar no escuro, sozinha.
e te amo tanto que em minh'alma respalda
o mais sublime dos cantos.
mas não consigo entender, como se delimita a dor
que de vez em quando a mim invade.
se instala, cria casas, até cais para atracar seus navios naufragádos.
eu não entendo e não esqueço.
não esqueci as juras que você não quis mais
não esqueci os planos que construi e você os rejeitou.
e agora o que faço pra matá-los aos poucos?
ensina-me pois minha mente tosca ainda não descobriu o segrdo
de amar demais e se entregar de menos.
amor, meu grande amor!
da qual meu desejo perturba e iquieta-se.
ainda me leva a morrer, cada vez quedizes que não me amas como outrora;
me ressucita quando me procura com lágrimas para matar minha sede;
minha doce e cálida rosa, ensina-me como não desejar-te mais do que queiras que eu deseje
pois o meu coração estúpido ainda não decifrou o segredo de não querer pra todo o sempre aquilo que o dá sentido para cada pulsar;
faça-me sentir o que há muito não gostaria!
mostra-me o sentido da dor para que eu pare de te reclamar as juras baratas que me fisestes.
acalme-me com um "eu te amo".
mastigue meus olhos;

segunda-feira, 17 de março de 2008

dia cinza

amanheceu num dia cinza aqui o gosto doce da saudade
a leveza dos passos molhados pela chuva..
estórias lindas cheias de boas inteções.
desenhos, cadernos, luzes agitadas
um carinho e o mundo parava.
eu me embreagava mais uma vez de coisas que já conhecia
e você bebendo na fonte do que não conhecia
hoje são só bons dias e um caderno manchado.
mas eu não podia deixar de dizer que esse dia
tem o jeito de ser você.

sábado, 15 de março de 2008

Caminhando a passos lentos
mergulhando em teus olhos.
guardo meus segredos e recolho meus sinais.
mas exergo tudo para o que não quero.
eu não quero.
eu não vou
me entregar
a tempestade.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Coleção. -

Devoro-te com os olhos
se me tentares.
fujo de contra o desejo
não posso, infelizmente ficar.
meu peito não lhe cabe,
embora, quando passes, o desejo me invada
dama malvada que gosta de provocar.
deu-me um beijo na nuca, um gole de vinho.
seduz o meu corpo mas não me deixo levar.
pois sou de uma mulher só.
e coleciono apenas o corpo dela
na qual fiz de tarça
pra essa bebida amarga; O gosto da vida tomar.
quem tem cores de vida e morte.
samba e marça fúnebre.
amor e carnaval.
ela é meu céu e o meu inferno astral.
embora fique presa no teu flutuar.
leva-me daqui com essa coisa de despir.
acenda meu fogo, maltrate-me;
mastigue aos poucos nessa tua boca carmim o meu desejo com gosto de veneno que mata lento.
mas saiba que ceder, jamais.
sei que tiro teu sono;
mas coleciono apenas uma tarça
onde bebo vinho e cachaça.
por isso, tua sede
não posso matar.

Livre.

Nova música de trabalho. Impressionantemete nova.
eu me sinto outra, bem melhor que aquela.
pois quando faço o que amo, os horizontes se expandem
e eu pulo todos os meus muros;
me tornando, assim, livre.

Louca tela de Dalí.

Brincando de perder-me em teus olhos
me encontrei em teu sorriso
como uma tela de Dalí

Navegando pelas águas do teu corpo
mergulhei em outros mares
e atraquei meu barco aqui,
no seu cais.

(refrão)
Filha da poesia
porta-voz da harmonia
seja sempre a canção para eu cantar
teus beijos encantados, paraíso encontrado
seja sempre o sonho para eu sonhar
acordado.

