sábado, 28 de março de 2009

O candeeiro encatado.

Desenho em teus traços cores com sons e palavras
Faço a melodia mais bonita.
Dou-te em buquê o sonho mais sutil.
Amo-te.
E honrada me sinto
Sempre que caminho contigo
De mãos dadas por aí
Em direção ao vasto horizonte que nos espera
Minha flor, meu amor, minha menina
Que cresce nos campos verdes de minh’alma
Anjo lépido que veio encher de luz os meus dias
Não fujas de mim
Não te afastes
Acendas sempre o candeeiro encantado com o querosene da felicidade
E o fogo da realidade
Não me deixes

quinta-feira, 26 de março de 2009

Signo de câncer.

é uma dor aguda
típica dos cancerianos
é, eu não sei.
não sei lhe dar as vezes com esse mundo todo.
carros, buzinas, pessoas apressadas
e depois de ferido
tudo que eu queria
era essa minha carapaça.
me esconder mesmo.
pra chorar baixinho
pra deixar sangrar
aqui dentro.
sem os olhares alheios,
sem os ombros amigos.
eu e a minha alma
dentro dessa carapaça
que protege quando preciso.
pra sangrar,
pra chorar
pra morar,
mergulhar
dentro de mim.

O lamento das marés.

e quando as marés reclamam o gosto salgado dessas águas. o que fazer?!
eu não sei. vou esperar.
esperar pra ver no que dar.
esperar na pedra dos navegantes o teu olhar perdido no horizonte me encontrar.
se me encontrar eu não sei se fica ou se foge
se escapa pelos meus dedos.
e se não encontrar será que me tens na memória?!
essa canoa que me leva nas ondas
à deriva para o nada
para o norte
para as águas de yemanjá.
quem sabe assim, um dia ouvindo o canto meu, de sereia que sou
te trago de volta. sem redes e arpões.
livre e lépida ao meu redor
nadando para a beira mar.

Duo. - Ou, a valsa do egoísmo.

sentir a fúria dos mares
beijar as feridas abertas
me alimentar desse sangue
entrar por teus poros
viciar-te, envenenar-te
roubar-te as horas
tomar-te o tempo
ver-te, ser-te, comer-te e viver-te
só para mim
e para ti o meu ser completo.
apenas um espelho de nós
apenas nós dois à sós
naquele quarto
naquela cama
no clarear desse novo mundo
no proceder dos corpos
nesses movimentos nossos
únicos
indeléveis.

domingo, 22 de março de 2009

Redenção.

o meu canto
é um grito seco
cansado
de tanta banalidade, de tanto descaso.
a minha voz é rouca
de tanto chamar
de tanto ser mensageira
de tanto emprestar
minha alma rpleta de chão
em forma de palavras e música
para que as pessoas esquecidas possam ter voz.
voz ativa, grito, dor, amor
eu estou rouca
e já não há mais voz.
o que há é um conjunto
de todos aqueles
que cantam
por minha
voz.

Sonhando.

essa aura de sentimentos coloridos me chamam; me invadem como um pôr-do-sol. lindo e em tons pastéis. sinto-te cada vez mais perto. sinto-te cada vez mais dentro de mim. e é engraçado como se tornou fácil tirar os sonhos do papel, posto que tenho o mais importante: uma idéia na cabeça, e o seu amor no coração. Metade das pessoas que me rodeiam, dizem que a loucura me permeia ou talvaz a inconsequência (que alguns e eu inclusive, chamo de coragem.); mas ter ido ao teu enontro. ter deitado em seus braços, sentir o teu beijo, tua entergia, teu amor foi tudo aquilo que eu precisava para dar vida a essa certeza que cresce todos os dias dentro de mim. brota do meu peito, como uma flor por entre as pedras esse cuidado, esse carinho, essa delicadeza doce que trouxe teu sorriso pros meus dias. e já não sei mais viver sem isso. já não sei mais caminhar só. sair de mãos dadas sem rumo, conversar a beira do rio, olhar o navio atracado, saber da tua infância, dos teus dias, das tuas aligrias e tristezas.. não houve coisa mais linda e mágica. e já não me sinto segura quando não tenho tua mão guiando a minha. naquele exato momento, senti que poderia vir uma tempestade, um tnsunami, um terremoto, um furacão; mas cruzariamos as águas, de mãos dadas. seriamos nós para-ráio de nós mesmas protejendo uma á outra e ficariamos nossos pés ao chão num abraço. o sol aqui ja se põe, fim de tarde. e todos aqueles sonhos doces de rotina voltam a minha mente. esquentar os pães, fazer teu café, o chá de alho e limão pra curar tua gripe, o brigadeiro de domingo para os bons filmes que iremos ver, dobrar teu jeans, lavar a louça... receber os amigos, tocar pra você dormir, dar nossa cara a essa casa que será nossa; nosso lar. nosso refúgio para esse mundo louco que insiste em nos separar. eu quero tanto, eu sonho tanto, e corro tanto pra todo lado pra tentar tirar esses sonhos do papel. e será que será?! eu não sei. mas a minha única certeza é que eu quero. eu quero teu jazz, eu quero teu blues, eu quero teu samba, eu quero tua harmonia pra por ordem na minha vida. eu quero tuas mãos do lado das minhas, eu quero te esquentar, eu uero te protejer, eu quero cuidar de você, eu quero te absorver. eu quero respeitar teu espaço, eu quero nunca invadí-lo sem tua autorização; eu quero te apoiar nas tuas escolhas, assinar em baixo das tuas decisões, te aplaudir de pé nas tuas causas, te ajudar a levantar nas tuas quedas; eu quero e te amo pelo que tu és minha vida, e nunca pelo que eu um dia poderia almejar que tu fostes. eu amo teus defeitos, tuas qualidades, a cara de sono, o jeito de dengo, a preguiça na cama, a camiseta rasgada, a bemuda florida de dormir, sem óculos de manhã e os cabelos bagunçados por entre os meus cabelos. os cigarros após o café da manhã, a cachaça, as broncas, as discurções. quero lutar por teus ideais, quero fazer parte da tua ideologia, tuas orações. o futuro à deus pertençe, mas meu único norte e desejo maior, é esse. é habitar teu mundo, e tirar esses nossos sonhos do papel.

Ensaio sobre o meu coração.

meu coração.
vil cristal guardado na couraça de um carangueijo metálico.
mero soneto de um poeta que esqueceu de nomear.
badulaque sutil ornamentando sonhos, desejos de ser um só.
de ser inteiro.
guardando uma coragem de rei
uma fotografia na estante
chão de estrada, sol a pino
meu pequeno coração é nossa casa
e nela não cabe tudo não.
cabe um colchão
o nosso desejo
e um amor
que nos alimenta.
essa casa é pequena.
não cabe três.
é cama de par,
dois;
pra na sequência
toda noite
sermos ímpar
sermos uma.
só.

sábado, 21 de março de 2009

Carta à Sergipe.

Eu preciso.
Preciso dessa felicidade interiorana urgente. Preciso do beijo morno da minha preta, preciso do ribombo do tambor de couro-de-gato, preciso do chuá do ganzá, preciso da proteção do afoxé e do balanço daquele samba.
Eu preciso.
Preciso dos risos dos novos amigos, preciso do som que sai da alma amiga do branco curumim, menino rei das matas, que de mim retirou a voz;
Preciso desses sorrisos, dessa cachaça que mata minha sede, desse cigarro que deixa o amargo-doce gosto de quero mais em minha boca.
Foi por um amor que conheci o paraíso, entrando na floresta de encantos doces e latentes; Me vi nas águas dos teus rios, senti-me em casa por caminhar em teus vilarejos. Amor gera amor sempre de alguma forma. E na mala eu trouxe amor m dobro, de volta.
Daqui, dessa selva de concreto e fumaça, Sergipe, eu te digo: Eu anseio voltar, pois em teu seio de encantos, índia morena, mata fechada, achei meu lugar.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Para nosso amor.

Olhar você nos olhos,
Ter teu abraço,
Beijar-te, tocar-te, sentir-te até sermos
Uma.

Respiro com todas as ramificações dos meus pulmões
Sinto você preencher-me
Completar-me
Como nunca antes tivera acontecido.

Sorrio-te
Mostro-te em meus dentes largos
Reluzo-te
No brilho dos meus olhos castanhos

E agora, tudo é mais por amar-te
Felicidade existe por tua beleza
E meu simples ser
Existe por estar,
Morar em ti.

