sexta-feira, 27 de abril de 2007

Telefone.

Pegueio telefone e decidir te ligar.
Me esqueci que por telefone não se esconde dor.
Não conseguir falar.
Desculpas. Foi só fraqueza.
Acho que não devertia ter ligado, né?

Jack Daniel´s and my old lucky.

Me sinto um pouco cansada.
sinto falta dos meus cigarros e preciso do meu amante predileto.*
sentar no meu quarto e ouvir a voz rouca da amy.
divago sobre a minha insatisfação, sobre as lágriams que não consigo derramar e mais alguns dramas pessoais. Ai, ai. essa minha filantropia é que éo problema das minhas noites mal-dormidas, da minha gastrite nervosa, e da minha crise de garganta.
não durmo mais no meu quarto. Evito olhar pro seu retrato.
Luto todos os dias pra ir de contra minha vontade de te procurar.
e eu realmente quero que isso passe.
porque você nãosente nãda, não sabe de nada..
enquanto eu queimo no inferno da solidão, para a febre aumentar grau a grau.
Ah. me desculpe meu momento rude. Mas eu não sei dar delicadeza nos meus momentos de fraqueza.
Odeio me sentir vulnerável ao seu lado.








"...sabe eu odeio. Odeio. adorar teu jeito simples de viver. Ver você sorrindo assim loucamente quando estou aqui presente! sentir as tuas pernas trêmulas depois do prazer satisfeito.
e é por isso que eu não aceito ver você assim retrocedendo. Abrindo mão dos sonhos, fantasias
por essa covarde covardia. muito menos pagandoo preço dos nossos pecados, nem se fosse dez centavos..."


Isabela taviane - foto polaroid.


Ps.: não pese que eu não entendo teu medo. Eu entendo. só que você tem a mim de apoio. E eu não tenho ninguém. Preciso vomitar meu tormento em algum lugar. O poço mais próximo foi aqui.




(amante favorito: Jack daniel´s* whisky. Meu predileto depois do meu marido, jonny walker black.)

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A menina dos sinos.

É. eu poderia ter escrito um texto gigante e bonito mandando você ser feliz com a menina que toca os sinos na sua cabeça.
mas eu não vou fazer isso. Só que decidir não chorar e é progresso alcançado com muito esforço.
de fato nenuma lágrima mina e isso não é bom sinal.
prefiro não te procurar agora. você se magoaria. Não vou mais escrever aqui.
vou acabar te machucando com o meu cinísmo exacerbado. só quero que você entenda.
não precisa de resposta. é com muito custo, mas eu quero que você seja feliz.
ouça os sinos tocarem. Pois quem deveria ter ignorado era eu.
bingo. mais uma paixão não correspondia pra minha estante.



Amy winehouse - 'You Know I'm No Good'

terça-feira, 24 de abril de 2007

Mal - humor.

febre, gastrite, garganta inflamada, mal humor, distância.
eu acho que não sou uma boa pseudo-escritora hoje.
e eu até tenho versos lindos que fiz pra ela em um caderno.
mas eu preciso de uma boa dose de bom humor pra me sentir feliz hoje.
eu estou longe da minha cama e o lençól se arrasta comigo.
escuto músicas tristes e como ela diria,
estou de "banzo".
nem dos meus cigarros eu posso aproveitar.
amanhã não tem aula. pensei em estar com você.
se eu tivesse bom humor pra levantar.
meu corpo doi, e sim. Eu sou D-R-A-M-A-T-I-C-A.
mas é porque foi um daqueles dias em que você acorda precisando de cuidados e não há ningém ao redor.
acho que eu só precisava de um cafuné ou de um abraço de alguém que pelo menos finja me querer bem.
chega de escrever. Antes silênciar o meu mal-humor do que o expor pro mundo.;

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Soulmades never dies.