Chegou beijando o acaso ao meu lado
fez de mim a sua estrada, o seu pão e o seu lar
me mostrou que o nosso amor é meu esteio
sem ela já não me vejo e não quero imaginar


Filha da poesia
porta-voz da harmonia
seja sempre a canção para eu cantar
teus beijos encantados, paraíso encontrado
seja sempre o sonho para eu sonhar
acordado
(repete 2x)

segunda-feira, 10 de março de 2008

Boneco de judas - o amor.

" eis aí o motivo do meu coração estar despido em praça pública e amarrado num poste, como um boneco de Judas, no fim da páscoa. Por mais que eu tente, será sempre uma camada da minha pele. e mesmo que um dia eu quisesse, nada poderia apagar. Mesmo que arrancássem meus olhos, e me apontassem punhais, eu não deixaria de amar, por uma simples questão: está acima da minha racionalidade; eu simplesmente não consigo deixar de amar. "

domingo, 9 de março de 2008


parabéns pra brayner e lea. espero que venha tudo em dobro juntamente com felicidades pra vocês.
procurando palavras pra exercer a força do meu verbo.

sábado, 8 de março de 2008

eu te amo.
e vc nem sabe.
deveria saber
que eu te amo.

domingo, 2 de março de 2008

E você, busca o que n'outra nação?

cansada dessa abusiva omissão tua.
eu abocanho a vida aqui com todos os dentes
pra que ela não me engula
e essa tua gula por mundo me cansa
esse filme eu já vi.
mas é a mim que você sente antes de dormir.
é em meus braços que você se faz feliz.
e cada vez mais me cansa.
eu me retraio aqui e retrato teus gostos por outros corpos.
meu maor, quando irá aprender
que descobrir outros mares não vale de nada sem bússola?
sem direção?!
se sou eu que te faço feliz, porque fincar bandeiras de outras descobertas
do lado de lá?
te lugar é do meu lado e deverias saber disso.
e não por mim, mas por você.
se enganar pra que? se teu corpo me chama enqunto outras mãos te tocam?
eu sempre estive aqui.
e você? busca o que?
longe de tudo que construimos?
se te acusa a minha procura, ficas de uma vez.
mas se queres o mundo não vou te esperar.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

então. eu nem queria adimitir isso, mas eu te amo.
e eu to bebada.
e passei a tarde inteira falando pelos cotovelos.
de você.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

parabéns brayner.



saudade.

alguem sabe o que é isso?!

alguem aí sabe o que é ver um ente querido ir pra bem longe?!

eu sei.

e morro de saudade

apesar de me orgulhar e saber que ela tá feliz,

hj é aquela data especial.

onde e queria estar com ela.

mas já que não posso digo o que há por aqui.

mas só a saudade sabe expressar

o queeu não sei falar.

te amo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

contando de um até 10.

reprime, respira; fecha os olhos com força, conta até 10.
e se pergunta: porque não consigo simplesmente deixá-la ir ?
ela seria mais feliz com centenas de garotas a cobiçando.
concerteza, mais bonitas, inteligentes e com melhor habilidade sexual.
sim! elas também diriam palavras bonitas.. a fariam carinhos e planos.
mas isso já é prova suficiente do meu ciúme.
é. as vezes eu esqueço de admitir que eu a amo.
talvez porque seria tudo mais fácil se o amor não estivesse metido no meio.
eu deveria aprender a abrir as pernas ao invês do coração.
seria feio, porém mais fácil.
eu spfreria menos.
ela também.

Sorte de hoje: Você terá uma velhice muito confortável

derrepente eu vi.
que não deveria abaixar a cabeça
pra todos os imorais que tentam me derrubar;
eu aprendi..
que deveria cumprir meus objetivos e o que ficou pra trás virou poeira na minha estrada.
eu senti..
que você é meu tudo e que eu não vou deixar esse amor morrer assim.
vou lutar até o fim.
mas se quiseres ir, a porta está aberta e nada mais vai me segurar.
vou lutar pra te ter aqui, mas se quiseres ir
saiba que eu eu vou viver aqui.
segur todos os sonhos, executar todos os meus planos.
sozinha ou com você.
meu coração é seu e meu corpo te chama.
mas se quiseres ir não sou eu que vou te impedir.
vou lutar por ti até o fim, minha vida.
farei todas as loucuras
mas não vou esmurecer, caso me digas adeus.
te peço que fiques enquanto chove.
te ouço chamar meu nome antes de dormir.
te dou colo, carinho.. todo o amor que eu sinto.
mas se quiseres ir, vai de uma vez.
bão me faça sofrer nem chorar.
mas,
fica.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Quimeras.

