sábado, 28 de fevereiro de 2009

Transe.

Em transe. Mamãe Oxum, me acorda que a música dos meus dias me levaram sem demora a outra dimensão. E outros tons, outras cores, outras transas de pele,carne e alma. Desisti. mamãe não me acorda mais. Eu não quero mais voltar. é de onde prende minha atenção, toda essa tara; e é lá, nas nuvens que eu quero ficar.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O norte. - ou, A missão do ator-cidadão.

Eu quero liberdade. Quero abolição desses rótulos que nos prendem ao chão dessa sociedade mediana em que vivemos. Somos diferentes. Fomos escolhidos a dedos pelos deuses ébrios, para sermos filhos das artes; veia latente e pulsátil que nos inquieta a cada respirar a sermos mais sensíveis. É como se todo o mundo tivessem vendas nos olhos, e nós, filhos dos deuses, somos reis, pois enxergamos a pura beleza nas coisas mínimas que nem com uma lupa de aumento ou qualquer auxílio de vidro, os fariam enxergar. Somos nós, e somos lindos por isso. Eu sou exatamente aquilo que escolho ser e essa veia é que me leva. Leva-me além dos meus limites, me leva além dos muros. E há uma inquietação pessoal e especial em quebrar. Adoro destruir as coisas. Saibam.
Gosto de quebrar. Gosto de romper paradigmas, tabus e afins. Gosto. Gosto mesmo de por o dedo na ferida desses homens que se conforma com essa realidade cruel de chacinas à estupros, dos incestos aos famintos. Quem olha por esse povo?! Quem olha para essa gente?! É fácil brincar de artes com “paints et circense”; difícil é expor aos olhos dos homens tudo aquilo que eles escondem, porque a verdade dos oprimidos incomoda. Queima e lateja como uma ferida recém chegada no peito de cada um deles (os ditos “homens de bem” da nossa fabulosa sociedade). É fácil mudar de canal e não ver. É fácil passar na rua e ser hipócrita dizendo que não se tem para não dar a quem pede, mesmo tendo. Será que já passou pela cabeça de alguma dessas pessoas o quão constrangedor deve ser sobreviver de migalhas?! Vendo o mundo inteiro crescer cheio de possibilidades de futuro e ver todas essas portas fechadas para essas pessoas, que são iguaizinhas a nós?! Será que se passa na cabeça desses homens o quão perturbador deve ser numa noite chuvosa, ver milhões de pessoas voltando para os seus lares, para se proteger da chuva, e ter que dormir muitas vezes numa calçada, ou abaixo de uma ponte com seus filhos, sem uma coberta, sem um alimento?! Na minha cabeça, se passa. Ontem à noite, voltando da aula vi uma senhora dormindo numa calçada. Ela tinha a idade de ser minha mãe. E doeu-me mais do que um tiro ou uma facada, olhá-la rente aos olhos e ver que poderia ser minha mãe, dormindo numa calçada, as margens dessa sociedade hipócrita que passa todos os dias pela Avenida Conde da Boa Vista e fingem que não a enxergam. Eu tinha acabado de sair da aula de teatro. E esse sentimento de impotência veio me corroendo de lá até o caminho de casa. Me corrói até agora. E aí parei para pensar:”-Já que me denomino artista pois tento fazer arte, já que fazendo arte mobilizo pessoas de suas casas até o teatro, para que elas assistam ou apreciem o meu trabalho, o que será que eu posso fazer pra acordar esses seres humanos?! Como arrancar essas vendas dos olhos das pessoas?!” eu ainda não sei, mas eu vou descobrir. Acho que é a minha função enquanto artista-cidadã, tentar alguma melhora para a sociedade em que vivo. Eu posso não mover montanhas, mas o primeiro passo foi dado. Esse é o meu norte.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Minha mulher.