Ainda é possível sentir tuas mãos em minhas costas.
meus olhos diziam o que eu não queria contar e você me lia como quem ler um bom Lispector*.
minha voz preguisosa... teu sorriso largo. Nos sentíamos levaes, livres e felizes com nossas compainhas. Tua mão sob meu rosto fazia-me esquecer de toda aquela tempestade que engolia tua cidade. Tão perto, tão puro... tão claro! Meu coração acelerava mas eu ignorava. Ainda vejo teus olhos brilharem pelas flores que ainda vou dar. Um pouco depois, cartas na mesa. E tudo mudou da água pro vinho.
Passei a entender o teu medo e condenei a minha pressa. Ainda ouço tua voz rouca me dizer baixinho no calor de um abraço :"-dorme aqui". E agora uma vontade louca de esperar. Só pra te mostrar que tudo pode mudar. Desejo gritante de te ensinar a mostrar pra essa gente que a felicidade que lhe tomaram voltou em dobro. Vontade de te mostrar que pequenos inocêntes não pagam pelos atos imundos de gente grande. Encontro-me indignada. Você não merecia tanto descaso. E tuas feridas abertas são tão gritantes, tão expostas que me machuca a lembrança do teu semblante denso compartilhando comigo essa dor. Isso nunca mais vai acontecer enquanto a chama arder.
Não quero e não vou mais deixar que te machuquem. Eu não quero mais sair daqui. Seque seus olhos. As nuvens densas logo mais vão embora. O sol novamente vai voltar a brilhar.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Medo.

Passei a noite acorada. Mas tive medo.
medo de viajar de mais e ser grande a queda pro chão.
medo de sofrer mais uma vez.
pra você o mundo é novo, mas a minha estrada é longa.
minhas cartas estão na mesa.
eu estou despida pra você.
sabes de tudo, enchergas tudo.
mas ainda é turvo e o céu ainda é cinza pra você.
as vezes acho que eu não devo me preocupar e viver.
mas minhas cicatrizes são gritantes,
mas eu pago o preço. enfrento os meu medos.
eu estou aqui. pronta pra pular de paraquedas e largar tudo.
mesmo com um frio na barriga e olhando pra trás.
mas continuo aqui. Pronta pra mergulhar.
e você?
um dia eu pretendo saber. mas não quero ser um erro.
nem uma idéia precipitada.
um dia eu pretendo saber.
o que foi aquilo tudo pra você.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Ei, é pra você mesmo.

menina, morena não vou citar o seu nome
mas é pra você. e quando ler vai saber.
eu não quero nada, e acho que nem devo pedir.
só espero compeensão.
porque eu não consigo esquecer.
entrou em mim um facho de luz
dissipando todo o inverno que havia congelado meu jardim.
é muito mais do que atração física.
isso é o que menos me importa.
eu só não quero, e não vou mentir.
não faz parte de mim.
mas cada traço do teu rosto ficou guardado.
cada palavra, cada sorriso.
e no olho do furacão eu mando flores pra você.
e eu posso te perder de vez e posso até estar enganada.
mas o que eu não posso é fingir que não foi nada.
isso não é poema,
é só um pedido de explicação.
me explica, como eu ainda te sinto nos meus braços até agora?
me exlica, porque cada vez que fecho os olhos tua voz ecoa no meu mundo?




você acendeu com seu sorriso o meu triste céu de acrílico.
desculpas, eu sei que não podia. Mas eu te quero menina.

domingo, 15 de abril de 2007

Sonhos.

"No inverno te proteger, No verão sair pra pescar."