ai como eu queria
um dia pegar na tua mão.
ver que tudo isso é um pesadelo.
e que a manhã já raia lá fora.
te dar um beijo, e sumir..
voltar a ser só um.
sair de dentro da minha clausura.
e te amar como antes.
quisera eu ser dona dos teus beijos, dos teus sonhos.
saindo do olho desse furacão.
rir de tudo que se diminui diante da grandeza desse amor.
quisera eu o fim ser só um delírio.
quisera eu você ser minha.
quisera..
quimeras.
Eu ando um pouco cansada e preciso de férias prolongadas de mim mesma e do meu coração. Pode ser?!


obrigado.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

porque será que é tão difícil hein?!

ai ai.
porque amar é tão difícil?!
poderia ser mais fácil.
eu agradeceria encarecidamente.
mas não é.
e toda vez agente tem que se fuder no final.
agente poderia querer só prazer.
também seria mais fácil.
mas, nada que é fácil tem graça.
e sempre o melhor parece o mais difícil.
pra no final agente descobrir que final feliz é conto de fadas.
quase todo mor acaba.
no peito dos outros.
porque justamente eu hesito em relutar?!
eu vejo o fim bem claro.
mas eu quero.
e eu nem sei porque agente quer tanto. você já não é a mesma.
e eu já ando com medo de tentar.
enc0lhida nos arredores da minha alma.
você precisa me tirar de lá.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mentiras elegantes de nossa pseudo-despedida.

enquanto eles se encontravam numa conversas casusais dessas cybernéticas frias e distantes.
ela roía as unhas todas enquanto ele a observava distante por movimentos lentos em uma mízera webcan. Ela não cosegue mais reprimir o instinto e vomita:

-Ai, essa maldita vontade que não passa.

[ele e seu jeito brilhante de fingir que não sabia do que ela falava..]

-Vontade de que?
-Vontade de ter você pra mim. Deixa isso pra lá.
-Não.


[...] continua no próximo episódio

Amores são sempre amáveis.

é. não dá pra negar que hoje eu senti uma saudade gostosa.
lembrei de um por um dos nossos momentos, ri sozinha;
amei mais uma vez. te amei em segredo. escondida entre lençóis e travesseiros.
e eu quase de um pulo quando o telefone tocou.
acho realmente que ainda me ame.
e agora agete se comunica num encontro casual. e mais uma vez a vontade.
me sufoca até me fazer perder o ar.
é impossivel negar que ainda te amo.
e amo demais.
eeu mordo a fronha, rasgo os versos, fecho os olhps.
fujo pra todos os lados; procuro em outras bocas.
nos livros, e encima da estante onde existia a sua foto.
nós sorriamos felizes e bobas só por estar ali, juntas.
e eu continuo nessa de reprimir.
de me castrar.
mas é impossivel negar;
mesmo que não estejamos juntas,
amores são sempre amáveis.
e mesmo que eu quisesse, eu nunca deixaria de te amar.


pronto. agora eu quase consigo respirar.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Daqui a dez anos.

ela jogou os pacotes em cima da mesa e pegou um caderno velho que havia sido deixado na caixa de correios. ela quase sem acredita. leu todas as paginas a fio e derramou uma lágrima.
ponto.
pagou suas dívidas, acendeu um cigarro e pendurou a capa na parede.
Manchada e meio úmida.


ha ha ha.
eu queria que um dia isso acontecesse.

.