terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sinais.

Como uma estrela que surge no céu,
como uma tempestade de sentimentos e desejos que se formam numa mera troca de olhares, eu vi a luz.
me encantei de súbito e fui ao seu encontro.
tento ao longo dos dias, timidamente me aproximar.
Mas pouco a pouco, vou te mostrando quem sou e porque ainda espero aqui.
Certa vez eu disse a ti, numa confissão dessas, que uma boca não pode dizer, que não te daria lírios, porque eles murcham. Mas com todo o carinho te de dei um registro; que será eterno. Sim, saiba. Eu escrevo pra ti e te olho da janela do tempo. Se há desejo, eu não sei. É uma espécie de encantamento, no qual eu não consigo escapar. Pois essa noite, vieste me visitar em sonho. É difícil de explicar. Espero que captes meus sinais, pois a muito venho tentando mostrar em coisas simples, o quanto eu quero você.
E continua, magicamente. Eu sinto teu perfume nas ruas; e lépida volto a sorrir.
é embaraçoso. Acho que ficarei rubra quando estivermos face a face. Mas eu não vou ligar. Eu quero viver. E quero que você saiba, que docemente, eu quero você. E não é de hoje, não é de ontem que quero saber o sabor da tua saliva. Me abraçe numa noite fria. Não haverá cobertores. Só vinhos, que como poções mágicas nos inebriam.
Olhe meus olhos, leia meus sinais, receba meus presentes, como flores que adormecerão na relvosa cama do desejo que se fez em mim.
eu não espero confissões nem respostas.
apenas te compartilho um segredo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os olhos de minha amada.

O ano acaba, e essa sensação de desconforto perdura. Teus olhos de cigan oblíqua e dissimulada, como diria o poeta, ainda me vem a mente mesmo sem te ver. o perfume que me invadia outrora paira por aqui e eu não sei o que fazer! me entenda. não foi uma escolha; eu não pude conter. Passaram as primaveras e tudo ainda perdura aqui.
o que posso fazer? Teus olhos arrastaram-me para o mar como o canto das sereias arrasta o marinheiro e me afoguei em teu mar. Mar de ilusões. mar que é meu e não devo te culpar. mas que culpa tenho eu?


que culpa temos nós?

onde há a culpa?


onde?




e só para que se registre. teus olhos são como tochas de fogo negro. labaredas que inflamam meu desejo e mesmo que eu não os veja, nem sempre é noite. lembranças enchem de ternura o meu desejo de ter saudades do que nunca existiu. Olhos de ressaca. Arrastam tudo que vem pela frente. E me arrastou. Me corrompeu sem querer. E eu sucumbi aos encandos, dor olhos de minha amada.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Confusa. - ou Pensamentos extraídos de uma noite sem sono.

O silêncio.
o silêncio que ontem a noite foi quebrado pelo toque do meu antigo telefone.

"-quem é?"

"-é a última pessoa que você amou."

e por um momento eu ouvi uma voz rouca.
o barulho daquela casa
que tanto eu conhecia bem.
foram três ligações interrompidas por quedas telefônicas.
isso tirou o meu sono.
e as evidências cada vez mais me mostram que seja ela.
mas quem me garante que não seja uma brincadeira de mal gosto?
estou sem sono e sem raciocínio.
ela ainda tira minha paz.
ainda abala meu mundo.
ainda.
um vinho, e uma taça sozinha.
por entre cochilos do meu corpo cansado, sonhei com ela.
e o que isso quer me dizer?
ela perguntou por mim.
e agora, eis que o telefone toca.
será que é mesmo ela?
e o que quer além de prazer?
estou confusa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sobre a viagem. - Carta à minha protegida, ou ainda, Crônica sobre a missão que a mim foi dada.