Amo-te
Desejo-te
Quero-te todos os dias;
Os beijos mornos, os cigarros, a cachaça
Os abraços, os “te amos”, na nossa cama.

E nunca quis ter nada antes
Nunca quis tanto estar
Nunca quis tanto ser
Nunca quis tanto mudar

Para em ti ser toda
Para em mim ser melhor; (morada)
Para o nós
E o nosso amor.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu, não!

Eu?! eu não!
esse negócio de entregar os pontos, assim? né comigo não meu senhor.
eu sou mulher, brasileira, filha de Ogun com Oxóssi! um é o deus da guerra; e o outro?! ah meu senhor, o outro nunca atirou uma flecha pra errar. senhor da mata e caboclo que guia meus caminhos. o outro, deus da guerra, valente me faz mais forte com sua couraça e me honra nas minhas batalhas.
o senhor acha mesmo que protegida por eles e por deus eu desistiria dessa batalha?!
eu não.
porque fé não é um negócio que se não vende na feira do troca.
malandragem não se aprende na escola não, e como já dizia um mestre:"-malandro é malando, mané é mané."
ninguém é bobo doutor. e eu sou ligeira.
eu? eu não!
eu é que não vou deixar minha vida passar pela janela, escorrer pelos meus dedos e virar vazio e solidão moço.
eu faço cada tragada de ar que entra pelo meus pulmões valerem a pena, quando dá levo na cadência de um samba. e quando não, toco um blues pra sangrar a dor que rasga o peito.
dor, porque é muita coisa errada doutor. é muita merda, muita sujeira, muito tiro no pé doutor. é muito preconceito, ´muito desrespeito, é muita ignorância doutor.
mas se você quiser saber se eu fico que nem "zé buceta" vendo minha cultura sendo massacrada por esse bando de branco que chegou numa terra habitada que eles acham que descobriu, se eu fecho o olho pra toda essa gente de bem que morre por causa de despreparo policial pra tirar bandido da favela, sim doutor, porque quem mora na favela também é gente! acho que da sua varanda com vista para o mar não dá pra enxergar as crianças brincando nas ruas, os vizinhos conversando na calçada, os moleques jogando bola na rua, e o dominó, que rola junto com uma batucada na esquina. dá pra ver, doutor?! e aí, ao invés de pegar quem mata essa polícia de merda mata um monte de gente inocente e quase sempre os bandidos de verdade ficam impunes, porque se for pra fazer guerra os "dono do morro" são mais bem armados que a polícia! e o senhor fica daí, da sua varanda com vista para o mar. Dentro de um terno e uma gravata, de barba feita, sono bem dormido e achando que por que eu num tive essa condição de intrução que o "sinhô" teve eu fecho os olhos pra tudo isso. cadê tudo que o "sinhô" prometeu? não é seu filho que morreu com uma bala perdida doutor, não não é na sua casa que falta comida, quando sinô passa mal doutor, o "sinhô" tem um plano de saúde. enquanto eu nem cono nos meus dedos quantas pessoas aqui já perderam um parente, um vizinho, um amigo numa fila de hospilal. o "sinhô" pensa mesmo, doutor que eu fecho os olhos pra isso doutor?!
eu não.

terça-feira, 10 de março de 2009

Texto proibido as amigas do meu amor.

Eu não sei o que me move... Está quase tudo perdido, mas uma esperança inabalável de que tudo vai dar certo me invade. Eu não vou desistir. Não quero desistir de você, de nós, do nosso amor, de tocar na sua mão, de rir com você, de tocar aquela canção. “acabou chorare, ficou tudo lindo de manhã cedinho...” O medo aqui fez bú! Bú de bubú, de bubú gotoso, bubú de me dar friozinho na barriga, medinho ficando grandinho, mas eu ganhei um abraço... abraço do meu amor, abraço de amor que me fez rir numa conversa gostosa com a minha mãe; vendo ela “toda toda” querendo conhecer a nora; e eu toda boba, falando cheia de orgulho, das virtudes, das qualidades, dos defeitos e das gostosuras que é amar um bubú. Só eu sei só eu sei. Mamãe quer conhecer, fazer almoço aqui em casa, tomar cerveja e fazer batucada. Ê! Obrigado Deus! Eu tenho um bubú, um bubú que me dá bom dia, que me dá dengo, que me faz carinho, que com seu “Power amor” faz o medo ir pra bem longe, onde os sapos cantam na lagoa. Mamãe olhou pra o meu sorriso e disse: “-você vai pra longe, atrás de alguém que você gosta muito, NE minha filha?! E eu disse: “-Talvez mãe. As coisas tão querendo dar errado, mas se Deus quiser, eu vou atrás da mulher da minha vida. ”Ela me abraçou, deu xêro de mãe. Rimos juntas, trocamos firulas de nossas vidas cotidianas. Ela aprendendo comigo, eu aprendendo com ela. E o amor?! O amor é isso. Desde o bubú até o colo gostoso da minha mãe. E esse querer bem não passa, não pára... é uma miragem, em meio ao Dakar; e eu vou em frente. Eu não paro, eu não paro...

Agradecimento.

Deus eu sabia. EU SABIA QUE O SENHOR ERA FODA. com "PH" e dois "D". muito obrigado. o senhor não faz idéia da minha gratidão.

não é tão longo quanto a preçe, mas lá de cima o senhor tá vendo o meu sorriso. essa daqui é curtinha, mas é de coração.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Carta à Deus.

Deus, eu nunca fui muito de bater papos com o senho ou tá pedindo mil coisas não. eu sou uma filha beeem mais ou menos, mas eu sei. sei mesmo que o senhor existe, e eu agradeço. agradeço muito o senhor ter posto as artes na minha vida, meu dom de cantar, as palavras, os instrumentos, a saúde e a boa vontade de ajudar as pessoas ao meu redor.Agradeço de verdade tudo isso e mais um pouco pela mãe absurda que eu tenho e a minha família que não é tão legal mas é minha. mas eu vim aqui te escrever, por outro motivo. esse ano de 2009 o senhor me deu um presente, que eu acredito que já tinha me dado antes, e só faltava achar porque ele (o presente) estava perdido no mundo. solto, e longe de mim. Só que recentemente eu achei esse presente, e é ele o que mais eu tenho a agradecer o senhor. o presente na verdade é ela e eu serei eternamente grata todos os dias da minha vida por ter a achado. ou melhor, ter captado os sinais dela. Deus, existe um pequeno problema de distância territorial entre nós mas mesmo asssim, no mais somos bastante felizes. Eu agradeço pela pane da vivo, por ela ter me achado no leskut, por ela ser linda, das artes, por ela ter um bom gosto absurdo, por ela sentir ciúmes da minha única saia jeans, por ela acordar de TPM, por ela ser estressadinha com o msn e o skype que muitas vezes pela minha conexão (também agradeço pela conexão deus, mesmo não sendo minha e nem das melhores) não colaboram pra que agente se fale, por ela estar nesse exato momento ansiosa, me esperando, ansiando tanto quanto eu essa minha viagem e com tanto medo que não role quanto eu. Mas deus, eu resalmente acredito no senhor. eu acredito mesmo que o senhor não colocou agente na mesma estrada em vão. acredito muito que o senhor tenha um motivo para tanto amor nascer e transbordar agente num sorriso. e deus eu tô aqui pedindo, declaradamente, que por favor. Deixe com que agente se veja como agente planejou vá! o senhor quer que eu lute?! eis-me aqui, nos 42 do segundo tempo. indo pra todos os lados, correndo pra todos os cantos, usando todas as possibilidades. acho que nunca te pedi nada com tanta vontade deus. o senhor sabe o quanto é importante pra mim, o quanto é importante pra nós, o quanto isso vai fortalecer o amor que o senhor deu para nós de presente. eu acredito que milagres possam acontecer deus, nem é tão absurdo e estupendo quanto transformar água em vinho. mas deus, deixa eu te confessar: esse é o texto mais sincero de todos aqui, e isso não é só um escrito; é uma oração deus. ouve minhas preces. deixe que eu vá até o meu amor. eu prometo, que talvez eu não seja a melhor filha, nem a primeira da lista das beatas. não, o senhor não me deu talento para ser canonizada. mas eu seria a filha mais feliz do mundo.

domingo, 8 de março de 2009

Sobre o passado.