é assim que a vejo. cheia de luz, vindo pra mim. Um sonho real, inspiração salutar e pulsante. Ela roubou a beleza das flores, despindo-se pra mim em sons e cores. Agora, eu não sou mais a mesma. e viver é mais tudo por amá-la. para amá-la. e toda essa dedicação, os presentes, os poemas, as ansiedasdes, as músicas, os desenhos, são todos dela. Todos sairam do canto mais bonito da minha alma para contemplá-la. e tudo isso aqui, é ela. E quando ela chega, meu mundo se espraia como num fim de tarde. É ela. é isso. não consigo definir o indefinível. mas é só pra que se conste e se saiba. Isto, é o nosso amor.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Nua e crua. assim,pra quem quiser ler.

definitivamente o melhor lado da tristeza é o protudivo.
você sabe que eu escevo sem parar?!
escrevo. escrevo compulsivamente.
talvez pra tentar expurgar esses demônios de dentro de mim.
e aqui, nesse meu espaço. tem encima, de subtítulo "nua e crua. assim, pra quem quiser ler."
cumpro eu sempre. SEMPRE com esse compromisso.
então, não se importe se eu não ligo pra métrica, rma e lalalá, lalalá.
oo que interessa aqui, é isso. esse compromisso de ser eu. de não ter que me esconder, como faço, a maior parte do tempo com pessoas que juam que me cnheçem e não sabem de mim a metade. Caro leitor, se é que você existe, saiba. Você é mais meu amigo doque todas essas pessoas que me cercam. Hipócritas e ridículas, elas me censuram porque eu erro. Olha, eu erro mesmo, e espero que você não recrimine por isso também. Pois meus erros são meus bens mais precisosos, porque é com els que eu aprendo a viver. Unicamente com eles. Porque eu sempre fui assim sabe? eu e essa mania de querer ser livre a todo custo. Gosto eu de aprender com as minhas quedas, e não porque me disseram que assim tinha que ser. não pense que por isso eu tenho maina de revolta. Não é. isso seria um pensamento mega equivocado ao meu respeito. mas é que eu tenho um grande apego as minhas cicatrizes apesar da pouca idade. acredite, eu tenho VÁRIAS. e é por celebrar mais uma delas que eu venho aqui, companhada de uma taça de vinho e o meu violão aí, encostado no canto da parede escrever. Eles são meus melhores cmpanheiros juntamente com a minha voz. são tudo que tenho, e comigo eles celebram a chegada de um novo erro. Ou talvez nem seja um erro estar aqui, pensando mil coisas enquanto aquela menina que vocês sabem, sé é que sabem mesmo. enfim. a moça para quem eu escrevo todos os dias anda meio diferente. enquanto eu passo os dias aqui. das minhas atitudes cuido eu e não me arrependo. mas eu só gostaria de saber que é isso. é dificílimo pra mim lhe dar com situações que eu não conheço e eos meus sentimentos se misturam. Eu tô ansiosa, ansosa para caralho e eu já disse isso uma vez aqui, que é péssimo pra você, possivel leitor, porque eu não consigo escrever. Isso não é um escrito. Isso é o fruto do ato de vomitar minhas emoções. O lamento mudo do texto anterior. Mas é que essa mulher me faz tão bem que eu tenho medo. Cada vez que eu lembro dela brota um sorriso aqui na minha face e faz tanto tempo que isso não acontece que eu tenho mdo. porque ela não aparece?! sempre que agente se distancia é assim. eu fico em segredo essa pilha de nervos, e quando ela apareçe e me recebe com todo aquele amor que já posso sentir daqui tudo isso some e eu penso melhor. talvez eu deva aguardar. mas ela nunca somiu por tanto tempo. tentarei me acalmar. mas sabam. que esse foi o que de mais sincero que um dia eu já pude escrever aqui. eu me abri. me abri de verdade, caro leitor. espero que não cause espanto porque essa sou eu. nua e crua, assim. Pra quem quiser ler. a taça de vinho termina. vou enchê-la denovo. até a volta.

Ode a tristeza.