Foi tempo de ganhar. somar coisas boas, confraternizar com amigos, trabalhar, posto que somo operários de teatro.. mas enquanto sorteavam anjos e protegidos, eu peguei um papel, e, ao longe vi uma mulher, que a mim foi dada a função de cuidar. Não sabia muito. Apenas seu nome. Tinha cabelos negros, olhos mel, e uma câmera fotográfica; Na qual, por suas lentes, enxergava o mundo. Mas não como ele era, e sim ao seu modo. Poer entre brincadeiras e sorrisos, chegamos ao nosso destino. Ares novos, cama, mesa, banho e teatro. BRAVO! BRAVO! E com sucesso cumprimos nossa missão. mas na volta, enquanto tirava minha maquiagem que levara as pessoas na platéia a pensar, eu pude ver nessa mulher uma angústia... uma angústia contagiosa. Tentei-me aproximar.. E conversamos bobagens cotidianas, e então soprei versos de uma canção, e do rosto dessa mulher, uma lágrima pude ver rolar. sentei-me ao seu lado, pus sua cabeça em meu colo. Perguntei-lhe o tanto a afligia e então, como num passe de mágica pude ver, bem diante dos meus olhos, a mulher enigmática se mostrar menina... com saudades do que chegará e o receio de viver o perfeito que ela respira quando o moço bonito está por perto. Nesse momento, com os dedos por entre os seus cabelos, tentei mostra-lhes os meus pés cançados e meu coração sufocado de não viver por temer o que poderia ser perfeito. Falei-lhe dos reis e dos homens; das guerras e das batalhas que tenho que vencer todos os dias para suportar o desejo de viver o que escondi durante todo esse tempo. Não é válido viver nas trevas de esconder-se enquanto a beleza está em viver sem temer... está em doar-se sem esperar receber de volta, está em arriscar-se, sujar-se, aprender com as dores e com o sofrimento, libertar-se, para saber que valeu cada gota de lágrima que escorreu de seu rosto para lavar as feridas que os amores lhe causaram; E ela olhou-me assustada, e disse: "-...Tu és tão grande, que dá medo!..." e eu lhe disse calma:" -não precisa temer.." e continuei a tentar curmprir minha missão, que até então era segredo e só se revelaria ao final dessa viagem. Falei-lhe então dos prazeres de digerir devagar cada sentimento, cada momento ao lado de quem se ama, de sentir as emoções por inteiro e não deixá-las se perderem por pressa ou sede de viver. Porque como um bom vinho, a paixão se degusta devagar, para que ao final de tudo, nos trazer prazer. e então, ela desacelerou. Seus movimentos agora eram leves. Seus pensamentos não pesavam mais, e aquilo que a prendia não mais a algemava. E então, falei-lhe das palavras, que como flechas em direção ao alvo, podem ser certeiras e melhorar ou piorar a vida de um ser humano. e jamais ele poderia ser o mesmo depois dela (a palavra). Levantou-se levemente do meu colo, sentou-se a cama, e lépida me disse:"- Você acertou meu alvo. E após essa conversa, aquilo que me angustiava sumiu. Muito obrigado." E ali, naquele exato momento, eu pude ter duas das mais belas certezas que eu poderia ter nessa viagem, e que eu não esperava:

1° : Eu pude perceber que consegui com êxito cumprir a missão que a mim foi dada. Uma missão tão bonita, que é ser anjo da guarda; Cuidar, proteger e velar por alguém;

2° : Cumprindo minha missão, eu pude, da maneira mais mágica que poderia acontecer, angariar mais alguém para uma exêntrica coleção que tenho em meu coração; A minha estimada coleção de pessoas beléssimamente boas e para as quais eu prezo e quero muito bem.

20° FETEAG. - Poesias de um operário que lê.



esse tal operário que lê me dá tanto orgulho.. Foi tempo só de ganhar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Preces ao tempo.

Eu pocuro coisas novas, tento ler livros, faço preces ao tempo, levo uma bala perdida. e mesmo sem importância pra ti, ressucito no terceiro dia. E nada disso já me tem importancia. Minhas noites em claro, minhas palavras, todos se tornam vãos de um soluço quando chegas a mim e sopras feito brisa leve, tua voz aveludada. Eu não entendo! não é amor que me toma. mas essa febre intensa de desejo que as vezes parece passar, vai e volta sem me dizer se é doce ou amargo esse querer que tenho por ti.
Faço preces ao tempo para que voes para perto de mim ou para longe de uma vez. Para que sumas do meu pensamento ou aqui faças morada. Para que meu coração possa se acalmar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008



As vinte fadinhas - Ballet Moderno do Recife.