O passado costuma voltar
é engraçado, como entrar num café.
sentar, acender um cigarro, e ler o jornal de vinte anos atrás;
mas os tempos são outros.
minha vida agora é outra,
e eu tenho apego a minha realidade gostosa no presente.
trabalho, pago minhas contas, amo a minha mulher
e quer saber do que mais?!
tenho preferido a contemporâniedade de leminski do que os "happy ending programados" do clarck gable.
eu quase não escrevo mais em cadernos amarelados com capas feitas por mim, aboli o whisky da minha vida, e sou bem mais centrada. pena que você não perceba. nunca perceberá. mas quem divide o mesmo chão comigo sabe que o tempo passou, a correnteza mudou seus cursos, e eu, principalmente esse meu "eu" mudou a direção. já não lembro de muita coisa, mas ainda lembro. mas é como olhar um álbum de retratos que se olha e se guarda numa gaveta. não queira mais do que isso dos acontecimentos passados. eu gosto de viver meu presente. não pretndo olhar pra trás.

sábado, 7 de março de 2009

O primeiro tiro.

Como você se sentiria se você não tivesse casa?! Não digo o imóvel que agente passa quase a vida inteira pagando com juros e correções monetárias para adquirir. Mas falo casa no sentido de família, de colo, de aconchego fraternal. Aí eu sei que você, que lê, vai dizer: “oras, nem sempre família é aquela que é consangüínea. Família pode ser nossos amigos, por exemplo.” Mas como se fazer quando até mesmo os amigos mais próximos estão longe?! Não é um clichê barato de metade dos adolescentes da minha geração que quando brigam com os pais se revoltam com o mundo. Bem que eu queria que fosse. Seria mais fácil. Bem mais fácil. Eu sei que os problemas da humanidade e até o aquecimento global pode ser uma preocupação bem maior e um problema bem mais caro e expressivo do que essas minhas feridas, mas é que são os meus problemas entende?! Só eu sei a dor que é olhar pra trás e ver que ninguém te espera. Eu sou literalmente filha do nada, e eu não sei como lhe dar com isso. Aí você me diz: “ah, deixe de ser mal-agradecida, você tem uma mãe, uma irmã e uma tia, aí bem pertinho de você.” É. Eu tenho. Uma irmã que ao invés de crescer regride ao ponto de não resistir ver vistas em casa e começar a dar aqueles showzinhos baratos de criança mimada que dá escândalo no shopping porque a mãe não comprou a nova edição da Barbie. O que inclusive me priva de trazer visitas a minha casa por conta do constrangimento que se gera na situação. Aí tenho uma tia que desde os meus 3 anos de idade eu acho, é doente mental e sempre usou de certos artifícios constrangedores para tentar fazer refém a minha casa. Durante anos ela comprou compainha (sem as aspas, isso é bem literal), só que agora eu me dei conta disso, e não tenho doze anos de idade pra aceitar propostas irresistíveis da boneca mais cara do ano que fala e anda a troco da minha alma. E a minha mãe, é realmente a única pessoa da qual eu tenho pena nesse meio. Porque não que ela não tenha defeitos, Mas nesse mar de agressões, de palavras mordazes, e condenações, ela está no meio. Imagino o quanto deve ser difícil de ver que lar que você construiu, e o ideal de família que você teve não vingou. A ela eu dediquei todo sempre os meus sentimentos mais puros, inclusive, muitas vezes milhas lágrimas por não conseguir ser o que ela queria que eu fosse. O clima desse local onde eu vivo é denso. O ar é tão pesado quanto uma bigorna nas minhas costas. Porque eu não consigo mais engolir. Eu não sei mais abstrair, e há um ser - humano machucado por conta disso. As vezes eu acho que o melhor e mais sensato a se fazer é sair. Mas sair significa abandonar o barco antes do naufrágio; abandonar, inclusive a minha mãe que eu tanto amo. E ficar, significa uma abstração na qual eu não posso mais, infelizmente fazer. Porque há muito tempo eu sigo essa estrada de “faltas de rédeas” na minha irmãzinha mimada que tem 17 anos mas idade mental de doze, por ela sempre ter sido a “filha superior” por ter estudado, não ter reprovado nunca de ano, e viver em baixo das saias da minha mãe até sair da farsa de “evangélica”. Depois da queda dessa máscara ou capa, ela revelou quem sempre foi, só que agora a minha mãe não tem mais condições físicas e mentais pra dar doses de realidades de choque para que ela acorde. E tudo fica assim; estático. Somos 4 e nos olhamos como estranhos, numa mesma placenta. Uma trabalha, e a outra vadia; eu tenho trabalho, e minha tia tenta comprar os mais próximos. Talvez eu até seja injusta, ou muito seca, e ríspida nisso tudo aqui, mas me entenda. Eu tenho medo de me lançar no mundo simplesmente por um motivo. Quando um barco vai a deriva ele não pode voltar, pois não tem cais. Para onde eu iria se o plano “A” desse errado? É uma roleta russa. E eu estou prestes a dar o primeiro tiro.
*Eu respiro você, meus pulmões estão cheios dos seus 'eus'. O seu jeito de ser me entontece, me enlouquece..Todos os dias, nessa vida, eu desejo ser sua.Não há um só instante, individualmente ou coletivamente vivido que eu não sinta a sua presença ao meu lado.Dividimos o mesmo chão , a mesma força. A minha real riqueza são suas escolhas, o meu maior mérito é a sua existência Um momento único, o tal encontro, a tal descoberta, o tal desafio. Nossos semblantes ás escuras nos fazem acreditar que essa vitória é duplamente conquistada, energizada, mas na realidade há um só vencedor, cansado, porém satisfeito por sair ileso dessa cruel e prazerosa batalha.
O nosso amor, ele mesmo, que já nasceu com tanta garra, com tanta força de vontade, e que mesmo com todos os golpes e trapaças dessa vida, conseguiu se glorificar, se destacar e gritar bem alto: -"Eu sobrevivi, eu venci, vejam vocês.
Agora a conquista maior eu deixo pra vocês, permitam que essa minha vitória..seja eterna.'


*presente lindo que ganhei.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Respeito x Harmonia.