Triste. E nem é dia cinza, e nem chove, e nem é blasé. É uma tristeza diferente. Solidificada; sensação de abandono aqui nessa casa. Penso até em trocar de roupa, sair de casa, e comprar uma garrafa de vinho para brindar esse velho reencontro. É a única que não me abandona, e ela veio beijar meus lábios áridos nesse fim de tarde. Se achegue tristeza, pois a cidade mentiu quando disse que não haveria espaço para você nesse carnaval. (carnaval, do latim vem de carnavália = festa da carne. Meio peculiar a cidade mentir desse jeito para ela, que gosta tanto de dilacerar a carne de corações alheios. O faz agora mesmo, com o meu.) dessa vez desejo-te escrever uma carta apaixonada de devoção. Pois enquanto eu ando sozinha no meio dessa multidão de pessoas, que passam na minha vida como numa estação de trem, tu pegas em minha mão e me guia nessas tardes na qual eu não consigo derramar mais lágrimas, posto que elas serviram para matar a sede do mundo que passou pela estação de trem. E agora estamos aqui, minha cara. Frente a frente. Face a face com mais uma das realidades cruéis. Sempre que me abandonas, sou forçada a acreditar, que a felicidade existe, e esse troço que cresce feito como capim, chamado “amor” pode florir antes das ervas daninhas comerem sem parar o jardim tão lindo que eu haveria construído. Martirizo-me por outros, sempre que tu somes, e no fim sempre descubro. Que não foi ninguém. A culpa nunca foi de ninguém; apenas minha. Pois quem tem demais para dar, pouco tem a receber. Por isso tristeza, a ti que nunca dei nada, escrevo-te hoje uma carta. Dou a ti o beijo doce que na boca dela quis um dia deixar, e o outro lado de minha cama, par que nas noites de insônia, não fujas de mim. Vou por o vestido vermelho, para comprar aquele vinho. Não fujas de mim, minha cara. Pelo menos você, espero que fique para ouvir meu lamento mudo.

Insegurança.

medo.
medo de fazer a coisa errada
medo de ultrapassar teus limites
medo de te sufocar
medo de perder a graça
medo de perder a cor.

hoje é um dia daqueles, no qual você acorda mais inseguro que o normal.
o relógios dos ponteiros se arrastam, você não chega
e esse monstro vai crescendo em baixo da minha cama.
eu odeio me sentir assim, mas eu acordei frágil.
e como diria um poeta: "e qualque desatenção, faça não.."
faça mesmo não, que amoça tá quietinha dentro da toca.
tá com medo de sair.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Um samba na madrugada. - ou, Ébano.

Escuto samba.
Um samba na madrugada.
E deixo a cadência mole me levar.

Eu grito: Ébano!
Porque tenho orgulho daquilo que sou.
Eu, tu, ele, nós três;
Quem somos nós aqui, na luz?!


Escuto samba
E sou mais um.
Mais um peregrino sábio, carregando enganos.
Esse couro preto que me cobre a carne, não tem planos.


Planejo não, mas sei o que quero.
Saúde de pernas, pra dançar
Esse samba na madrugada
Até que o dia rompa,
Até que sangre a dor,
Até o dia em eu se acabe
O preconceito de cor.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Em breve.

Em breve
concretizar
todo um sonho de uma chegada:
vinho pra matar tua sede; e emu corpo, ofereço-te como pão
para saciar a fome de teus anseios.
resiste minha morena!
resite, que chego já!
pois é em ti que me vejo.
a tua alma é o meu lugar e é lá que eu vou habitar
nessas noites que passarei dentro de ti, por horas a fio, queimando.
por ti;
pra ti.
sete horas.
em breve.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Simetria.*

Dentro desse cubo não sou simétrica.
o bonito é perseguido pelo infinito,
mas eu não sou.
não quero perfeição;
quero apenas a transcendência...
transitóriedade retóica:
o grito.
sem clarins e alardes; sem armas, sem guardas;
apenas o sonho luminoso e real.
sutil e descartável como a cadência de uma estrela sob o sono dos séculos.
não quero. nunca quis perfeição.
apenas o belo;
o transitório;
o infinito.

parte II

outro dia.
calor.
o sol faz desenhos no asfalto
e mais uma vez, ela me chama.
sussura no meu ouvido o gozo do banho, dança pra mim mais uma vez.
a sua pele é ardente, pulsátil
e seu desejo é intensamente receptivo.
e dessa vez não foi no chuveiro..
o seu gosto amargo quase me queima.
foi como beber uma garrafa do velho jack no gargalo.
ardente.
pura e sem gelo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O espelho e as vontades.

Manhã. O cheiro do café me exita. e você ainda na cama, com vestígios da noite passada. A água do chuveiro caía lentamente, e gota por gota evaporava em nossos corpos quentes e fundidos como uma espécie de metal, que não se desgruda; não se larga; coisa que se torna, depois do calor, uma só. Enquanto você dançava,explorando a sensualidade das tuas curvas, eu descobria um mundo novo de arrepios e calafrios perto ao teu corpo. Cada vez mais eu sentia... gota por gota, minha língua na tua pele fazia teu gosto amargo diluir-se na minha boca junto com a água. Não me soava doçe mas era rente ao paladar.
teus cabelos molhados, minha boca vermelha.
seios, boca, sexo, língua, pernas que tremem sem parar... você dentro de mim;
e eu a gozar do prazer de estar em você.
já é noite. E eu quero mais.