Minha pequena bailarina

Pula
salta
gira
com leveza e graça
escondendo a força ultilizada
em cada movimento.
supera o tombo,
sorri!
e reluz o esforço de um ano inteiro
de janeiro à janeiro
na ponta dos pés.
espera, espera, espera..
e durante uma hora
as cortinas se abrem.
para o refletor iluminar
a minha pequena bailarina
que tanto me orgulha.
e de espectadora, eu grito bravo!
e com seus corpos, me arrancam lágrimas
as vinte fadinhas
e a minha pequena
que de tiara e sapatinha
vem me orgulhar.


Poema dedicado a minha irmã, que ontem me arrancou lágrimas pisando mais uma vez no palco da UFPE. Bravo!

Desfecho.

E assim se esvaia de mim um desconforto.
Aquele desejo latente vai lentamente esfacelando-se..
diminuindo...
e quando vi, já não sabia teu nome.
não lembrava do teu rosto
não sentia mais teu cheiro nas ruas, pairando pelo vento.
era desconforto, era medo
era desejo demias
e num desses devaneios febris, tomei uma overdose de você e morri.
e quando morri, fui ao céu.
me aliviei, desconheci.
eu não vi o desejo passar por mim
e agora te vi do outro lado da calçada.
e por entre um mar de carros, onde peixinhos dourados eram gente, eu te peria de vista e cada vez mais caminhava para longe. longe..
longínquo da realidade eram esses devaneios e hoje, ressucito no terceiro dia.
hoje de manhã, abi o jornal, por entre canecas de leite e farelos de pão.
restos de notícias; o desejo morreu. Ali na esquina. Muitos forma os feridos. Você estava lá. Só deu pra ver a flor. Vim aqui pra te contar, que o desejo foi baleado com um tiro no coração. Voce não viu a bala, pelo espanto de teu rosto cálido. Não viu...


(continua)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Confissões que uma boca não pode dizer.

É mais tentador de longe, que de perto
pois de perto, eu tenho controle.
de longe, eu tenho devaneios febris,
loucuras em séries
te pinto pelas paredes..
de desejo por entre os lençóis
te ouço chamar meu nome...
delírio.
paixão.
a verdade é essa.
doces ilusões carameladas
assim como os cachos dourados dela, que cheiram a mel.
eu quero.
como criança ao doce
como o vento a flor, que a despe, despetalando-a.
como a noite es estrelas...
como tudo enfim!
eu queria apenas uma chance
pra cobri-la de desafios reais.
lírios, secam e caem ao chão murchos.
mas eu a daria mais do que isso..
mais do que tudo..
eu a daria meus olhos como ofera.
mas ela despreza,
ela nega,
mas como negar aquilo que nunca a confessei?!
como rejeitar o que nunca demonstrei?
desde já resolvo ter coragem.
e confesso aqui
o que meu corpo quer lhe falar.

Zodiaco I

Câncer (21/06 a 21/07) por Eunice Ferrari

"Aproveite o ultimo mês de Júpiter e Vênus em sua casa dos relacionamentos e curta o amor ao máximo. Caso ainda esteja só, aproveite este mês para sair, olhar à sua volta e principalmente deixar seus medos de lado e quem sabe você não descobre que seu novo amor está bem perto de você.
Se você sabe o seu ascendente, escolha-o ao lado para conferir a previsão. "

nossa, que previsão engraçada, não?

O romance proibido entre a mariposa e a luz.

Eu sou uma mariposa
voei de encontro a luz.
sabia que iriria morrer, mas o brilho intenso do sol me encantava,
e cada vez mais eu chegava perto...
Amei a luz do sol e por ela, dei minha vida,
num beijo tão intenso que minhas asas queimaram, e
sucumbindo de uma vez aos encantos dela, ou melhor, do sol,
morri incinerada.
Será pecado amar a luz divina que cobre como um manto sagrado o dia dos mortais?
Eu tinhas as flores, as paisagens, mas eu...
eu queria a luz.
Um beijo divino nesse manto brilhante a pino.
Será pecado desejar aquilo que não se pode ter?
E assim, fui de encontro a minha sentença, tornando-me uma mariposa suicida.
mas que mesmo dando a vida pelo seu desejo e sendo aos poucos incinerada,
não deixou de ir de encontro ao seu amor.
Se tornando, então, o mártir
pela luz.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sinais.

