sexta-feira, 16 de novembro de 2007

[ Intervalo. ]

esse medo.
que cresce no teu peito
e eu já não sei como contornar.
eu respiro você.
falo, bebo, como e fumo cada partícula que forma o teu ser.
mas não sei o que fazer
pra você se sentir absorvida.
eu queria te reverter
numa das camadas da minha pele
pra vê se você enxerga.
que eu sou tua. só tua.
mais tua do que minha.
e de mais ninguém.
eu choro, grito, vou de encontro ao rubro sangue que inunda meu peito;
me desdobro; me reviro ao avesso.
cada vez mais te descubro
em cada poro...
em cada pêlo.
meu amor por você cresce com os meus cabelos
e o que devo fazer
pra te sentir
segura?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Veneno. Vício. Ócio. Cio.

"...sentou-se lentamente, com um ar misterioso e um tímido sorriso de lado.
mãos nos cabelos, pernas cruzadas. Olhava para mim como que me despindo. Ou pendindo... Concerteza pedindo. Sentei-me a sua frente. Dividiamos o mesmo espaço há muito. Mas nunca desse jeito. Nunca esse desejo. Beijou-me lenta e profundamente. Senti minhas pernas tremerem e o meu coração acelerar. As palavras levemente escorregavam da minha boca até o seu ouvido, e sem perceber minhas mãos a despiam acompanhando os movimentos sutis de seu corpo. Mantinham-se em sincronia. Boca, mãos e pernas. E pouco a pouco eu reconhecia cada do seu corpo. Boca, mãos e seios. E enquanto a alma não pensa, o corpo padece. Não sabia ao certo se agradavam-lhe as carícias, mas descobria lentamente que tua pele, menina, tem veneno. Água, sal, saliva, suor; Teu corpo nu, um santuário. Teu ventre livre. Trêmulo. Árduo. Mas nunca árido. As palavras ditas pelo barulho dos nossos corpos gritavam ás paredes do meu peito. E quase. Quase..
Boca, pernas, língua, sexo. E o teu gosto ainda arde em minha boca. Veneno. Vício. Ócio. Cio. O frio da noite escura morrendo em nossos corpos nus.
o desejo ainda grita. lateja como uma ferida aberta.
Boca, peito, Mãos, Pernas; Água, sal, saliva, suor;
Veneno. Vício. Ócio. Cio.
e esse desejo de te ter nunca acaba.
nunca pára...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A metade.

A luz dos teus olhos
lançou um raio certeiro
sob meus mais doces sonhos

a minha voz
cantou teus mais lindos versos
noites a fio, esperando teu regresso.

os teus braços
pequenos e indefesos
abrigaram e esquentaram meu corpo

tua boca tatuou em meus traços
as marcas da tua alma
e hoje já não sou mais eu.

hoje sou o teu riso mais gostoso
sou tua espera;
teu braço mais forte.
tua sorte e o teu azar.

sou a tradução dos teus enigmas;
teu anseio, o fruto proibido;
a metade da maçã.
sou tua mulher, tua cúmplice; tua irmã.

e muito mais que metade.
hoje sou a outra metade.
que te deixou
completo.

Letra sem melodia.

simpática. eu?
CREA.
hoje é bem uma calúnia ou um grande blefe meu mesmo estar sendo simpática.
o mundo não foi simpático comigo.
guardo um amor encolhidinho.. amedrontado pelo monstro da saudade que insiste em assombrar minha realidade.
é injusto.
essa maldita mania de me comparar com o resto do mundo.
eu não sou igual a ninguém.
eu acho que eu não merecia. Eu só queria deitar no colo do meu amor.
pra esquecer-me de todo o resto.
toda essa lama, toda essa carga depositada pela vida em minhas costas.
me olho no espelho, não me reconheço.
cada minuto envelheço dez anos.
e do lado de fora de mim ninguém entende.
eu tinha um sorriso largo.
hoje eu tenho o traço o cansaço.
e logo eu, que espalhava flores pelos meus cabelos..
tenho o talho aberto da saudade jorrando as rubras cascatas do meu peito que sangra
por não te ter aqui.
lágrimas de água e sal.
transparentes como um cristal.
viajam por entre bites e bytes pra chegar até você.
eu só queria deitar no colo do meu amor.
será que é tão difícil assim?