Fragmentos de um sonho bom.

"Ontem a noite, fui vê-la dormir em meu sonho.
seus cabelos cheiravam a primavera de outroras e sentia-me boba com todo o reencontro.
já aconteceu antes. e sem me mover, deitei-me ao seu lado.
chorei baixinho de felicidade.
ali, eu estava no céu."

Eu.

Eu sou coisa.
objeto jogado, assim
sem rumo, ou direção qualquer
os ventos é que me levam
coisa.
coisa ao avesso do certo,
assim, sem luz.
com tempo de sobra,
vendo a vida da janela.
sou troço sem fundamento
eu nunca soube dançar
eu não sonho em ser estrela
mas cavalgo tímida nas palavras infindáveis
bebo da fonte inefável de sentimentos, pra saciar a minha fome,
o meu desejo, o meu medo, minha angústia.
eu assim.
coisa jogada, pedra rolada, troço sem brilho
sem fundamento;
eu.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ela.

Ela acalma meus dias
abranda minhas horas
me fortaleçe
me enche de luz.

então, assim como num reflexo
empunho meu violão.
retiro da voz o canto de amor mais lindo que tenho
e dou pra mulher que anseio.

mulher essa que é minha, e não porque a prendo.
não.
nõ quero ser para ela também um canário na gaiola;
mulher que é minha, porque é livre,
para ficar ou para partir;
para escolher, e transcender;

e no entanto é no cais do meu corpo, que seus carinhos habitam.
e fiel a isso, sigo louvando sua alma
que tanto me encanta.

medito em seus templos rochosos e imperiais
nosso dossel; meu ninho sacro.
o corpo dela, santíssimo vinho, que mata minha sede;
sua alma, o ar que repiro pra viver.

ela?!

não. ela não é uma deusa, presa em quadros e retratos.
ela tem defeitos e qualidades, não habita um pedestal.
ela é linda por ser quem é; e é minha,
pois escolheu ser minha.
minha mulher.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Transe.

Em transe. Mamãe Oxum, me acorda que a música dos meus dias me levaram sem demora a outra dimensão. E outros tons, outras cores, outras transas de pele,carne e alma. Desisti. mamãe não me acorda mais. Eu não quero mais voltar. é de onde prende minha atenção, toda essa tara; e é lá, nas nuvens que eu quero ficar.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O norte. - ou, A missão do ator-cidadão.

Eu quero liberdade. Quero abolição desses rótulos que nos prendem ao chão dessa sociedade mediana em que vivemos. Somos diferentes. Fomos escolhidos a dedos pelos deuses ébrios, para sermos filhos das artes; veia latente e pulsátil que nos inquieta a cada respirar a sermos mais sensíveis. É como se todo o mundo tivessem vendas nos olhos, e nós, filhos dos deuses, somos reis, pois enxergamos a pura beleza nas coisas mínimas que nem com uma lupa de aumento ou qualquer auxílio de vidro, os fariam enxergar. Somos nós, e somos lindos por isso. Eu sou exatamente aquilo que escolho ser e essa veia é que me leva. Leva-me além dos meus limites, me leva além dos muros. E há uma inquietação pessoal e especial em quebrar. Adoro destruir as coisas. Saibam.
Gosto de quebrar. Gosto de romper paradigmas, tabus e afins. Gosto. Gosto mesmo de por o dedo na ferida desses homens que se conforma com essa realidade cruel de chacinas à estupros, dos incestos aos famintos. Quem olha por esse povo?! Quem olha para essa gente?! É fácil brincar de artes com “paints et circense”; difícil é expor aos olhos dos homens tudo aquilo que eles escondem, porque a verdade dos oprimidos incomoda. Queima e lateja como uma ferida recém chegada no peito de cada um deles (os ditos “homens de bem” da nossa fabulosa sociedade). É fácil mudar de canal e não ver. É fácil passar na rua e ser hipócrita dizendo que não se tem para não dar a quem pede, mesmo tendo. Será que já passou pela cabeça de alguma dessas pessoas o quão constrangedor deve ser sobreviver de migalhas?! Vendo o mundo inteiro crescer cheio de possibilidades de futuro e ver todas essas portas fechadas para essas pessoas, que são iguaizinhas a nós?! Será que se passa na cabeça desses homens o quão perturbador deve ser numa noite chuvosa, ver milhões de pessoas voltando para os seus lares, para se proteger da chuva, e ter que dormir muitas vezes numa calçada, ou abaixo de uma ponte com seus filhos, sem uma coberta, sem um alimento?! Na minha cabeça, se passa. Ontem à noite, voltando da aula vi uma senhora dormindo numa calçada. Ela tinha a idade de ser minha mãe. E doeu-me mais do que um tiro ou uma facada, olhá-la rente aos olhos e ver que poderia ser minha mãe, dormindo numa calçada, as margens dessa sociedade hipócrita que passa todos os dias pela Avenida Conde da Boa Vista e fingem que não a enxergam. Eu tinha acabado de sair da aula de teatro. E esse sentimento de impotência veio me corroendo de lá até o caminho de casa. Me corrói até agora. E aí parei para pensar:”-Já que me denomino artista pois tento fazer arte, já que fazendo arte mobilizo pessoas de suas casas até o teatro, para que elas assistam ou apreciem o meu trabalho, o que será que eu posso fazer pra acordar esses seres humanos?! Como arrancar essas vendas dos olhos das pessoas?!” eu ainda não sei, mas eu vou descobrir. Acho que é a minha função enquanto artista-cidadã, tentar alguma melhora para a sociedade em que vivo. Eu posso não mover montanhas, mas o primeiro passo foi dado. Esse é o meu norte.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Minha mulher.