Como uma estrela que surge no céu,
como uma tempestade de sentimentos e desejos que se formam numa mera troca de olhares, eu vi a luz.
me encantei de súbito e fui ao seu encontro.
tento ao longo dos dias, timidamente me aproximar.
Mas pouco a pouco, vou te mostrando quem sou e porque ainda espero aqui.
Certa vez eu disse a ti, numa confissão dessas, que uma boca não pode dizer, que não te daria lírios, porque eles murcham. Mas com todo o carinho te de dei um registro; que será eterno. Sim, saiba. Eu escrevo pra ti e te olho da janela do tempo. Se há desejo, eu não sei. É uma espécie de encantamento, no qual eu não consigo escapar. Pois essa noite, vieste me visitar em sonho. É difícil de explicar. Espero que captes meus sinais, pois a muito venho tentando mostrar em coisas simples, o quanto eu quero você.
E continua, magicamente. Eu sinto teu perfume nas ruas; e lépida volto a sorrir.
é embaraçoso. Acho que ficarei rubra quando estivermos face a face. Mas eu não vou ligar. Eu quero viver. E quero que você saiba, que docemente, eu quero você. E não é de hoje, não é de ontem que quero saber o sabor da tua saliva. Me abraçe numa noite fria. Não haverá cobertores. Só vinhos, que como poções mágicas nos inebriam.
Olhe meus olhos, leia meus sinais, receba meus presentes, como flores que adormecerão na relvosa cama do desejo que se fez em mim.
eu não espero confissões nem respostas.
apenas te compartilho um segredo.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Os olhos de minha amada.

O ano acaba, e essa sensação de desconforto perdura. Teus olhos de cigan oblíqua e dissimulada, como diria o poeta, ainda me vem a mente mesmo sem te ver. o perfume que me invadia outrora paira por aqui e eu não sei o que fazer! me entenda. não foi uma escolha; eu não pude conter. Passaram as primaveras e tudo ainda perdura aqui.
o que posso fazer? Teus olhos arrastaram-me para o mar como o canto das sereias arrasta o marinheiro e me afoguei em teu mar. Mar de ilusões. mar que é meu e não devo te culpar. mas que culpa tenho eu?


que culpa temos nós?

onde há a culpa?


onde?




e só para que se registre. teus olhos são como tochas de fogo negro. labaredas que inflamam meu desejo e mesmo que eu não os veja, nem sempre é noite. lembranças enchem de ternura o meu desejo de ter saudades do que nunca existiu. Olhos de ressaca. Arrastam tudo que vem pela frente. E me arrastou. Me corrompeu sem querer. E eu sucumbi aos encandos, dor olhos de minha amada.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Confusa. - ou Pensamentos extraídos de uma noite sem sono.

O silêncio.
o silêncio que ontem a noite foi quebrado pelo toque do meu antigo telefone.

"-quem é?"

"-é a última pessoa que você amou."

e por um momento eu ouvi uma voz rouca.
o barulho daquela casa
que tanto eu conhecia bem.
foram três ligações interrompidas por quedas telefônicas.
isso tirou o meu sono.
e as evidências cada vez mais me mostram que seja ela.
mas quem me garante que não seja uma brincadeira de mal gosto?
estou sem sono e sem raciocínio.
ela ainda tira minha paz.
ainda abala meu mundo.
ainda.
um vinho, e uma taça sozinha.
por entre cochilos do meu corpo cansado, sonhei com ela.
e o que isso quer me dizer?
ela perguntou por mim.
e agora, eis que o telefone toca.
será que é mesmo ela?
e o que quer além de prazer?
estou confusa.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sobre a viagem. - Carta à minha protegida, ou ainda, Crônica sobre a missão que a mim foi dada.