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

[ Intervalo. ]

esse medo.
que cresce no teu peito
e eu já não sei como contornar.
eu respiro você.
falo, bebo, como e fumo cada partícula que forma o teu ser.
mas não sei o que fazer
pra você se sentir absorvida.
eu queria te reverter
numa das camadas da minha pele
pra vê se você enxerga.
que eu sou tua. só tua.
mais tua do que minha.
e de mais ninguém.
eu choro, grito, vou de encontro ao rubro sangue que inunda meu peito;
me desdobro; me reviro ao avesso.
cada vez mais te descubro
em cada poro...
em cada pêlo.
meu amor por você cresce com os meus cabelos
e o que devo fazer
pra te sentir
segura?

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Veneno. Vício. Ócio. Cio.

"...sentou-se lentamente, com um ar misterioso e um tímido sorriso de lado.
mãos nos cabelos, pernas cruzadas. Olhava para mim como que me despindo. Ou pendindo... Concerteza pedindo. Sentei-me a sua frente. Dividiamos o mesmo espaço há muito. Mas nunca desse jeito. Nunca esse desejo. Beijou-me lenta e profundamente. Senti minhas pernas tremerem e o meu coração acelerar. As palavras levemente escorregavam da minha boca até o seu ouvido, e sem perceber minhas mãos a despiam acompanhando os movimentos sutis de seu corpo. Mantinham-se em sincronia. Boca, mãos e pernas. E pouco a pouco eu reconhecia cada do seu corpo. Boca, mãos e seios. E enquanto a alma não pensa, o corpo padece. Não sabia ao certo se agradavam-lhe as carícias, mas descobria lentamente que tua pele, menina, tem veneno. Água, sal, saliva, suor; Teu corpo nu, um santuário. Teu ventre livre. Trêmulo. Árduo. Mas nunca árido. As palavras ditas pelo barulho dos nossos corpos gritavam ás paredes do meu peito. E quase. Quase..
Boca, pernas, língua, sexo. E o teu gosto ainda arde em minha boca. Veneno. Vício. Ócio. Cio. O frio da noite escura morrendo em nossos corpos nus.
o desejo ainda grita. lateja como uma ferida aberta.
Boca, peito, Mãos, Pernas; Água, sal, saliva, suor;
Veneno. Vício. Ócio. Cio.
e esse desejo de te ter nunca acaba.
nunca pára...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A metade.

A luz dos teus olhos
lançou um raio certeiro
sob meus mais doces sonhos

a minha voz
cantou teus mais lindos versos
noites a fio, esperando teu regresso.

os teus braços
pequenos e indefesos
abrigaram e esquentaram meu corpo

tua boca tatuou em meus traços
as marcas da tua alma
e hoje já não sou mais eu.

hoje sou o teu riso mais gostoso
sou tua espera;
teu braço mais forte.
tua sorte e o teu azar.

sou a tradução dos teus enigmas;
teu anseio, o fruto proibido;
a metade da maçã.
sou tua mulher, tua cúmplice; tua irmã.

e muito mais que metade.
hoje sou a outra metade.
que te deixou
completo.

Letra sem melodia.

simpática. eu?
CREA.
hoje é bem uma calúnia ou um grande blefe meu mesmo estar sendo simpática.
o mundo não foi simpático comigo.
guardo um amor encolhidinho.. amedrontado pelo monstro da saudade que insiste em assombrar minha realidade.
é injusto.
essa maldita mania de me comparar com o resto do mundo.
eu não sou igual a ninguém.
eu acho que eu não merecia. Eu só queria deitar no colo do meu amor.
pra esquecer-me de todo o resto.
toda essa lama, toda essa carga depositada pela vida em minhas costas.
me olho no espelho, não me reconheço.
cada minuto envelheço dez anos.
e do lado de fora de mim ninguém entende.
eu tinha um sorriso largo.
hoje eu tenho o traço o cansaço.
e logo eu, que espalhava flores pelos meus cabelos..
tenho o talho aberto da saudade jorrando as rubras cascatas do meu peito que sangra
por não te ter aqui.
lágrimas de água e sal.
transparentes como um cristal.
viajam por entre bites e bytes pra chegar até você.
eu só queria deitar no colo do meu amor.
será que é tão difícil assim?

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