Maria Bethânia.



fecha os os olhos e balança as pernas como se estivesse nervosa. E um inútil exercendo seu papel exacerbado de canalha do outro lado.
tentando dormir, e não conseguindo olhei pro teto de madeira.
Ela sabe que ele não a merece. mas continua ali. E quando acordou pra hesitar, ele quis gritar. O céu desabava queimando minhas costas. E tudo perderia o sentido. Ou talvez não. Nos contos de fadas, princesas beijam rãs. Me revoltei. E ainda não consigo entender o porque só consegui me sentir bem quando ela voltou pro meu colo.
Passava a mão nos seus cabelos, enquanto contava-lhes histórias fantásticas do mundo dos homens que não hesitam em ter pressa de crescer. Passamos horas a imaginar, como seria o mundo lá fora de nós. E nos meus braços eu a vi menina. a sonhar com tudo aquilo que a espera. Dorme menina levada. Dorme aqui nos meus braços, minha pequena. Pois ainda não vale a pena despertar.




Ele, não me custou mais de 25 centavos. Você me levou consigo.
Eu. por mim mesma. E há quem diga que ficou parecido.

sábado, 14 de abril de 2007

"desculpe baby, não vou brincar com você"

mutantes.


cabelos lisos no pé da nuca, quase beijando os ombros.
olhos negros e um sorriso cintilando pelos ares até me encontrar.
uma boca que a minha boca não explica, e nem as palavras traduzem.
foi um achado no meio da multidão.
apenas eu e você.
e até a guitarra do arnaldo perdeu a graça.
só eu, você e não existia mais multidão.
só a tua boca na minha, e as nossas mãos.
e a zélia que me desculpe, mas tudo perdeu a cor.
depois que você me beijou.




"eu só quero que você me queira, não leve a mal."


mutantes.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

"Era quase meio dia no lado escuro da vida"

cazuza.



Assas de omoplatas quase que perfeitas se não fosse a cicatriz de uma velha travessura. ajeitava seus cabelos esvoaçantes ao vento e olhava o relógio pendurado no seu fino pulso.
me parou no tempo. me lembrou você.


"admiram tudo, sabem que a vida é bela."
cazuza

terça-feira, 10 de abril de 2007

nada de novo.

Compulsão absoluta por leiruras quase secretas de um diário antigo, e uma música do surdos profetas toca no meu ouvido há mais de uma hora sem cessar. E eu ainda não consigo entender porque mesmo tão cercada de pessoas de tamanha inteligência e intelecto, eu não consigo nem ao menos pontuar meus textos. "Eu preciso ir pra aula, eu preciso fazer a produção de texto do curso de francês, eu preciso muito sair da frente do computador. Eu preciso ler um bom livro, eu preciso ir ao cine pe, eu não vou perder mutantes, eu preciso sentir quela sensação gostosa de estar apaixonada mais uma vez. Eu preciso me sentir viva! " talvez no dia que eu consiga cumprir algumas das minhas psceudo-responsabilidades e parar de gazear aula eu possa me sentir um pouco mais limpa.

pff. que capacidade eu tenho de escrever merda.

Céu de acrílico.

Era ela.
menina desajeitada com um microfone na mão.
cheia de luz, irradiava alegria correndo sorrateira por essa casa que era tão sua.
o palco.
talvez ainda fosse só uma doce lembrança de tempos felizes, mas suficiente pra voltar atrás.
reuniu uns amigos, afinou o velho violão.
pegou emprestados os versos de uma amiga,
e agora chegou nas asas do vento.
cantarolando canções de amor clichê, falando sobre ela nem sabe quem é.
o calor das pessoas naquele palquinho improvisado a fazia bem.
o cheiro de stúdio, até o barulho incômodo da microfonia.
tudo a tornara mais amorosa no prazer de fazer o ofício que lhe foi dado.
e essa menina desajeitada corre e cantarola pelos cantos de minha alma.
as vezes acorda de madrugada, põe os meu sonhos de pernas pro ar,
prepara seu espetáculo e bate palmas, rindo sozinha.
esse céu de acrílico é o palco.
Que é casa, esconderijo, campo de batalha, útero e tudo mais que se sirva de abrigo.
Pois, um bom filho a casa sempre torna.
eis me aqui.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Telefone.