A essência de todas as coisas está no jeito que se constroem elas.e acho que não é do jeito de querer construir perfeito que eu falo; mas sim do jeito livre de construir morada na alma de um ser humano, ou em qualquer lugar que se divide com outro indivíduo respeitando o espaço e as condições humanas do mesmo. Mas essa palavra me inquieta e às vezes até me incomoda um pouco. “respeito”. Se você me perguntar agora, o significado dessa palavra eu não saberia te dizer. Eu não sei o que é respeito ainda, pretendo muito descobrir um dia. Mas apesar de não saber o que é esse tal respeito que as pessoas cobram, eu conheço uma coisa que descobri dentro de mim chamada “harmonia.” E é como reger uma orquestra sinfônica de dentro de uma câmara acústica para um estádio de futebol lotado ao redor dela. E essa harmonia me faz querer com que as pessoas que me cercam se sintam bem ou sintonizem-se na mesma vibração de sentimentos bons que eu estou. É como uma cadeia de coisas boas que alguém, até mesmo uma criança desconhecida que passa na rua, derrama sobre mim, quando me solta um sorriso por uma brincadeira boba. E o prazer de ver o outro ao meu redor sorrir, faz com que eu queira passar isso adiante. E derramar sobre um conhecido ou um estranho essa mesma sintonia , essa mesma vibração, essa mesma energia ou até mesmo o conforto que pode se dar quando um sorriso, um carinho ou uma palavra de atenção ou cuidado é lançada da nossa boca pra mudar a vida de uma pessoa. Sim, eu acredito que as palavras tem o poder de mudar a vida de um ser humano para melhor ou pior. O meu bem mais preciso e precioso nos dias de hoje se constitui de palavras. Não que o amor que eu sinto ou recebo não sejam reais, mas infelizmente por uma questão territorial que não me permite que eu esteja do lado da mulher que eu amo, cuidando dela ou a protegendo, mas ainda sim, nosso amor é alimentado de palavras verdadeiras, e acredite, elas mudam minha vida todos os dias. E acho que não há coisa que me deixe mais triste do que a violação dessa harmonia.E acho que não há coisa que me deixe mais triste do que a violação dessa harmonia. O mau uso da palavra e o abuso do espaço alheio. Isso realmente me entristece. E eu reclamo. Reclamo quando o meu espaço for violado. Aprendi a levantar a voz quando o mal uso das palavras ao meu respeito me violenta tanto quanto um tiro ou uma facada. Acredite. palavras venenosas e mordazes saidas de uma língua suficientemente afiada são como facas, balas e flechas em apenas um alvo. Rentes e precisas elas realizam sua função de execrar, oprimir, ferir, ou desmoralizar sem dó. Isso definha um ser humano e é triste ver que essas línguas afiadas estão à solta por aí pelo bel prazer de violentar o ser humano em sua existência. A que ponto fomos chegar?! quando me fiz essa pergunta recusei-me a fazer parte disso. e fui dentro de mim buscar o significado dessa palavra, o tal do "respeito" nos meus arquivos de vivência, já que uma das pessoas mais amada por mim questiounou-me que eu não à respeitava. nas minhas memórias, encontrei um respeito gélido, gerado por uma criação errônea e abusiva. um respeito adiqirido por gritos e pancadas de um pai marchista. Pra mim, hoje, o nome do que eu sentia por ele era medo, e no dia que ele puxou-me o cinturão e eu resisti calada a cada golpe de dor que eu sentia, de cabeça erguida e sem reclamar, esse "respeito" foi-se (graças à deus, diga-se de passagem). acho que medo é medo, e respeito deve ser outra coisa. eu tinha medo dos dois apesar de ter um imenso e maior carinho pela minha mãe, pela mulher linda, íntegra e lutadora que ela foi (batalhou esses anos todos para crir duas filhas sozinha sem ter que se submeter à nenhum tipo de capricho ou humilhação de um marido que a traia, que diga-se de passagem a atitude dela não foi uma das mais lindas quando ela descobriu que o mesmo o fazia, mas me orgulha muito até hoje, simplesmente pelo fato de ao invés de ter ido chorar pelos cantos da casa, arregaçou as mangas e ergueu a cabeça, tirando aquilo que a feria da vida dela de uma vez.). mas depois de crescida, também não senti mais medo. esse medo foi se transformando numa coisa inexpicávelmente linda e forte, que foi muito além dos laços consanguíneos que já me fazia amá-la. ele se tornou aquele sentimento de 'harmonia" que eu havia falado no início. E essa falta de medo, de dedos pra chegar até a ela, de ter que ter modos e tatos por medo de acabar "desrespeitando" foi que me fez chorar como uma criança de 5 anos de idade, ouvndo o desabafo sofrido dela. e a dor dela me violentou. me dilaçerou, picotou meu coração em pedaços. No final, ela perguntou a mim se eu a respeitava. eu não soube responder. talvez ela se desaponte, por eu não saber o que significa esse tal "respeito", ou por ter o perdido, pois medo eu já não tenho. Mas sinceramente?! hoje eu aprendi a amá-la além do que me competiria como filha. eu a amo pela mulher que ela foi, que ainda é. a mulher que eu admiro, e que me espelho como um referêncial de carater e postura dentro desse mundo deslúcido em que vivemos. E entre esse tal "respeito" e a "harmonia" que me ensinou a aceitar e amar as pessoas pelo que elas são de verdade, eu prefiro a segunda.

quinta-feira, 5 de março de 2009

7 dias.

Eu sei que eu não vou à escola
Mais eu gosto, gosto muito de você, de você, de você...
de vocêeeee

mutantes - ainda vou transar com você(ouvindo loucamente agora).



*amor, pra você ó. eu sei que não vou a escola, mas eu gosto, gosto muito de vc. eu ainda não entrei na faculadade mas eu gosto gosto muito de vocÊ. eu ainda não consegui terminar meus projetos, nem ganhar muito dinheiro, sou um réls estagiária da prefeitura e aprendiz de artista (que pretensão!) mas eu gosto, gosto muito de você, eu mega quero litros que vc alimente essa que eu ainda vou transar com você (eu espero que em breve! hohoho), mas eu ainda sou mortal, não sei fazer sexo tântrico, e sou desengonçada pra caralho, ainda não consegui ser o que a minha mãe queria pra mim, não consegui ganhar na mega-senna nem no bingo do colégio, mas eu gosto muito muito de você. Eu acordo de cabelo escrotamente bagunçado, feia como toda boa mulher se acha quando se olha no espelho ao ato de acordar, com voz de monstro mas eu gosto. gosto pra caralho. e me esforço pra mudar essa compacta lista de defeitos resumidos que são muito meus e vou logo te a visando. eu também tenho tpm, não sou simpática o tempo inteiro e gosto muito do meu silêncio as vezes. Tu me ama mesmo assim?! tu não vai ver se tem mais mulher no estoque e não vai me devolver pra loja não?! eu sou um briquedinho com defeitos de fábrica, mas você pode me ajudar a consertar eu sei disso. e é por isso que eu vou passar oito horas dentro de um ônibus, e esperar mais ou menos mais umas quatro horas pra poder abrir a porta da casa da sua amiga pra você quando você chegar do trabalho com frio na barriga e parar estática no portão ao me ver. ontem você me perguntou se eu não tinha medo desse encontro nosso, e eu te digo: eu tenho. tenho até mais que você. tenho medo que você veja meu lado podre e corra. tenho medo que você me ache feia, magrela demais, que você me ache chata e mal-humorada, mas mesmo assim eu vou. vou porque como eu disse o texto inteiro e os mutantes cantam loucamnete aqui no meu ouvido, eu não faço nada, não vou a escola, não sou o que eu queria ser, nem o que os outros queriam que eu fosse, mas eu tô por aqui, e vou até aí com medo de viajar sozinha para o lugar mais longe de pernambuco que eu já fui na minha vida inteira, porque eu gosto gosto muito de você.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Eu. - Por eu Mesma.

Lascívia.

Despida.
de roupas, pudores, timidez e de todas essas coisas que atrapalham.
no escuro.
lascívia e pecadora
deixo que tu crave tuas unhas vermelhas em minha pele morena.
deixo que violes os meus ouvidos conteus murmúrios
e sinto umidade a mais no ar..
meu suor se mistura com tua saliva
a música toca lenta e sensual.
faz plano de fundo; é quase a teia para nos amarmos.
serve de cama, colchão e conectivo.
mordes a minha boca enquanto o mundo gira em um fechar de olhos
puxo cabelos, reviro as gavetas da minha alma, seguro os lençóis
enquanto apenas respiras e brincas de me enlouquecer.
e derrepente as pernas tremem,
o ventre ferve
o mel escorre como meu sangue pois acabo de morrer
pra renascer novamente
amanhã de manhã.

domingo, 1 de março de 2009

Sinais.

Eu sou assim
Qualquer coisa tua, uma lembrança do não-vivido
Uma lágrima de felicidade
Um eco na claridade

o instante que se tocam pela primeira vez, as mãos;
um desejo contido
um arrepio
paixão febril

(refrão 2x)
e tudo era reconhecer
aceitar teus sinais
te receber

amar-te à mim
é bem mais que tudo
é meu sorriso de contra o vento
te encontrar no beijo mais puro
desafiando o resto do mundo

é ver nos teus olhos tudo aquilo ue um dia eu sonhei pra mim;
é seguir em frente
pra ter-te sempre
até o fim

(refrão 2x)

A hora da estrela.

eu não deixo, eu não largo, em nenhuma dessas vidas que puderem existir.
*Uma estrela cai lá fora e apenas um pedido pula de meu inconsciente.
Aquele que mora além da minha memória
É mais vasto do que os meus olhos podem alcançar.
Uma miragem real,
A concretização de um sonho.
Você, vestida de luz
Trazida pelos ventos
Na beira do mar
Para mim.
Desabrocharia nosso amor dentro de uma concha.
Navegáramos os sete mares do desejo
Noites a fio
Auroras raiariam
E o mundo já não nos importaria.
Viveríamos disso
Morreríamos disso
E aquela estrela, saberia que naquele momento,
Não caiu envão.

Domingo.

Brincadeiras gostosas de dengo
Quatro da tarde;
Bichinho colorido que me veio visitar
Correu pela casa, bagunçou os meus livros
Rabiscou meus desenhos
E pintou as paredes do meu mundo de tranqüilidade.
Os tons pastéis, as cores brandas;
Tirou-me as armas das mãos e pôs girassóis em seu lugar.
Cá estou.
E os mistérios que me inebriam na comainha desse serzinho me encanta.
Não tem nome nem idade
Não tem casa nem documento
Seu pai é o amor
Sua mãe é a bondade.
E o nome do passarinho verde?!
O nome desse serzinho é paz.

sábado, 28 de março de 2009

O candeeiro encatado.