Foi tempo de ganhar. somar coisas boas, confraternizar com amigos, trabalhar, posto que somo operários de teatro.. mas enquanto sorteavam anjos e protegidos, eu peguei um papel, e, ao longe vi uma mulher, que a mim foi dada a função de cuidar. Não sabia muito. Apenas seu nome. Tinha cabelos negros, olhos mel, e uma câmera fotográfica; Na qual, por suas lentes, enxergava o mundo. Mas não como ele era, e sim ao seu modo. Poer entre brincadeiras e sorrisos, chegamos ao nosso destino. Ares novos, cama, mesa, banho e teatro. BRAVO! BRAVO! E com sucesso cumprimos nossa missão. mas na volta, enquanto tirava minha maquiagem que levara as pessoas na platéia a pensar, eu pude ver nessa mulher uma angústia... uma angústia contagiosa. Tentei-me aproximar.. E conversamos bobagens cotidianas, e então soprei versos de uma canção, e do rosto dessa mulher, uma lágrima pude ver rolar. sentei-me ao seu lado, pus sua cabeça em meu colo. Perguntei-lhe o tanto a afligia e então, como num passe de mágica pude ver, bem diante dos meus olhos, a mulher enigmática se mostrar menina... com saudades do que chegará e o receio de viver o perfeito que ela respira quando o moço bonito está por perto. Nesse momento, com os dedos por entre os seus cabelos, tentei mostra-lhes os meus pés cançados e meu coração sufocado de não viver por temer o que poderia ser perfeito. Falei-lhe dos reis e dos homens; das guerras e das batalhas que tenho que vencer todos os dias para suportar o desejo de viver o que escondi durante todo esse tempo. Não é válido viver nas trevas de esconder-se enquanto a beleza está em viver sem temer... está em doar-se sem esperar receber de volta, está em arriscar-se, sujar-se, aprender com as dores e com o sofrimento, libertar-se, para saber que valeu cada gota de lágrima que escorreu de seu rosto para lavar as feridas que os amores lhe causaram; E ela olhou-me assustada, e disse: "-...Tu és tão grande, que dá medo!..." e eu lhe disse calma:" -não precisa temer.." e continuei a tentar curmprir minha missão, que até então era segredo e só se revelaria ao final dessa viagem. Falei-lhe então dos prazeres de digerir devagar cada sentimento, cada momento ao lado de quem se ama, de sentir as emoções por inteiro e não deixá-las se perderem por pressa ou sede de viver. Porque como um bom vinho, a paixão se degusta devagar, para que ao final de tudo, nos trazer prazer. e então, ela desacelerou. Seus movimentos agora eram leves. Seus pensamentos não pesavam mais, e aquilo que a prendia não mais a algemava. E então, falei-lhe das palavras, que como flechas em direção ao alvo, podem ser certeiras e melhorar ou piorar a vida de um ser humano. e jamais ele poderia ser o mesmo depois dela (a palavra). Levantou-se levemente do meu colo, sentou-se a cama, e lépida me disse:"- Você acertou meu alvo. E após essa conversa, aquilo que me angustiava sumiu. Muito obrigado." E ali, naquele exato momento, eu pude ter duas das mais belas certezas que eu poderia ter nessa viagem, e que eu não esperava:

1° : Eu pude perceber que consegui com êxito cumprir a missão que a mim foi dada. Uma missão tão bonita, que é ser anjo da guarda; Cuidar, proteger e velar por alguém;

2° : Cumprindo minha missão, eu pude, da maneira mais mágica que poderia acontecer, angariar mais alguém para uma exêntrica coleção que tenho em meu coração; A minha estimada coleção de pessoas beléssimamente boas e para as quais eu prezo e quero muito bem.

20° FETEAG. - Poesias de um operário que lê.



esse tal operário que lê me dá tanto orgulho.. Foi tempo só de ganhar.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Preces ao tempo.

Eu pocuro coisas novas, tento ler livros, faço preces ao tempo, levo uma bala perdida. e mesmo sem importância pra ti, ressucito no terceiro dia. E nada disso já me tem importancia. Minhas noites em claro, minhas palavras, todos se tornam vãos de um soluço quando chegas a mim e sopras feito brisa leve, tua voz aveludada. Eu não entendo! não é amor que me toma. mas essa febre intensa de desejo que as vezes parece passar, vai e volta sem me dizer se é doce ou amargo esse querer que tenho por ti.
Faço preces ao tempo para que voes para perto de mim ou para longe de uma vez. Para que sumas do meu pensamento ou aqui faças morada. Para que meu coração possa se acalmar.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008



As vinte fadinhas - Ballet Moderno do Recife.