é assim que a vejo. cheia de luz, vindo pra mim. Um sonho real, inspiração salutar e pulsante. Ela roubou a beleza das flores, despindo-se pra mim em sons e cores. Agora, eu não sou mais a mesma. e viver é mais tudo por amá-la. para amá-la. e toda essa dedicação, os presentes, os poemas, as ansiedasdes, as músicas, os desenhos, são todos dela. Todos sairam do canto mais bonito da minha alma para contemplá-la. e tudo isso aqui, é ela. E quando ela chega, meu mundo se espraia como num fim de tarde. É ela. é isso. não consigo definir o indefinível. mas é só pra que se conste e se saiba. Isto, é o nosso amor.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Nua e crua. assim,pra quem quiser ler.

definitivamente o melhor lado da tristeza é o protudivo.
você sabe que eu escevo sem parar?!
escrevo. escrevo compulsivamente.
talvez pra tentar expurgar esses demônios de dentro de mim.
e aqui, nesse meu espaço. tem encima, de subtítulo "nua e crua. assim, pra quem quiser ler."
cumpro eu sempre. SEMPRE com esse compromisso.
então, não se importe se eu não ligo pra métrica, rma e lalalá, lalalá.
oo que interessa aqui, é isso. esse compromisso de ser eu. de não ter que me esconder, como faço, a maior parte do tempo com pessoas que juam que me cnheçem e não sabem de mim a metade. Caro leitor, se é que você existe, saiba. Você é mais meu amigo doque todas essas pessoas que me cercam. Hipócritas e ridículas, elas me censuram porque eu erro. Olha, eu erro mesmo, e espero que você não recrimine por isso também. Pois meus erros são meus bens mais precisosos, porque é com els que eu aprendo a viver. Unicamente com eles. Porque eu sempre fui assim sabe? eu e essa mania de querer ser livre a todo custo. Gosto eu de aprender com as minhas quedas, e não porque me disseram que assim tinha que ser. não pense que por isso eu tenho maina de revolta. Não é. isso seria um pensamento mega equivocado ao meu respeito. mas é que eu tenho um grande apego as minhas cicatrizes apesar da pouca idade. acredite, eu tenho VÁRIAS. e é por celebrar mais uma delas que eu venho aqui, companhada de uma taça de vinho e o meu violão aí, encostado no canto da parede escrever. Eles são meus melhores cmpanheiros juntamente com a minha voz. são tudo que tenho, e comigo eles celebram a chegada de um novo erro. Ou talvez nem seja um erro estar aqui, pensando mil coisas enquanto aquela menina que vocês sabem, sé é que sabem mesmo. enfim. a moça para quem eu escrevo todos os dias anda meio diferente. enquanto eu passo os dias aqui. das minhas atitudes cuido eu e não me arrependo. mas eu só gostaria de saber que é isso. é dificílimo pra mim lhe dar com situações que eu não conheço e eos meus sentimentos se misturam. Eu tô ansiosa, ansosa para caralho e eu já disse isso uma vez aqui, que é péssimo pra você, possivel leitor, porque eu não consigo escrever. Isso não é um escrito. Isso é o fruto do ato de vomitar minhas emoções. O lamento mudo do texto anterior. Mas é que essa mulher me faz tão bem que eu tenho medo. Cada vez que eu lembro dela brota um sorriso aqui na minha face e faz tanto tempo que isso não acontece que eu tenho mdo. porque ela não aparece?! sempre que agente se distancia é assim. eu fico em segredo essa pilha de nervos, e quando ela apareçe e me recebe com todo aquele amor que já posso sentir daqui tudo isso some e eu penso melhor. talvez eu deva aguardar. mas ela nunca somiu por tanto tempo. tentarei me acalmar. mas sabam. que esse foi o que de mais sincero que um dia eu já pude escrever aqui. eu me abri. me abri de verdade, caro leitor. espero que não cause espanto porque essa sou eu. nua e crua, assim. Pra quem quiser ler. a taça de vinho termina. vou enchê-la denovo. até a volta.