Desenho em teus traços cores com sons e palavras
Faço a melodia mais bonita.
Dou-te em buquê o sonho mais sutil.
Amo-te.
E honrada me sinto
Sempre que caminho contigo
De mãos dadas por aí
Em direção ao vasto horizonte que nos espera
Minha flor, meu amor, minha menina
Que cresce nos campos verdes de minh’alma
Anjo lépido que veio encher de luz os meus dias
Não fujas de mim
Não te afastes
Acendas sempre o candeeiro encantado com o querosene da felicidade
E o fogo da realidade
Não me deixes

quinta-feira, 26 de março de 2009

Signo de câncer.

é uma dor aguda
típica dos cancerianos
é, eu não sei.
não sei lhe dar as vezes com esse mundo todo.
carros, buzinas, pessoas apressadas
e depois de ferido
tudo que eu queria
era essa minha carapaça.
me esconder mesmo.
pra chorar baixinho
pra deixar sangrar
aqui dentro.
sem os olhares alheios,
sem os ombros amigos.
eu e a minha alma
dentro dessa carapaça
que protege quando preciso.
pra sangrar,
pra chorar
pra morar,
mergulhar
dentro de mim.

O lamento das marés.

e quando as marés reclamam o gosto salgado dessas águas. o que fazer?!
eu não sei. vou esperar.
esperar pra ver no que dar.
esperar na pedra dos navegantes o teu olhar perdido no horizonte me encontrar.
se me encontrar eu não sei se fica ou se foge
se escapa pelos meus dedos.
e se não encontrar será que me tens na memória?!
essa canoa que me leva nas ondas
à deriva para o nada
para o norte
para as águas de yemanjá.
quem sabe assim, um dia ouvindo o canto meu, de sereia que sou
te trago de volta. sem redes e arpões.
livre e lépida ao meu redor
nadando para a beira mar.

Duo. - Ou, a valsa do egoísmo.

sentir a fúria dos mares
beijar as feridas abertas
me alimentar desse sangue
entrar por teus poros
viciar-te, envenenar-te
roubar-te as horas
tomar-te o tempo
ver-te, ser-te, comer-te e viver-te
só para mim
e para ti o meu ser completo.
apenas um espelho de nós
apenas nós dois à sós
naquele quarto
naquela cama
no clarear desse novo mundo
no proceder dos corpos
nesses movimentos nossos
únicos
indeléveis.

domingo, 22 de março de 2009

Redenção.

o meu canto
é um grito seco
cansado
de tanta banalidade, de tanto descaso.
a minha voz é rouca
de tanto chamar
de tanto ser mensageira
de tanto emprestar
minha alma rpleta de chão
em forma de palavras e música
para que as pessoas esquecidas possam ter voz.
voz ativa, grito, dor, amor
eu estou rouca
e já não há mais voz.
o que há é um conjunto
de todos aqueles
que cantam
por minha
voz.

Sonhando.

essa aura de sentimentos coloridos me chamam; me invadem como um pôr-do-sol. lindo e em tons pastéis. sinto-te cada vez mais perto. sinto-te cada vez mais dentro de mim. e é engraçado como se tornou fácil tirar os sonhos do papel, posto que tenho o mais importante: uma idéia na cabeça, e o seu amor no coração. Metade das pessoas que me rodeiam, dizem que a loucura me permeia ou talvaz a inconsequência (que alguns e eu inclusive, chamo de coragem.); mas ter ido ao teu enontro. ter deitado em seus braços, sentir o teu beijo, tua entergia, teu amor foi tudo aquilo que eu precisava para dar vida a essa certeza que cresce todos os dias dentro de mim. brota do meu peito, como uma flor por entre as pedras esse cuidado, esse carinho, essa delicadeza doce que trouxe teu sorriso pros meus dias. e já não sei mais viver sem isso. já não sei mais caminhar só. sair de mãos dadas sem rumo, conversar a beira do rio, olhar o navio atracado, saber da tua infância, dos teus dias, das tuas aligrias e tristezas.. não houve coisa mais linda e mágica. e já não me sinto segura quando não tenho tua mão guiando a minha. naquele exato momento, senti que poderia vir uma tempestade, um tnsunami, um terremoto, um furacão; mas cruzariamos as águas, de mãos dadas. seriamos nós para-ráio de nós mesmas protejendo uma á outra e ficariamos nossos pés ao chão num abraço. o sol aqui ja se põe, fim de tarde. e todos aqueles sonhos doces de rotina voltam a minha mente. esquentar os pães, fazer teu café, o chá de alho e limão pra curar tua gripe, o brigadeiro de domingo para os bons filmes que iremos ver, dobrar teu jeans, lavar a louça... receber os amigos, tocar pra você dormir, dar nossa cara a essa casa que será nossa; nosso lar. nosso refúgio para esse mundo louco que insiste em nos separar. eu quero tanto, eu sonho tanto, e corro tanto pra todo lado pra tentar tirar esses sonhos do papel. e será que será?! eu não sei. mas a minha única certeza é que eu quero. eu quero teu jazz, eu quero teu blues, eu quero teu samba, eu quero tua harmonia pra por ordem na minha vida. eu quero tuas mãos do lado das minhas, eu quero te esquentar, eu uero te protejer, eu quero cuidar de você, eu quero te absorver. eu quero respeitar teu espaço, eu quero nunca invadí-lo sem tua autorização; eu quero te apoiar nas tuas escolhas, assinar em baixo das tuas decisões, te aplaudir de pé nas tuas causas, te ajudar a levantar nas tuas quedas; eu quero e te amo pelo que tu és minha vida, e nunca pelo que eu um dia poderia almejar que tu fostes. eu amo teus defeitos, tuas qualidades, a cara de sono, o jeito de dengo, a preguiça na cama, a camiseta rasgada, a bemuda florida de dormir, sem óculos de manhã e os cabelos bagunçados por entre os meus cabelos. os cigarros após o café da manhã, a cachaça, as broncas, as discurções. quero lutar por teus ideais, quero fazer parte da tua ideologia, tuas orações. o futuro à deus pertençe, mas meu único norte e desejo maior, é esse. é habitar teu mundo, e tirar esses nossos sonhos do papel.

Ensaio sobre o meu coração.

meu coração.
vil cristal guardado na couraça de um carangueijo metálico.
mero soneto de um poeta que esqueceu de nomear.
badulaque sutil ornamentando sonhos, desejos de ser um só.
de ser inteiro.
guardando uma coragem de rei
uma fotografia na estante
chão de estrada, sol a pino
meu pequeno coração é nossa casa
e nela não cabe tudo não.
cabe um colchão
o nosso desejo
e um amor
que nos alimenta.
essa casa é pequena.
não cabe três.
é cama de par,
dois;
pra na sequência
toda noite
sermos ímpar
sermos uma.
só.

sábado, 21 de março de 2009

Carta à Sergipe.

Eu preciso.
Preciso dessa felicidade interiorana urgente. Preciso do beijo morno da minha preta, preciso do ribombo do tambor de couro-de-gato, preciso do chuá do ganzá, preciso da proteção do afoxé e do balanço daquele samba.
Eu preciso.
Preciso dos risos dos novos amigos, preciso do som que sai da alma amiga do branco curumim, menino rei das matas, que de mim retirou a voz;
Preciso desses sorrisos, dessa cachaça que mata minha sede, desse cigarro que deixa o amargo-doce gosto de quero mais em minha boca.
Foi por um amor que conheci o paraíso, entrando na floresta de encantos doces e latentes; Me vi nas águas dos teus rios, senti-me em casa por caminhar em teus vilarejos. Amor gera amor sempre de alguma forma. E na mala eu trouxe amor m dobro, de volta.
Daqui, dessa selva de concreto e fumaça, Sergipe, eu te digo: Eu anseio voltar, pois em teu seio de encantos, índia morena, mata fechada, achei meu lugar.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Para nosso amor.

Olhar você nos olhos,
Ter teu abraço,
Beijar-te, tocar-te, sentir-te até sermos
Uma.

Respiro com todas as ramificações dos meus pulmões
Sinto você preencher-me
Completar-me
Como nunca antes tivera acontecido.

Sorrio-te
Mostro-te em meus dentes largos
Reluzo-te
No brilho dos meus olhos castanhos

E agora, tudo é mais por amar-te
Felicidade existe por tua beleza
E meu simples ser
Existe por estar,
Morar em ti.