Minha pequena bailarina

Pula
salta
gira
com leveza e graça
escondendo a força ultilizada
em cada movimento.
supera o tombo,
sorri!
e reluz o esforço de um ano inteiro
de janeiro à janeiro
na ponta dos pés.
espera, espera, espera..
e durante uma hora
as cortinas se abrem.
para o refletor iluminar
a minha pequena bailarina
que tanto me orgulha.
e de espectadora, eu grito bravo!
e com seus corpos, me arrancam lágrimas
as vinte fadinhas
e a minha pequena
que de tiara e sapatinha
vem me orgulhar.


Poema dedicado a minha irmã, que ontem me arrancou lágrimas pisando mais uma vez no palco da UFPE. Bravo!

Desfecho.

E assim se esvaia de mim um desconforto.
Aquele desejo latente vai lentamente esfacelando-se..
diminuindo...
e quando vi, já não sabia teu nome.
não lembrava do teu rosto
não sentia mais teu cheiro nas ruas, pairando pelo vento.
era desconforto, era medo
era desejo demias
e num desses devaneios febris, tomei uma overdose de você e morri.
e quando morri, fui ao céu.
me aliviei, desconheci.
eu não vi o desejo passar por mim
e agora te vi do outro lado da calçada.
e por entre um mar de carros, onde peixinhos dourados eram gente, eu te peria de vista e cada vez mais caminhava para longe. longe..
longínquo da realidade eram esses devaneios e hoje, ressucito no terceiro dia.
hoje de manhã, abi o jornal, por entre canecas de leite e farelos de pão.
restos de notícias; o desejo morreu. Ali na esquina. Muitos forma os feridos. Você estava lá. Só deu pra ver a flor. Vim aqui pra te contar, que o desejo foi baleado com um tiro no coração. Voce não viu a bala, pelo espanto de teu rosto cálido. Não viu...


(continua)

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Confissões que uma boca não pode dizer.

É mais tentador de longe, que de perto
pois de perto, eu tenho controle.
de longe, eu tenho devaneios febris,
loucuras em séries
te pinto pelas paredes..
de desejo por entre os lençóis
te ouço chamar meu nome...
delírio.
paixão.
a verdade é essa.
doces ilusões carameladas
assim como os cachos dourados dela, que cheiram a mel.
eu quero.
como criança ao doce
como o vento a flor, que a despe, despetalando-a.
como a noite es estrelas...
como tudo enfim!
eu queria apenas uma chance
pra cobri-la de desafios reais.
lírios, secam e caem ao chão murchos.
mas eu a daria mais do que isso..
mais do que tudo..
eu a daria meus olhos como ofera.
mas ela despreza,
ela nega,
mas como negar aquilo que nunca a confessei?!
como rejeitar o que nunca demonstrei?
desde já resolvo ter coragem.
e confesso aqui
o que meu corpo quer lhe falar.

Zodiaco I

Câncer (21/06 a 21/07) por Eunice Ferrari

"Aproveite o ultimo mês de Júpiter e Vênus em sua casa dos relacionamentos e curta o amor ao máximo. Caso ainda esteja só, aproveite este mês para sair, olhar à sua volta e principalmente deixar seus medos de lado e quem sabe você não descobre que seu novo amor está bem perto de você.
Se você sabe o seu ascendente, escolha-o ao lado para conferir a previsão. "

nossa, que previsão engraçada, não?

O romance proibido entre a mariposa e a luz.

Eu sou uma mariposa
voei de encontro a luz.
sabia que iriria morrer, mas o brilho intenso do sol me encantava,
e cada vez mais eu chegava perto...
Amei a luz do sol e por ela, dei minha vida,
num beijo tão intenso que minhas asas queimaram, e
sucumbindo de uma vez aos encantos dela, ou melhor, do sol,
morri incinerada.
Será pecado amar a luz divina que cobre como um manto sagrado o dia dos mortais?
Eu tinhas as flores, as paisagens, mas eu...
eu queria a luz.
Um beijo divino nesse manto brilhante a pino.
Será pecado desejar aquilo que não se pode ter?
E assim, fui de encontro a minha sentença, tornando-me uma mariposa suicida.
mas que mesmo dando a vida pelo seu desejo e sendo aos poucos incinerada,
não deixou de ir de encontro ao seu amor.
Se tornando, então, o mártir
pela luz.

.