Pegueio telefone e decidir te ligar.
Me esqueci que por telefone não se esconde dor.
Não conseguir falar.
Desculpas. Foi só fraqueza.
Acho que não devertia ter ligado, né?

Jack Daniel´s and my old lucky.

Me sinto um pouco cansada.
sinto falta dos meus cigarros e preciso do meu amante predileto.*
sentar no meu quarto e ouvir a voz rouca da amy.
divago sobre a minha insatisfação, sobre as lágriams que não consigo derramar e mais alguns dramas pessoais. Ai, ai. essa minha filantropia é que éo problema das minhas noites mal-dormidas, da minha gastrite nervosa, e da minha crise de garganta.
não durmo mais no meu quarto. Evito olhar pro seu retrato.
Luto todos os dias pra ir de contra minha vontade de te procurar.
e eu realmente quero que isso passe.
porque você nãosente nãda, não sabe de nada..
enquanto eu queimo no inferno da solidão, para a febre aumentar grau a grau.
Ah. me desculpe meu momento rude. Mas eu não sei dar delicadeza nos meus momentos de fraqueza.
Odeio me sentir vulnerável ao seu lado.








"...sabe eu odeio. Odeio. adorar teu jeito simples de viver. Ver você sorrindo assim loucamente quando estou aqui presente! sentir as tuas pernas trêmulas depois do prazer satisfeito.
e é por isso que eu não aceito ver você assim retrocedendo. Abrindo mão dos sonhos, fantasias
por essa covarde covardia. muito menos pagandoo preço dos nossos pecados, nem se fosse dez centavos..."


Isabela taviane - foto polaroid.


Ps.: não pese que eu não entendo teu medo. Eu entendo. só que você tem a mim de apoio. E eu não tenho ninguém. Preciso vomitar meu tormento em algum lugar. O poço mais próximo foi aqui.




(amante favorito: Jack daniel´s* whisky. Meu predileto depois do meu marido, jonny walker black.)

quinta-feira, 26 de abril de 2007

A menina dos sinos.

É. eu poderia ter escrito um texto gigante e bonito mandando você ser feliz com a menina que toca os sinos na sua cabeça.
mas eu não vou fazer isso. Só que decidir não chorar e é progresso alcançado com muito esforço.
de fato nenuma lágrima mina e isso não é bom sinal.
prefiro não te procurar agora. você se magoaria. Não vou mais escrever aqui.
vou acabar te machucando com o meu cinísmo exacerbado. só quero que você entenda.
não precisa de resposta. é com muito custo, mas eu quero que você seja feliz.
ouça os sinos tocarem. Pois quem deveria ter ignorado era eu.
bingo. mais uma paixão não correspondia pra minha estante.



Amy winehouse - 'You Know I'm No Good'

terça-feira, 24 de abril de 2007

Mal - humor.

febre, gastrite, garganta inflamada, mal humor, distância.
eu acho que não sou uma boa pseudo-escritora hoje.
e eu até tenho versos lindos que fiz pra ela em um caderno.
mas eu preciso de uma boa dose de bom humor pra me sentir feliz hoje.
eu estou longe da minha cama e o lençól se arrasta comigo.
escuto músicas tristes e como ela diria,
estou de "banzo".
nem dos meus cigarros eu posso aproveitar.
amanhã não tem aula. pensei em estar com você.
se eu tivesse bom humor pra levantar.
meu corpo doi, e sim. Eu sou D-R-A-M-A-T-I-C-A.
mas é porque foi um daqueles dias em que você acorda precisando de cuidados e não há ningém ao redor.
acho que eu só precisava de um cafuné ou de um abraço de alguém que pelo menos finja me querer bem.
chega de escrever. Antes silênciar o meu mal-humor do que o expor pro mundo.;

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Soulmades never dies.