Amo-te
Desejo-te
Quero-te todos os dias;
Os beijos mornos, os cigarros, a cachaça
Os abraços, os “te amos”, na nossa cama.

E nunca quis ter nada antes
Nunca quis tanto estar
Nunca quis tanto ser
Nunca quis tanto mudar

Para em ti ser toda
Para em mim ser melhor; (morada)
Para o nós
E o nosso amor.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Eu, não!

Eu?! eu não!
esse negócio de entregar os pontos, assim? né comigo não meu senhor.
eu sou mulher, brasileira, filha de Ogun com Oxóssi! um é o deus da guerra; e o outro?! ah meu senhor, o outro nunca atirou uma flecha pra errar. senhor da mata e caboclo que guia meus caminhos. o outro, deus da guerra, valente me faz mais forte com sua couraça e me honra nas minhas batalhas.
o senhor acha mesmo que protegida por eles e por deus eu desistiria dessa batalha?!
eu não.
porque fé não é um negócio que se não vende na feira do troca.
malandragem não se aprende na escola não, e como já dizia um mestre:"-malandro é malando, mané é mané."
ninguém é bobo doutor. e eu sou ligeira.
eu? eu não!
eu é que não vou deixar minha vida passar pela janela, escorrer pelos meus dedos e virar vazio e solidão moço.
eu faço cada tragada de ar que entra pelo meus pulmões valerem a pena, quando dá levo na cadência de um samba. e quando não, toco um blues pra sangrar a dor que rasga o peito.
dor, porque é muita coisa errada doutor. é muita merda, muita sujeira, muito tiro no pé doutor. é muito preconceito, ´muito desrespeito, é muita ignorância doutor.
mas se você quiser saber se eu fico que nem "zé buceta" vendo minha cultura sendo massacrada por esse bando de branco que chegou numa terra habitada que eles acham que descobriu, se eu fecho o olho pra toda essa gente de bem que morre por causa de despreparo policial pra tirar bandido da favela, sim doutor, porque quem mora na favela também é gente! acho que da sua varanda com vista para o mar não dá pra enxergar as crianças brincando nas ruas, os vizinhos conversando na calçada, os moleques jogando bola na rua, e o dominó, que rola junto com uma batucada na esquina. dá pra ver, doutor?! e aí, ao invés de pegar quem mata essa polícia de merda mata um monte de gente inocente e quase sempre os bandidos de verdade ficam impunes, porque se for pra fazer guerra os "dono do morro" são mais bem armados que a polícia! e o senhor fica daí, da sua varanda com vista para o mar. Dentro de um terno e uma gravata, de barba feita, sono bem dormido e achando que por que eu num tive essa condição de intrução que o "sinhô" teve eu fecho os olhos pra tudo isso. cadê tudo que o "sinhô" prometeu? não é seu filho que morreu com uma bala perdida doutor, não não é na sua casa que falta comida, quando sinô passa mal doutor, o "sinhô" tem um plano de saúde. enquanto eu nem cono nos meus dedos quantas pessoas aqui já perderam um parente, um vizinho, um amigo numa fila de hospilal. o "sinhô" pensa mesmo, doutor que eu fecho os olhos pra isso doutor?!
eu não.

terça-feira, 10 de março de 2009

Texto proibido as amigas do meu amor.

Eu não sei o que me move... Está quase tudo perdido, mas uma esperança inabalável de que tudo vai dar certo me invade. Eu não vou desistir. Não quero desistir de você, de nós, do nosso amor, de tocar na sua mão, de rir com você, de tocar aquela canção. “acabou chorare, ficou tudo lindo de manhã cedinho...” O medo aqui fez bú! Bú de bubú, de bubú gotoso, bubú de me dar friozinho na barriga, medinho ficando grandinho, mas eu ganhei um abraço... abraço do meu amor, abraço de amor que me fez rir numa conversa gostosa com a minha mãe; vendo ela “toda toda” querendo conhecer a nora; e eu toda boba, falando cheia de orgulho, das virtudes, das qualidades, dos defeitos e das gostosuras que é amar um bubú. Só eu sei só eu sei. Mamãe quer conhecer, fazer almoço aqui em casa, tomar cerveja e fazer batucada. Ê! Obrigado Deus! Eu tenho um bubú, um bubú que me dá bom dia, que me dá dengo, que me faz carinho, que com seu “Power amor” faz o medo ir pra bem longe, onde os sapos cantam na lagoa. Mamãe olhou pra o meu sorriso e disse: “-você vai pra longe, atrás de alguém que você gosta muito, NE minha filha?! E eu disse: “-Talvez mãe. As coisas tão querendo dar errado, mas se Deus quiser, eu vou atrás da mulher da minha vida. ”Ela me abraçou, deu xêro de mãe. Rimos juntas, trocamos firulas de nossas vidas cotidianas. Ela aprendendo comigo, eu aprendendo com ela. E o amor?! O amor é isso. Desde o bubú até o colo gostoso da minha mãe. E esse querer bem não passa, não pára... é uma miragem, em meio ao Dakar; e eu vou em frente. Eu não paro, eu não paro...

Agradecimento.

Deus eu sabia. EU SABIA QUE O SENHOR ERA FODA. com "PH" e dois "D". muito obrigado. o senhor não faz idéia da minha gratidão.

não é tão longo quanto a preçe, mas lá de cima o senhor tá vendo o meu sorriso. essa daqui é curtinha, mas é de coração.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Carta à Deus.

Deus, eu nunca fui muito de bater papos com o senho ou tá pedindo mil coisas não. eu sou uma filha beeem mais ou menos, mas eu sei. sei mesmo que o senhor existe, e eu agradeço. agradeço muito o senhor ter posto as artes na minha vida, meu dom de cantar, as palavras, os instrumentos, a saúde e a boa vontade de ajudar as pessoas ao meu redor.Agradeço de verdade tudo isso e mais um pouco pela mãe absurda que eu tenho e a minha família que não é tão legal mas é minha. mas eu vim aqui te escrever, por outro motivo. esse ano de 2009 o senhor me deu um presente, que eu acredito que já tinha me dado antes, e só faltava achar porque ele (o presente) estava perdido no mundo. solto, e longe de mim. Só que recentemente eu achei esse presente, e é ele o que mais eu tenho a agradecer o senhor. o presente na verdade é ela e eu serei eternamente grata todos os dias da minha vida por ter a achado. ou melhor, ter captado os sinais dela. Deus, existe um pequeno problema de distância territorial entre nós mas mesmo asssim, no mais somos bastante felizes. Eu agradeço pela pane da vivo, por ela ter me achado no leskut, por ela ser linda, das artes, por ela ter um bom gosto absurdo, por ela sentir ciúmes da minha única saia jeans, por ela acordar de TPM, por ela ser estressadinha com o msn e o skype que muitas vezes pela minha conexão (também agradeço pela conexão deus, mesmo não sendo minha e nem das melhores) não colaboram pra que agente se fale, por ela estar nesse exato momento ansiosa, me esperando, ansiando tanto quanto eu essa minha viagem e com tanto medo que não role quanto eu. Mas deus, eu resalmente acredito no senhor. eu acredito mesmo que o senhor não colocou agente na mesma estrada em vão. acredito muito que o senhor tenha um motivo para tanto amor nascer e transbordar agente num sorriso. e deus eu tô aqui pedindo, declaradamente, que por favor. Deixe com que agente se veja como agente planejou vá! o senhor quer que eu lute?! eis-me aqui, nos 42 do segundo tempo. indo pra todos os lados, correndo pra todos os cantos, usando todas as possibilidades. acho que nunca te pedi nada com tanta vontade deus. o senhor sabe o quanto é importante pra mim, o quanto é importante pra nós, o quanto isso vai fortalecer o amor que o senhor deu para nós de presente. eu acredito que milagres possam acontecer deus, nem é tão absurdo e estupendo quanto transformar água em vinho. mas deus, deixa eu te confessar: esse é o texto mais sincero de todos aqui, e isso não é só um escrito; é uma oração deus. ouve minhas preces. deixe que eu vá até o meu amor. eu prometo, que talvez eu não seja a melhor filha, nem a primeira da lista das beatas. não, o senhor não me deu talento para ser canonizada. mas eu seria a filha mais feliz do mundo.

domingo, 8 de março de 2009

Sobre o passado.

