quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Poética da saudade.

Entre furacões e temporais vou vivendo aqui no outro hemisfério. Sem tua presença aqui, outro dia de chuva. a moça do tempo anuncia uma noite de calor, porém nada aqui me aqueçe. Longe do calor da nosa cama, longe do brilho dos teus olhos que são tão meus que me servem de faróis... nada ilumina. e aqui vou seguindo no breu minha vida, esperando ávida o dia de voltar e vestir-me com tua pele. Aqui, colombina e pierrôt brincaram juntos e apaixonados em plena folia de momo; e eu lá, ao meio da multidão apenas observava o céu enquanto uma lágrima caia. esse era nosso elo de ligação quando nosso amor ainda era o fruto de um sonho irreal e distante, você se lembra? Ficávamos noites e noites a fio, acordadas olhando o brilho das estrelas... nos embriagando de palavras doces como o vinho daquela noite que selou nosso compromisso ao calendário. Naquela noite fechou-se o primeiro ciclo. Um ano de amor ao teu lado e mais do que tudo, 365 dias valsando a doçe melodia da tua voz chamando meu nome. Hoje sinto tua falta, voei até o longo hemisfério sul. Porém hoje sei, tu és meu norte, meu braço forte, meu cais, meu lar. Por isso te acalmas. Espera, rente e lenta sob a lua cheia minha vida, pois em breve eu hei de chegar ao nosso lar. 

Mais do mesmo.

sabe, eu ando meio cansada disso tudo. é difícil voltar depois de tanto tempo e ver que nada mudou do lado de lá. os mesmos desrespeitos, as mesmas criancices, as mesmas atitudes medíocres de pobreza de espírito.

Até quando essa merda vai durar?
até quando o cansaço vai ser sempre a fórmula da vitória?

Sabe, eu ando meio cansada do mais do mesmo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


talvez eu esteja precisando de um pouco mais de primitivismo na minha vida.
a sede de produção não cessa nunca...






ah, esse cara é um deus.

Sobre as palavras que não são pra ser ditas.

Existem coisas que não devem serditas por ninguém, em momento algum. Simplismente porque elas não conseguem ver a luz do "além-de-nós."
Dentro de mim, há um relicário ambulante. desses que se encontrarm aquelas fotos velhas e amareladas de um passado que foi, as vezes bom, as vezes não.
Eu as vezes reluto contra isso. é pesado demais carregar toda essa coisas de lembrar do que não é pra ser dito. e dentro de mim há milhares dessas palavras que não deveriam ser ditas encima da estante, detro das cristaleiras do meu coração. sufoca, e são frágeis. eu queriam que fossem embora depressa, pois ocupam espaço por demais. Porém, essa mobilia, e todo esse entulho de lembranças e cicatrizes são os tijolos de vidro que me formam. Ontem a noite cortou-me um desses cacos. contem a noite fui imune ao sangue que jorrava. ontem a noite expurguei de mim uma pequena pedra. até que enfim.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dá licença, agora eu vou viver!

E todos esses anos trancafiada na barra das tuas calças
enquanto você dorme, eu trabalho.
E se você passa na cara, deixe estar.
meu dia chega antes de você acordar.

humilhação, dor, perseguição?

ficaram pro teu mundo, pois tudo que você faz, um dia volta pra você.
enquanto você boicota um degrau para que eu caia,
eu subo 3 onde teus olhos não podem alcançar.

Esse mundo lá fora é todo meu, velho homem. e eu vou alçar vôo antes que vovê possa imaginar.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E sabe que às vezes eu preciso?

Preciso.

P-R-E-C-I-S-O.