Ainda é possível sentir tuas mãos em minhas costas.
meus olhos diziam o que eu não queria contar e você me lia como quem ler um bom Lispector*.
minha voz preguisosa... teu sorriso largo. Nos sentíamos levaes, livres e felizes com nossas compainhas. Tua mão sob meu rosto fazia-me esquecer de toda aquela tempestade que engolia tua cidade. Tão perto, tão puro... tão claro! Meu coração acelerava mas eu ignorava. Ainda vejo teus olhos brilharem pelas flores que ainda vou dar. Um pouco depois, cartas na mesa. E tudo mudou da água pro vinho.
Passei a entender o teu medo e condenei a minha pressa. Ainda ouço tua voz rouca me dizer baixinho no calor de um abraço :"-dorme aqui". E agora uma vontade louca de esperar. Só pra te mostrar que tudo pode mudar. Desejo gritante de te ensinar a mostrar pra essa gente que a felicidade que lhe tomaram voltou em dobro. Vontade de te mostrar que pequenos inocêntes não pagam pelos atos imundos de gente grande. Encontro-me indignada. Você não merecia tanto descaso. E tuas feridas abertas são tão gritantes, tão expostas que me machuca a lembrança do teu semblante denso compartilhando comigo essa dor. Isso nunca mais vai acontecer enquanto a chama arder.
Não quero e não vou mais deixar que te machuquem. Eu não quero mais sair daqui. Seque seus olhos. As nuvens densas logo mais vão embora. O sol novamente vai voltar a brilhar.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Medo.

Passei a noite acorada. Mas tive medo.
medo de viajar de mais e ser grande a queda pro chão.
medo de sofrer mais uma vez.
pra você o mundo é novo, mas a minha estrada é longa.
minhas cartas estão na mesa.
eu estou despida pra você.
sabes de tudo, enchergas tudo.
mas ainda é turvo e o céu ainda é cinza pra você.
as vezes acho que eu não devo me preocupar e viver.
mas minhas cicatrizes são gritantes,
mas eu pago o preço. enfrento os meu medos.
eu estou aqui. pronta pra pular de paraquedas e largar tudo.
mesmo com um frio na barriga e olhando pra trás.
mas continuo aqui. Pronta pra mergulhar.
e você?
um dia eu pretendo saber. mas não quero ser um erro.
nem uma idéia precipitada.
um dia eu pretendo saber.
o que foi aquilo tudo pra você.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Ei, é pra você mesmo.

menina, morena não vou citar o seu nome
mas é pra você. e quando ler vai saber.
eu não quero nada, e acho que nem devo pedir.
só espero compeensão.
porque eu não consigo esquecer.
entrou em mim um facho de luz
dissipando todo o inverno que havia congelado meu jardim.
é muito mais do que atração física.
isso é o que menos me importa.
eu só não quero, e não vou mentir.
não faz parte de mim.
mas cada traço do teu rosto ficou guardado.
cada palavra, cada sorriso.
e no olho do furacão eu mando flores pra você.
e eu posso te perder de vez e posso até estar enganada.
mas o que eu não posso é fingir que não foi nada.
isso não é poema,
é só um pedido de explicação.
me explica, como eu ainda te sinto nos meus braços até agora?
me exlica, porque cada vez que fecho os olhos tua voz ecoa no meu mundo?




você acendeu com seu sorriso o meu triste céu de acrílico.
desculpas, eu sei que não podia. Mas eu te quero menina.

domingo, 15 de abril de 2007

Sonhos.

"No inverno te proteger, No verão sair pra pescar."