O passado costuma voltar
é engraçado, como entrar num café.
sentar, acender um cigarro, e ler o jornal de vinte anos atrás;
mas os tempos são outros.
minha vida agora é outra,
e eu tenho apego a minha realidade gostosa no presente.
trabalho, pago minhas contas, amo a minha mulher
e quer saber do que mais?!
tenho preferido a contemporâniedade de leminski do que os "happy ending programados" do clarck gable.
eu quase não escrevo mais em cadernos amarelados com capas feitas por mim, aboli o whisky da minha vida, e sou bem mais centrada. pena que você não perceba. nunca perceberá. mas quem divide o mesmo chão comigo sabe que o tempo passou, a correnteza mudou seus cursos, e eu, principalmente esse meu "eu" mudou a direção. já não lembro de muita coisa, mas ainda lembro. mas é como olhar um álbum de retratos que se olha e se guarda numa gaveta. não queira mais do que isso dos acontecimentos passados. eu gosto de viver meu presente. não pretndo olhar pra trás.

sábado, 7 de março de 2009

O primeiro tiro.

Como você se sentiria se você não tivesse casa?! Não digo o imóvel que agente passa quase a vida inteira pagando com juros e correções monetárias para adquirir. Mas falo casa no sentido de família, de colo, de aconchego fraternal. Aí eu sei que você, que lê, vai dizer: “oras, nem sempre família é aquela que é consangüínea. Família pode ser nossos amigos, por exemplo.” Mas como se fazer quando até mesmo os amigos mais próximos estão longe?! Não é um clichê barato de metade dos adolescentes da minha geração que quando brigam com os pais se revoltam com o mundo. Bem que eu queria que fosse. Seria mais fácil. Bem mais fácil. Eu sei que os problemas da humanidade e até o aquecimento global pode ser uma preocupação bem maior e um problema bem mais caro e expressivo do que essas minhas feridas, mas é que são os meus problemas entende?! Só eu sei a dor que é olhar pra trás e ver que ninguém te espera. Eu sou literalmente filha do nada, e eu não sei como lhe dar com isso. Aí você me diz: “ah, deixe de ser mal-agradecida, você tem uma mãe, uma irmã e uma tia, aí bem pertinho de você.” É. Eu tenho. Uma irmã que ao invés de crescer regride ao ponto de não resistir ver vistas em casa e começar a dar aqueles showzinhos baratos de criança mimada que dá escândalo no shopping porque a mãe não comprou a nova edição da Barbie. O que inclusive me priva de trazer visitas a minha casa por conta do constrangimento que se gera na situação. Aí tenho uma tia que desde os meus 3 anos de idade eu acho, é doente mental e sempre usou de certos artifícios constrangedores para tentar fazer refém a minha casa. Durante anos ela comprou compainha (sem as aspas, isso é bem literal), só que agora eu me dei conta disso, e não tenho doze anos de idade pra aceitar propostas irresistíveis da boneca mais cara do ano que fala e anda a troco da minha alma. E a minha mãe, é realmente a única pessoa da qual eu tenho pena nesse meio. Porque não que ela não tenha defeitos, Mas nesse mar de agressões, de palavras mordazes, e condenações, ela está no meio. Imagino o quanto deve ser difícil de ver que lar que você construiu, e o ideal de família que você teve não vingou. A ela eu dediquei todo sempre os meus sentimentos mais puros, inclusive, muitas vezes milhas lágrimas por não conseguir ser o que ela queria que eu fosse. O clima desse local onde eu vivo é denso. O ar é tão pesado quanto uma bigorna nas minhas costas. Porque eu não consigo mais engolir. Eu não sei mais abstrair, e há um ser - humano machucado por conta disso. As vezes eu acho que o melhor e mais sensato a se fazer é sair. Mas sair significa abandonar o barco antes do naufrágio; abandonar, inclusive a minha mãe que eu tanto amo. E ficar, significa uma abstração na qual eu não posso mais, infelizmente fazer. Porque há muito tempo eu sigo essa estrada de “faltas de rédeas” na minha irmãzinha mimada que tem 17 anos mas idade mental de doze, por ela sempre ter sido a “filha superior” por ter estudado, não ter reprovado nunca de ano, e viver em baixo das saias da minha mãe até sair da farsa de “evangélica”. Depois da queda dessa máscara ou capa, ela revelou quem sempre foi, só que agora a minha mãe não tem mais condições físicas e mentais pra dar doses de realidades de choque para que ela acorde. E tudo fica assim; estático. Somos 4 e nos olhamos como estranhos, numa mesma placenta. Uma trabalha, e a outra vadia; eu tenho trabalho, e minha tia tenta comprar os mais próximos. Talvez eu até seja injusta, ou muito seca, e ríspida nisso tudo aqui, mas me entenda. Eu tenho medo de me lançar no mundo simplesmente por um motivo. Quando um barco vai a deriva ele não pode voltar, pois não tem cais. Para onde eu iria se o plano “A” desse errado? É uma roleta russa. E eu estou prestes a dar o primeiro tiro.
*Eu respiro você, meus pulmões estão cheios dos seus 'eus'. O seu jeito de ser me entontece, me enlouquece..Todos os dias, nessa vida, eu desejo ser sua.Não há um só instante, individualmente ou coletivamente vivido que eu não sinta a sua presença ao meu lado.Dividimos o mesmo chão , a mesma força. A minha real riqueza são suas escolhas, o meu maior mérito é a sua existência Um momento único, o tal encontro, a tal descoberta, o tal desafio. Nossos semblantes ás escuras nos fazem acreditar que essa vitória é duplamente conquistada, energizada, mas na realidade há um só vencedor, cansado, porém satisfeito por sair ileso dessa cruel e prazerosa batalha.
O nosso amor, ele mesmo, que já nasceu com tanta garra, com tanta força de vontade, e que mesmo com todos os golpes e trapaças dessa vida, conseguiu se glorificar, se destacar e gritar bem alto: -"Eu sobrevivi, eu venci, vejam vocês.
Agora a conquista maior eu deixo pra vocês, permitam que essa minha vitória..seja eterna.'


*presente lindo que ganhei.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Respeito x Harmonia.

