sexta-feira, 29 de maio de 2009

Golden Touch.

como achar
o real sentido do ser
de "ser"?!
ir ao fundo
achar diamantes
nas almas mais negras
sorrisos brandos, brancos
eu estou a procura
do toque dourado
onde acaba o árco-íris?!
eu quero o sol na mão.
e acho que não é pedir demais
e me perco nos meus sonhos
reservo o melhor
uma cama, colchão, escovas de dentes
pra dividir
careçe de egoísmo aqui.
não quero obrigar ninguem a permanecer.
sem adagas e punhais.
venho em paz, e se quiser me seguir?!
pegue na minha mão. e quando não mais quiser, eu vou olhar pra trás.
aceno de adeus e novamente caminhar.
a procura.
aquele velho anseio
de achar
o "golden touch".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Construção.

E derrepente
o mundo se condensa numa fotografria.
fluidos fabricam os fios
que tecem dia a dia
a lã.
não do primeiro amor,
mas a do mais profundo.
mãos unidas tecem com cuidado
o colchão, a cama e o cobertor
o sono se torna sagrado
a paz?
inabalável.
pois o bom encotro de dois
fez com que fossemos
uma só.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Gris.

Não é bonito nem poético
mas certas coisas precisam ser ditas.
as vezes eu sinto um negócio aqui, que me inquieta
me dá nos nervos
e eu não sei o que isso é.
mas darei um cor-de-nome aqui.
ou melhor, darei uma cor, gris.
não há melhor cor pra esse ser que respira hoje as chaminés de seu sonho.
Gris.
e as vezes me dá uma inquietude essa tua beleza
sim, porque Gris, ainda que tons de cinza é cor.
e belo como o azul do meu céu.
mas eu rolo o botão do mouse
e não consigo enchergar nada mais além dela, dessa beleza plástica de cor cinza
e sabe que eu até pensei que fosse rancor?!
aqui quase não chove, é verão todo tempo, Recife faz calor.
mas numa dessas madrugadas choveu.
Gris. e mais uma vez você me apareceu.
de muito longe "voltou"- Revirou minhas gavetas, bagunçou a minha alma, manchou o meu tapete.
ainda voltou-se a mim na hora de "partir", me afirmando frivolamente: "-eu mudei um bocado, mas parece que você continua a mesma."
caiu sobre mim esse teu argoro amargo. quem "cê" pensa que é pra me procurar no meio da madrugada, depois de anos pra me dizer que eu continuo a mesma?! que direito você tem se nunca ao menos permaneceu?! se tudo aquilo era pseudo cheiro de flor vermelha.
hoje eu vejo. Gris. cigarro e plástico. E não que eu não goste de cigarros. mas me fazem mal, prefiro a distância. Acho penso assim sobre você. não que não tenha sido lindo e forte da minha parte; mas foi exagero fazer de vocÊ princesa. paguei meu preço, e descobri hoje o que é felicidade. mas como no mundo das cores, hoje eu de amarelo que sou tenho um elo inquebrável com o azul. e não me leve a mal, pois nos dias em que o sol aparece, o gris se esconde. e quando o gris de tuas chaminés de sorrisos e olhares aparecem nesses dias cinzas de inverno é para eu não estar. na verdade nunca foi para estar, nunca será...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre as manchas. - ou, Fotografias.

basta um olhar
e o meu dia muda.
mesmo as manchas
não destruiram a beleza do momento que registrou aquela fotografia
porque o brilho dos nossos sorrisos são maiores.
e mensmo não te tendo aqui
corro pra essas fotografias manchadas
quando a dor insiste em voltar.
me sinto leve,
hoje eu sei:
você me ensinou a voar
e mesmo estanto aqui
a minha alma está
do seu lado.
na cama e no colchão
de amar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Felicidade instantânea e crepuscular.

sabe aquele instante ontem o universo parece parar de girar e bate uma tontura leve que embrulha o estômago e falta o ar?! naquela tarde foi assim. ela dormiu. e enquanto eu ouvia uma canção de belchior, eu não sabia se ria ou se chorava diante de tanta grandeza. Me bateu derrepente um desespero instantâneo. aquela visão era um clarão pra mim que caminhei tanto tempo as cegas. então, eu não sabia onde por as mãos. havia um copo de algo embriagante no chão. sem pensar, tomei à boca e senti o amargo sabor da cachaça. mas nem ele silenciava aquela agonia, aquele medo que dava dentro de mim. não consegui chegar perto dela. fiquei ao longe, sentada, sem saber o que fazer. apenas olhava para aquela gigante mulher que dormia ali em seu sono mais pleno na queda dos crepúsculos da tarde. não sabia se sorria ou chorava, mas aos poucos o fui sentindo cheiro de felicidade harmoniosa... aquele mesmo cheiro que sinto no meu violão, quando acabo por compor uma nova canção. foi invadindo a sala junto com o solzinho de fim de tarde. ela dormia, e eu apenas olhava. olhava...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Golden Touch.