Ode a tristeza.

Triste. E nem é dia cinza, e nem chove, e nem é blasé. É uma tristeza diferente. Solidificada; sensação de abandono aqui nessa casa. Penso até em trocar de roupa, sair de casa, e comprar uma garrafa de vinho para brindar esse velho reencontro. É a única que não me abandona, e ela veio beijar meus lábios áridos nesse fim de tarde. Se achegue tristeza, pois a cidade mentiu quando disse que não haveria espaço para você nesse carnaval. (carnaval, do latim vem de carnavália = festa da carne. Meio peculiar a cidade mentir desse jeito para ela, que gosta tanto de dilacerar a carne de corações alheios. O faz agora mesmo, com o meu.) dessa vez desejo-te escrever uma carta apaixonada de devoção. Pois enquanto eu ando sozinha no meio dessa multidão de pessoas, que passam na minha vida como numa estação de trem, tu pegas em minha mão e me guia nessas tardes na qual eu não consigo derramar mais lágrimas, posto que elas serviram para matar a sede do mundo que passou pela estação de trem. E agora estamos aqui, minha cara. Frente a frente. Face a face com mais uma das realidades cruéis. Sempre que me abandonas, sou forçada a acreditar, que a felicidade existe, e esse troço que cresce feito como capim, chamado “amor” pode florir antes das ervas daninhas comerem sem parar o jardim tão lindo que eu haveria construído. Martirizo-me por outros, sempre que tu somes, e no fim sempre descubro. Que não foi ninguém. A culpa nunca foi de ninguém; apenas minha. Pois quem tem demais para dar, pouco tem a receber. Por isso tristeza, a ti que nunca dei nada, escrevo-te hoje uma carta. Dou a ti o beijo doce que na boca dela quis um dia deixar, e o outro lado de minha cama, par que nas noites de insônia, não fujas de mim. Vou por o vestido vermelho, para comprar aquele vinho. Não fujas de mim, minha cara. Pelo menos você, espero que fique para ouvir meu lamento mudo.

Insegurança.

medo.
medo de fazer a coisa errada
medo de ultrapassar teus limites
medo de te sufocar
medo de perder a graça
medo de perder a cor.

hoje é um dia daqueles, no qual você acorda mais inseguro que o normal.
o relógios dos ponteiros se arrastam, você não chega
e esse monstro vai crescendo em baixo da minha cama.
eu odeio me sentir assim, mas eu acordei frágil.
e como diria um poeta: "e qualque desatenção, faça não.."
faça mesmo não, que amoça tá quietinha dentro da toca.
tá com medo de sair.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Um samba na madrugada. - ou, Ébano.

Escuto samba.
Um samba na madrugada.
E deixo a cadência mole me levar.

Eu grito: Ébano!
Porque tenho orgulho daquilo que sou.
Eu, tu, ele, nós três;
Quem somos nós aqui, na luz?!


Escuto samba
E sou mais um.
Mais um peregrino sábio, carregando enganos.
Esse couro preto que me cobre a carne, não tem planos.