Preciso do cheiro do mar e da sensação de maresia corroendo. Corroendo os móveis antigos e escassos da casa de praia, e corroendo as dores do coração também.
Preciso de um violão a tira-colo pra me acompanhar nessa solidão gostosa e inspiradora.
Preciso lembrar com saudades do sorriso da minha morena; Olhar o céu azul-marinho e estrelado, e ao invés das noites de insônia, enxergar apenas poesia imaginando que cada estrela reluz o brilho dos olhos dela, que de tão meus, me perco como nos corredores da minha própria casa.
Preciso de um reggae, que no meio da madrugada, nessa selva de concreto e pedra me leve a transcender energias positivas.
Preciso de renovação espiritual, através da natureza.
Preciso me encontrar, me achar, olhar o horizonte. E nesse horizonte, me encontrar com Deus e suas belezas, que cada vez mais passam despercebidas aos nossos olhos, devido a esse cotidiano louco e apressado em que vivemos.
Preciso do amor da minha mãe, da força e astúcia do meu pai. Preciso da doçura e da delicadeza da minha tia, e preciso da perseverança da minha irmã. Preciso do cuidado e dos conselhos de Alinny, preciso do amor e do colo de Céu. Preciso das besteiras de Grau, e do som e da magia de Reuel. Preciso sabe?! Preciso ouvir o som gostoso da voz de Fábio quando me chama carinhosamente de “neguinha”, Preciso ver os olhinhos lindos de Ailma brilhando pela minha chegada, e a risada gostosa de Rodrigo junto com a minha. Preciso da ternura de Wellthon, e preciso da May, orgulhosa de mim, me abraçando e me chamando de “baby”. Preciso também das tendências modernas da Lú, e do espírito mundano e estrangeiro de Brayner. Preciso beijar o chão do meu lugar, a mão dos meus avós. E cada uma dessas necessidades me formam. Fomentam cada vez mais essa minha sede de sempre querer mais. Mais o bem de quem está ao meu lado, e de quem não está também; querer orgulhar mais, crescer mais, amar mais, viver mais.


É. É bem disso que eu preciso.
Preciso.

P-R-E-C-I-S-O.

De mar, violão, paz interior e dos meus amigos. Que são parte de mim.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Poética da saudade.

Entre furacões e temporais vou vivendo aqui no outro hemisfério. Sem tua presença aqui, outro dia de chuva. a moça do tempo anuncia uma noite de calor, porém nada aqui me aqueçe. Longe do calor da nosa cama, longe do brilho dos teus olhos que são tão meus que me servem de faróis... nada ilumina. e aqui vou seguindo no breu minha vida, esperando ávida o dia de voltar e vestir-me com tua pele. Aqui, colombina e pierrôt brincaram juntos e apaixonados em plena folia de momo; e eu lá, ao meio da multidão apenas observava o céu enquanto uma lágrima caia. esse era nosso elo de ligação quando nosso amor ainda era o fruto de um sonho irreal e distante, você se lembra? Ficávamos noites e noites a fio, acordadas olhando o brilho das estrelas... nos embriagando de palavras doces como o vinho daquela noite que selou nosso compromisso ao calendário. Naquela noite fechou-se o primeiro ciclo. Um ano de amor ao teu lado e mais do que tudo, 365 dias valsando a doçe melodia da tua voz chamando meu nome. Hoje sinto tua falta, voei até o longo hemisfério sul. Porém hoje sei, tu és meu norte, meu braço forte, meu cais, meu lar. Por isso te acalmas. Espera, rente e lenta sob a lua cheia minha vida, pois em breve eu hei de chegar ao nosso lar. 

Mais do mesmo.

sabe, eu ando meio cansada disso tudo. é difícil voltar depois de tanto tempo e ver que nada mudou do lado de lá. os mesmos desrespeitos, as mesmas criancices, as mesmas atitudes medíocres de pobreza de espírito.

Até quando essa merda vai durar?
até quando o cansaço vai ser sempre a fórmula da vitória?

Sabe, eu ando meio cansada do mais do mesmo.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


talvez eu esteja precisando de um pouco mais de primitivismo na minha vida.
a sede de produção não cessa nunca...






ah, esse cara é um deus.