como achar
o real sentido do ser
de "ser"?!
ir ao fundo
achar diamantes
nas almas mais negras
sorrisos brandos, brancos
eu estou a procura
do toque dourado
onde acaba o árco-íris?!
eu quero o sol na mão.
e acho que não é pedir demais
e me perco nos meus sonhos
reservo o melhor
uma cama, colchão, escovas de dentes
pra dividir
careçe de egoísmo aqui.
não quero obrigar ninguem a permanecer.
sem adagas e punhais.
venho em paz, e se quiser me seguir?!
pegue na minha mão. e quando não mais quiser, eu vou olhar pra trás.
aceno de adeus e novamente caminhar.
a procura.
aquele velho anseio
de achar
o "golden touch".

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Construção.

E derrepente
o mundo se condensa numa fotografria.
fluidos fabricam os fios
que tecem dia a dia
a lã.
não do primeiro amor,
mas a do mais profundo.
mãos unidas tecem com cuidado
o colchão, a cama e o cobertor
o sono se torna sagrado
a paz?
inabalável.
pois o bom encotro de dois
fez com que fossemos
uma só.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Gris.

Não é bonito nem poético
mas certas coisas precisam ser ditas.
as vezes eu sinto um negócio aqui, que me inquieta
me dá nos nervos
e eu não sei o que isso é.
mas darei um cor-de-nome aqui.
ou melhor, darei uma cor, gris.
não há melhor cor pra esse ser que respira hoje as chaminés de seu sonho.
Gris.
e as vezes me dá uma inquietude essa tua beleza
sim, porque Gris, ainda que tons de cinza é cor.
e belo como o azul do meu céu.
mas eu rolo o botão do mouse
e não consigo enchergar nada mais além dela, dessa beleza plástica de cor cinza
e sabe que eu até pensei que fosse rancor?!
aqui quase não chove, é verão todo tempo, Recife faz calor.
mas numa dessas madrugadas choveu.
Gris. e mais uma vez você me apareceu.
de muito longe "voltou"- Revirou minhas gavetas, bagunçou a minha alma, manchou o meu tapete.
ainda voltou-se a mim na hora de "partir", me afirmando frivolamente: "-eu mudei um bocado, mas parece que você continua a mesma."
caiu sobre mim esse teu argoro amargo. quem "cê" pensa que é pra me procurar no meio da madrugada, depois de anos pra me dizer que eu continuo a mesma?! que direito você tem se nunca ao menos permaneceu?! se tudo aquilo era pseudo cheiro de flor vermelha.
hoje eu vejo. Gris. cigarro e plástico. E não que eu não goste de cigarros. mas me fazem mal, prefiro a distância. Acho penso assim sobre você. não que não tenha sido lindo e forte da minha parte; mas foi exagero fazer de vocÊ princesa. paguei meu preço, e descobri hoje o que é felicidade. mas como no mundo das cores, hoje eu de amarelo que sou tenho um elo inquebrável com o azul. e não me leve a mal, pois nos dias em que o sol aparece, o gris se esconde. e quando o gris de tuas chaminés de sorrisos e olhares aparecem nesses dias cinzas de inverno é para eu não estar. na verdade nunca foi para estar, nunca será...

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sobre as manchas. - ou, Fotografias.

basta um olhar
e o meu dia muda.
mesmo as manchas
não destruiram a beleza do momento que registrou aquela fotografia
porque o brilho dos nossos sorrisos são maiores.
e mensmo não te tendo aqui
corro pra essas fotografias manchadas
quando a dor insiste em voltar.
me sinto leve,
hoje eu sei:
você me ensinou a voar
e mesmo estanto aqui
a minha alma está
do seu lado.
na cama e no colchão
de amar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Felicidade instantânea e crepuscular.

sabe aquele instante ontem o universo parece parar de girar e bate uma tontura leve que embrulha o estômago e falta o ar?! naquela tarde foi assim. ela dormiu. e enquanto eu ouvia uma canção de belchior, eu não sabia se ria ou se chorava diante de tanta grandeza. Me bateu derrepente um desespero instantâneo. aquela visão era um clarão pra mim que caminhei tanto tempo as cegas. então, eu não sabia onde por as mãos. havia um copo de algo embriagante no chão. sem pensar, tomei à boca e senti o amargo sabor da cachaça. mas nem ele silenciava aquela agonia, aquele medo que dava dentro de mim. não consegui chegar perto dela. fiquei ao longe, sentada, sem saber o que fazer. apenas olhava para aquela gigante mulher que dormia ali em seu sono mais pleno na queda dos crepúsculos da tarde. não sabia se sorria ou chorava, mas aos poucos o fui sentindo cheiro de felicidade harmoniosa... aquele mesmo cheiro que sinto no meu violão, quando acabo por compor uma nova canção. foi invadindo a sala junto com o solzinho de fim de tarde. ela dormia, e eu apenas olhava. olhava...

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