Planejo não, mas sei o que quero.
Saúde de pernas, pra dançar
Esse samba na madrugada
Até que o dia rompa,
Até que sangre a dor,
Até o dia em eu se acabe
O preconceito de cor.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Em breve.

Em breve
concretizar
todo um sonho de uma chegada:
vinho pra matar tua sede; e emu corpo, ofereço-te como pão
para saciar a fome de teus anseios.
resiste minha morena!
resite, que chego já!
pois é em ti que me vejo.
a tua alma é o meu lugar e é lá que eu vou habitar
nessas noites que passarei dentro de ti, por horas a fio, queimando.
por ti;
pra ti.
sete horas.
em breve.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Simetria.*

Dentro desse cubo não sou simétrica.
o bonito é perseguido pelo infinito,
mas eu não sou.
não quero perfeição;
quero apenas a transcendência...
transitóriedade retóica:
o grito.
sem clarins e alardes; sem armas, sem guardas;
apenas o sonho luminoso e real.
sutil e descartável como a cadência de uma estrela sob o sono dos séculos.
não quero. nunca quis perfeição.
apenas o belo;
o transitório;
o infinito.

parte II

outro dia.
calor.
o sol faz desenhos no asfalto
e mais uma vez, ela me chama.
sussura no meu ouvido o gozo do banho, dança pra mim mais uma vez.
a sua pele é ardente, pulsátil
e seu desejo é intensamente receptivo.
e dessa vez não foi no chuveiro..
o seu gosto amargo quase me queima.
foi como beber uma garrafa do velho jack no gargalo.
ardente.
pura e sem gelo.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O espelho e as vontades.

Manhã. O cheiro do café me exita. e você ainda na cama, com vestígios da noite passada. A água do chuveiro caía lentamente, e gota por gota evaporava em nossos corpos quentes e fundidos como uma espécie de metal, que não se desgruda; não se larga; coisa que se torna, depois do calor, uma só. Enquanto você dançava,explorando a sensualidade das tuas curvas, eu descobria um mundo novo de arrepios e calafrios perto ao teu corpo. Cada vez mais eu sentia... gota por gota, minha língua na tua pele fazia teu gosto amargo diluir-se na minha boca junto com a água. Não me soava doçe mas era rente ao paladar.
teus cabelos molhados, minha boca vermelha.
seios, boca, sexo, língua, pernas que tremem sem parar... você dentro de mim;
e eu a gozar do prazer de estar em você.
já é noite. E eu quero mais.

Fragmentos de um sonho bom.

"Ontem a noite, fui vê-la dormir em meu sonho.
seus cabelos cheiravam a primavera de outroras e sentia-me boba com todo o reencontro.
já aconteceu antes. e sem me mover, deitei-me ao seu lado.
chorei baixinho de felicidade.
ali, eu estava no céu."

Eu.

Eu sou coisa.
objeto jogado, assim
sem rumo, ou direção qualquer
os ventos é que me levam
coisa.
coisa ao avesso do certo,
assim, sem luz.
com tempo de sobra,
vendo a vida da janela.
sou troço sem fundamento
eu nunca soube dançar
eu não sonho em ser estrela
mas cavalgo tímida nas palavras infindáveis
bebo da fonte inefável de sentimentos, pra saciar a minha fome,
o meu desejo, o meu medo, minha angústia.
eu assim.
coisa jogada, pedra rolada, troço sem brilho
sem fundamento;
eu.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ela.

Ela acalma meus dias
abranda minhas horas
me fortaleçe
me enche de luz.

então, assim como num reflexo
empunho meu violão.
retiro da voz o canto de amor mais lindo que tenho
e dou pra mulher que anseio.

mulher essa que é minha, e não porque a prendo.
não.
nõ quero ser para ela também um canário na gaiola;
mulher que é minha, porque é livre,
para ficar ou para partir;
para escolher, e transcender;

e no entanto é no cais do meu corpo, que seus carinhos habitam.
e fiel a isso, sigo louvando sua alma
que tanto me encanta.

medito em seus templos rochosos e imperiais
nosso dossel; meu ninho sacro.
o corpo dela, santíssimo vinho, que mata minha sede;
sua alma, o ar que repiro pra viver.

ela?!

não. ela não é uma deusa, presa em quadros e retratos.
ela tem defeitos e qualidades, não habita um pedestal.
ela é linda por ser quem é; e é minha,
pois escolheu ser minha.
minha mulher.

.