Maria Bethânia.



fecha os os olhos e balança as pernas como se estivesse nervosa. E um inútil exercendo seu papel exacerbado de canalha do outro lado.
tentando dormir, e não conseguindo olhei pro teto de madeira.
Ela sabe que ele não a merece. mas continua ali. E quando acordou pra hesitar, ele quis gritar. O céu desabava queimando minhas costas. E tudo perderia o sentido. Ou talvez não. Nos contos de fadas, princesas beijam rãs. Me revoltei. E ainda não consigo entender o porque só consegui me sentir bem quando ela voltou pro meu colo.
Passava a mão nos seus cabelos, enquanto contava-lhes histórias fantásticas do mundo dos homens que não hesitam em ter pressa de crescer. Passamos horas a imaginar, como seria o mundo lá fora de nós. E nos meus braços eu a vi menina. a sonhar com tudo aquilo que a espera. Dorme menina levada. Dorme aqui nos meus braços, minha pequena. Pois ainda não vale a pena despertar.




Ele, não me custou mais de 25 centavos. Você me levou consigo.
Eu. por mim mesma. E há quem diga que ficou parecido.

sábado, 14 de abril de 2007

"desculpe baby, não vou brincar com você"

mutantes.


cabelos lisos no pé da nuca, quase beijando os ombros.
olhos negros e um sorriso cintilando pelos ares até me encontrar.
uma boca que a minha boca não explica, e nem as palavras traduzem.
foi um achado no meio da multidão.
apenas eu e você.
e até a guitarra do arnaldo perdeu a graça.
só eu, você e não existia mais multidão.
só a tua boca na minha, e as nossas mãos.
e a zélia que me desculpe, mas tudo perdeu a cor.
depois que você me beijou.




"eu só quero que você me queira, não leve a mal."


mutantes.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

"Era quase meio dia no lado escuro da vida"

cazuza.



Assas de omoplatas quase que perfeitas se não fosse a cicatriz de uma velha travessura. ajeitava seus cabelos esvoaçantes ao vento e olhava o relógio pendurado no seu fino pulso.
me parou no tempo. me lembrou você.


"admiram tudo, sabem que a vida é bela."
cazuza

terça-feira, 10 de abril de 2007

nada de novo.

Compulsão absoluta por leiruras quase secretas de um diário antigo, e uma música do surdos profetas toca no meu ouvido há mais de uma hora sem cessar. E eu ainda não consigo entender porque mesmo tão cercada de pessoas de tamanha inteligência e intelecto, eu não consigo nem ao menos pontuar meus textos. "Eu preciso ir pra aula, eu preciso fazer a produção de texto do curso de francês, eu preciso muito sair da frente do computador. Eu preciso ler um bom livro, eu preciso ir ao cine pe, eu não vou perder mutantes, eu preciso sentir quela sensação gostosa de estar apaixonada mais uma vez. Eu preciso me sentir viva! " talvez no dia que eu consiga cumprir algumas das minhas psceudo-responsabilidades e parar de gazear aula eu possa me sentir um pouco mais limpa.

pff. que capacidade eu tenho de escrever merda.

Céu de acrílico.

Era ela.
menina desajeitada com um microfone na mão.
cheia de luz, irradiava alegria correndo sorrateira por essa casa que era tão sua.
o palco.
talvez ainda fosse só uma doce lembrança de tempos felizes, mas suficiente pra voltar atrás.
reuniu uns amigos, afinou o velho violão.
pegou emprestados os versos de uma amiga,
e agora chegou nas asas do vento.
cantarolando canções de amor clichê, falando sobre ela nem sabe quem é.
o calor das pessoas naquele palquinho improvisado a fazia bem.
o cheiro de stúdio, até o barulho incômodo da microfonia.
tudo a tornara mais amorosa no prazer de fazer o ofício que lhe foi dado.
e essa menina desajeitada corre e cantarola pelos cantos de minha alma.
as vezes acorda de madrugada, põe os meu sonhos de pernas pro ar,
prepara seu espetáculo e bate palmas, rindo sozinha.
esse céu de acrílico é o palco.
Que é casa, esconderijo, campo de batalha, útero e tudo mais que se sirva de abrigo.
Pois, um bom filho a casa sempre torna.
eis me aqui.

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