Sobre as palavras que não são pra ser ditas.

Existem coisas que não devem serditas por ninguém, em momento algum. Simplismente porque elas não conseguem ver a luz do "além-de-nós."
Dentro de mim, há um relicário ambulante. desses que se encontrarm aquelas fotos velhas e amareladas de um passado que foi, as vezes bom, as vezes não.
Eu as vezes reluto contra isso. é pesado demais carregar toda essa coisas de lembrar do que não é pra ser dito. e dentro de mim há milhares dessas palavras que não deveriam ser ditas encima da estante, detro das cristaleiras do meu coração. sufoca, e são frágeis. eu queriam que fossem embora depressa, pois ocupam espaço por demais. Porém, essa mobilia, e todo esse entulho de lembranças e cicatrizes são os tijolos de vidro que me formam. Ontem a noite cortou-me um desses cacos. contem a noite fui imune ao sangue que jorrava. ontem a noite expurguei de mim uma pequena pedra. até que enfim.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Dá licença, agora eu vou viver!

E todos esses anos trancafiada na barra das tuas calças
enquanto você dorme, eu trabalho.
E se você passa na cara, deixe estar.
meu dia chega antes de você acordar.

humilhação, dor, perseguição?

ficaram pro teu mundo, pois tudo que você faz, um dia volta pra você.
enquanto você boicota um degrau para que eu caia,
eu subo 3 onde teus olhos não podem alcançar.

Esse mundo lá fora é todo meu, velho homem. e eu vou alçar vôo antes que vovê possa imaginar.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

E sabe que às vezes eu preciso?

Preciso.

P-R-E-C-I-S-O.


Preciso do cheiro do mar e da sensação de maresia corroendo. Corroendo os móveis antigos e escassos da casa de praia, e corroendo as dores do coração também.
Preciso de um violão a tira-colo pra me acompanhar nessa solidão gostosa e inspiradora.
Preciso lembrar com saudades do sorriso da minha morena; Olhar o céu azul-marinho e estrelado, e ao invés das noites de insônia, enxergar apenas poesia imaginando que cada estrela reluz o brilho dos olhos dela, que de tão meus, me perco como nos corredores da minha própria casa.
Preciso de um reggae, que no meio da madrugada, nessa selva de concreto e pedra me leve a transcender energias positivas.
Preciso de renovação espiritual, através da natureza.
Preciso me encontrar, me achar, olhar o horizonte. E nesse horizonte, me encontrar com Deus e suas belezas, que cada vez mais passam despercebidas aos nossos olhos, devido a esse cotidiano louco e apressado em que vivemos.
Preciso do amor da minha mãe, da força e astúcia do meu pai. Preciso da doçura e da delicadeza da minha tia, e preciso da perseverança da minha irmã. Preciso do cuidado e dos conselhos de Alinny, preciso do amor e do colo de Céu. Preciso das besteiras de Grau, e do som e da magia de Reuel. Preciso sabe?! Preciso ouvir o som gostoso da voz de Fábio quando me chama carinhosamente de “neguinha”, Preciso ver os olhinhos lindos de Ailma brilhando pela minha chegada, e a risada gostosa de Rodrigo junto com a minha. Preciso da ternura de Wellthon, e preciso da May, orgulhosa de mim, me abraçando e me chamando de “baby”. Preciso também das tendências modernas da Lú, e do espírito mundano e estrangeiro de Brayner. Preciso beijar o chão do meu lugar, a mão dos meus avós. E cada uma dessas necessidades me formam. Fomentam cada vez mais essa minha sede de sempre querer mais. Mais o bem de quem está ao meu lado, e de quem não está também; querer orgulhar mais, crescer mais, amar mais, viver mais.


É. É bem disso que eu preciso.
Preciso.

P-R-E-C-I-S-O.

De mar, violão, paz interior e dos meus amigos. Que são parte de mim.

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