A essência de todas as coisas está no jeito que se constroem elas.e acho que não é do jeito de querer construir perfeito que eu falo; mas sim do jeito livre de construir morada na alma de um ser humano, ou em qualquer lugar que se divide com outro indivíduo respeitando o espaço e as condições humanas do mesmo. Mas essa palavra me inquieta e às vezes até me incomoda um pouco. “respeito”. Se você me perguntar agora, o significado dessa palavra eu não saberia te dizer. Eu não sei o que é respeito ainda, pretendo muito descobrir um dia. Mas apesar de não saber o que é esse tal respeito que as pessoas cobram, eu conheço uma coisa que descobri dentro de mim chamada “harmonia.” E é como reger uma orquestra sinfônica de dentro de uma câmara acústica para um estádio de futebol lotado ao redor dela. E essa harmonia me faz querer com que as pessoas que me cercam se sintam bem ou sintonizem-se na mesma vibração de sentimentos bons que eu estou. É como uma cadeia de coisas boas que alguém, até mesmo uma criança desconhecida que passa na rua, derrama sobre mim, quando me solta um sorriso por uma brincadeira boba. E o prazer de ver o outro ao meu redor sorrir, faz com que eu queira passar isso adiante. E derramar sobre um conhecido ou um estranho essa mesma sintonia , essa mesma vibração, essa mesma energia ou até mesmo o conforto que pode se dar quando um sorriso, um carinho ou uma palavra de atenção ou cuidado é lançada da nossa boca pra mudar a vida de uma pessoa. Sim, eu acredito que as palavras tem o poder de mudar a vida de um ser humano para melhor ou pior. O meu bem mais preciso e precioso nos dias de hoje se constitui de palavras. Não que o amor que eu sinto ou recebo não sejam reais, mas infelizmente por uma questão territorial que não me permite que eu esteja do lado da mulher que eu amo, cuidando dela ou a protegendo, mas ainda sim, nosso amor é alimentado de palavras verdadeiras, e acredite, elas mudam minha vida todos os dias. E acho que não há coisa que me deixe mais triste do que a violação dessa harmonia.E acho que não há coisa que me deixe mais triste do que a violação dessa harmonia. O mau uso da palavra e o abuso do espaço alheio. Isso realmente me entristece. E eu reclamo. Reclamo quando o meu espaço for violado. Aprendi a levantar a voz quando o mal uso das palavras ao meu respeito me violenta tanto quanto um tiro ou uma facada. Acredite. palavras venenosas e mordazes saidas de uma língua suficientemente afiada são como facas, balas e flechas em apenas um alvo. Rentes e precisas elas realizam sua função de execrar, oprimir, ferir, ou desmoralizar sem dó. Isso definha um ser humano e é triste ver que essas línguas afiadas estão à solta por aí pelo bel prazer de violentar o ser humano em sua existência. A que ponto fomos chegar?! quando me fiz essa pergunta recusei-me a fazer parte disso. e fui dentro de mim buscar o significado dessa palavra, o tal do "respeito" nos meus arquivos de vivência, já que uma das pessoas mais amada por mim questiounou-me que eu não à respeitava. nas minhas memórias, encontrei um respeito gélido, gerado por uma criação errônea e abusiva. um respeito adiqirido por gritos e pancadas de um pai marchista. Pra mim, hoje, o nome do que eu sentia por ele era medo, e no dia que ele puxou-me o cinturão e eu resisti calada a cada golpe de dor que eu sentia, de cabeça erguida e sem reclamar, esse "respeito" foi-se (graças à deus, diga-se de passagem). acho que medo é medo, e respeito deve ser outra coisa. eu tinha medo dos dois apesar de ter um imenso e maior carinho pela minha mãe, pela mulher linda, íntegra e lutadora que ela foi (batalhou esses anos todos para crir duas filhas sozinha sem ter que se submeter à nenhum tipo de capricho ou humilhação de um marido que a traia, que diga-se de passagem a atitude dela não foi uma das mais lindas quando ela descobriu que o mesmo o fazia, mas me orgulha muito até hoje, simplesmente pelo fato de ao invés de ter ido chorar pelos cantos da casa, arregaçou as mangas e ergueu a cabeça, tirando aquilo que a feria da vida dela de uma vez.). mas depois de crescida, também não senti mais medo. esse medo foi se transformando numa coisa inexpicávelmente linda e forte, que foi muito além dos laços consanguíneos que já me fazia amá-la. ele se tornou aquele sentimento de 'harmonia" que eu havia falado no início. E essa falta de medo, de dedos pra chegar até a ela, de ter que ter modos e tatos por medo de acabar "desrespeitando" foi que me fez chorar como uma criança de 5 anos de idade, ouvndo o desabafo sofrido dela. e a dor dela me violentou. me dilaçerou, picotou meu coração em pedaços. No final, ela perguntou a mim se eu a respeitava. eu não soube responder. talvez ela se desaponte, por eu não saber o que significa esse tal "respeito", ou por ter o perdido, pois medo eu já não tenho. Mas sinceramente?! hoje eu aprendi a amá-la além do que me competiria como filha. eu a amo pela mulher que ela foi, que ainda é. a mulher que eu admiro, e que me espelho como um referêncial de carater e postura dentro desse mundo deslúcido em que vivemos. E entre esse tal "respeito" e a "harmonia" que me ensinou a aceitar e amar as pessoas pelo que elas são de verdade, eu prefiro a segunda.

quinta-feira, 5 de março de 2009

7 dias.

Eu sei que eu não vou à escola
Mais eu gosto, gosto muito de você, de você, de você...
de vocêeeee

mutantes - ainda vou transar com você(ouvindo loucamente agora).



*amor, pra você ó. eu sei que não vou a escola, mas eu gosto, gosto muito de vc. eu ainda não entrei na faculadade mas eu gosto gosto muito de vocÊ. eu ainda não consegui terminar meus projetos, nem ganhar muito dinheiro, sou um réls estagiária da prefeitura e aprendiz de artista (que pretensão!) mas eu gosto, gosto muito de você, eu mega quero litros que vc alimente essa que eu ainda vou transar com você (eu espero que em breve! hohoho), mas eu ainda sou mortal, não sei fazer sexo tântrico, e sou desengonçada pra caralho, ainda não consegui ser o que a minha mãe queria pra mim, não consegui ganhar na mega-senna nem no bingo do colégio, mas eu gosto muito muito de você. Eu acordo de cabelo escrotamente bagunçado, feia como toda boa mulher se acha quando se olha no espelho ao ato de acordar, com voz de monstro mas eu gosto. gosto pra caralho. e me esforço pra mudar essa compacta lista de defeitos resumidos que são muito meus e vou logo te a visando. eu também tenho tpm, não sou simpática o tempo inteiro e gosto muito do meu silêncio as vezes. Tu me ama mesmo assim?! tu não vai ver se tem mais mulher no estoque e não vai me devolver pra loja não?! eu sou um briquedinho com defeitos de fábrica, mas você pode me ajudar a consertar eu sei disso. e é por isso que eu vou passar oito horas dentro de um ônibus, e esperar mais ou menos mais umas quatro horas pra poder abrir a porta da casa da sua amiga pra você quando você chegar do trabalho com frio na barriga e parar estática no portão ao me ver. ontem você me perguntou se eu não tinha medo desse encontro nosso, e eu te digo: eu tenho. tenho até mais que você. tenho medo que você veja meu lado podre e corra. tenho medo que você me ache feia, magrela demais, que você me ache chata e mal-humorada, mas mesmo assim eu vou. vou porque como eu disse o texto inteiro e os mutantes cantam loucamnete aqui no meu ouvido, eu não faço nada, não vou a escola, não sou o que eu queria ser, nem o que os outros queriam que eu fosse, mas eu tô por aqui, e vou até aí com medo de viajar sozinha para o lugar mais longe de pernambuco que eu já fui na minha vida inteira, porque eu gosto gosto muito de você.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Eu. - Por eu Mesma.

Lascívia.

Despida.
de roupas, pudores, timidez e de todas essas coisas que atrapalham.
no escuro.
lascívia e pecadora
deixo que tu crave tuas unhas vermelhas em minha pele morena.
deixo que violes os meus ouvidos conteus murmúrios
e sinto umidade a mais no ar..
meu suor se mistura com tua saliva
a música toca lenta e sensual.
faz plano de fundo; é quase a teia para nos amarmos.
serve de cama, colchão e conectivo.
mordes a minha boca enquanto o mundo gira em um fechar de olhos
puxo cabelos, reviro as gavetas da minha alma, seguro os lençóis
enquanto apenas respiras e brincas de me enlouquecer.
e derrepente as pernas tremem,
o ventre ferve
o mel escorre como meu sangue pois acabo de morrer
pra renascer novamente
amanhã de manhã.

domingo, 1 de março de 2009

Sinais.

Eu sou assim
Qualquer coisa tua, uma lembrança do não-vivido
Uma lágrima de felicidade
Um eco na claridade

o instante que se tocam pela primeira vez, as mãos;
um desejo contido
um arrepio
paixão febril

(refrão 2x)
e tudo era reconhecer
aceitar teus sinais
te receber

amar-te à mim
é bem mais que tudo
é meu sorriso de contra o vento
te encontrar no beijo mais puro
desafiando o resto do mundo

é ver nos teus olhos tudo aquilo ue um dia eu sonhei pra mim;
é seguir em frente
pra ter-te sempre
até o fim

(refrão 2x)

A hora da estrela.

eu não deixo, eu não largo, em nenhuma dessas vidas que puderem existir.
*Uma estrela cai lá fora e apenas um pedido pula de meu inconsciente.
Aquele que mora além da minha memória
É mais vasto do que os meus olhos podem alcançar.
Uma miragem real,
A concretização de um sonho.
Você, vestida de luz
Trazida pelos ventos
Na beira do mar
Para mim.
Desabrocharia nosso amor dentro de uma concha.
Navegáramos os sete mares do desejo
Noites a fio
Auroras raiariam
E o mundo já não nos importaria.
Viveríamos disso
Morreríamos disso
E aquela estrela, saberia que naquele momento,
Não caiu envão.

Domingo.

Brincadeiras gostosas de dengo
Quatro da tarde;
Bichinho colorido que me veio visitar
Correu pela casa, bagunçou os meus livros
Rabiscou meus desenhos
E pintou as paredes do meu mundo de tranqüilidade.
Os tons pastéis, as cores brandas;
Tirou-me as armas das mãos e pôs girassóis em seu lugar.
Cá estou.
E os mistérios que me inebriam na comainha desse serzinho me encanta.
Não tem nome nem idade
Não tem casa nem documento
Seu pai é o amor
Sua mãe é a bondade.
E o nome do passarinho verde?!
O nome desse serzinho é paz.

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