segunda-feira, 20 de abril de 2009

A sua.

sabe aquela vontade de te cuidar?! eu tenho. e todos os sentimentos do mundo são pequenos, perto desse amor que faz pulsar aqui esse sangue-coração. erguer-te a cabeça, lavar teus és cansados, tirar teus sapatos. deitar teu corpo cansado em minha cama, por-te pra dormir em meus braços. fazer o mundo parar para valsar a tua música, e se fugir é o que queres meu amor, que seja. de mãos dadas ao teu lado, segura me sinto para enfrentar todo o mundo. e que venham eles! o nosso escudo não é de ouro, nem prata. não temos casarões nem salões de festa; temos um casebrinho construidos do amor que tem sido o nosso pão, o nosso chão, o nosso teto; e um escudo de carne e osso, feito dos nossas noites de amor, na cama fria que nos açoitava enquanto estávamos longe. isso não os agrada. mas que seja, posto que te amo. hei de lutar por ti, contigo, em ti até o dia em que o tempo roube meus últimos suspiros.

sábado, 18 de abril de 2009

Muito.

muito.
muito de grande
de infinito
de absurdo
de forte

muito de luz
muito de paz
muito de mais

e nunca finda
nunca se dissipa
nunca nunca...
nunca termina
o nosso amor.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Juicebox.

Contar histórias em teus ouvidos
violar teu vestido.
minhas pernas entre as tuas pernas.
eu sinto algo no ar...
sua respiração acelera.
as minhas pernas tremem.
e praquê taça, se o vinho pode ser bebido em teu ventre?
rápido.
golpear,
1, 2, 3.

movimentos certos, precisos.
morder tua boca,
teus seios me chamam.
água, sal, mamilo, saliva e um pouco de vinho.
que desce como o mel que escorre; jorra sem parar.
novamente golpear,

1, 2, 3.

indecentes e indolentes
as palavras escorrem da minha boca.
entram pela tua,
e olho em teus olhos.
sinto o ardor do suor escorrendo nos arranhões de tuas unhas cravadas em minha pele.
no som, uma canção que diz: "waiting for some action, waiting for some action, so why won't you come over here?"

mais rápido! 4, 5, 6.

e agora enquanto reviras os olhos
eu procuro a fonte de onde se jorra esse furôr.
e uma vez procurada, se abre pra mim como uma flor.
o vinho perdeu o sabor, e agora é salgado e amargo
como uma boa e velha tequila.
teu gosto, teu cheiro, teu corpo.
e tudo isso que nos cerca.

e derrepente, o rock and roll vira valsa.
teu ventre treme abaixo do meu.
1, 2, 3 pancadas.
badala os sinos de nossa noite.
falececemos cansadas.
em algum prédio dessa cidade
nessa noite nua, crua e intensa.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

E quer saber do que mais?

eu vejo tuas fotos.
leio tuas cartas de amor.
e quer saber? acho que você não precisa da minha preocupação.
mas sim do sorriso amarelo que eu guardo aqui
pra te fazer feliz;
existe um turbilão de idéias e pensamentos
mas só um propósito.
a tua felicidade.
e se doi hoje meu amor,
quando você chegar, vou tirar seus sapatos.
massagear teus pés cansados.
preparar-te o banho e servir-te teu prato predileto.
falarei bobagens, contarei histórias de final feliz.
depois, deitar-te-ei na nossa cama.
e em meus braços vou te por pra dormir.
e talvez amanhã, tua vida seja mais doce,
teu fardo se torne mais leve
e o teu sorriso voltará abrilhar no teu rosto.
lugar de origem única e própria.
do qual ele é proibido por mim de desabitar.

meditação.

as horas se passam
a minha preocupação se arrasta no horizonte.
olhos distantes buscam você em todos os lugares
em cada rosa desse jardim.
faço preces, converso com amigos.
ah, como me dói te ver sofrer.
a vontade era cair no teu lugar
era servir de amortecedor na tua queda
livrar-te desse desespero que consome agora os confins de tua alma.
mesmo sabendo que essas dores te ensinarão a viver
eu sangro a cada golpe que ela, sorrateira e precisa, estoca em teu peito, meu amor.
aqui, assito de longe.
de terço nas mãos
espero.
rezo.
choro.
e confio, acima de tudo na tua capacidade de erguer-se.
e sei bem, que irás se superar.
aqui, do teu lado eu torço
e seguro tua mão.
pra tua dor
amenizar.

Prece.

em forma de palavras
eu teço aqui uma prece.
para que a menina dos meus olhos, nessa hora, seja forte.
meu bom deus, profere cada palavra que sai da boca dela
faça com que ela cumpra a missão que a ela foi dada nesse exato momento.
que através dos olhos de amor
ela possa abrandar um coraão em perigo.
que ela possa levar luz aonde há trevas.
que com o encanto que destes a ela, e essa capacidade de amar sem ver a quem,
ela possa por as tuas mãos leves sobre as feridas de quem se precisa.
aqui, eu diluo minha força.
e com vibrações positivas faço essa preçe
para que tudo dê certo;
para que a luz dissipe a escuridão mais uma vez
e para que a menina dos meus olhos,
possa se superar
mais uma vez.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ode ao meu amor.

e por sua chegada ela teçe como uma artesã, habilidosa e sutil aquele sorriso florido em meu rosto.
meu Deus, como pode crescert anto amor na alma de um ser humano assim?!
eu amo. e isso se espande a tudo que me cerca
ela caminha até mim. linda e branca, misturada de tons pastéis dominicais.
é força, beleza, entre seios e pertas
e me encanta quando roda sua saia, e quando dança, comanda os ventos.
e eu aqui! só a admirar.
completamente entregue; devota de sua beleza que tanto ilumina essa estrada minha.
eu?! sou só mais um ao seu redor.
e essas palavras saem no rítimo do samba que ouço agora.
"já passaram dias inteiros, janeiros...'
e que venham esses tais janeiros! e que venhas as águas de março, os ventos de maio.
pois eu rasgo em verso e prosa o verbo firme do tempo que tudo destrói.
a aparição dela na minha vida não vai passar.
pois a beleza que abriga seus olhos marca quem ela olha.
e eu não pude escapar, não pude.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

E de tanto amor..

E de tanto amor
se achega as vezes um medo,
de algo tão grande
é um medo que passa
quando você me abraça
e fala, dentro da minha boca
todas aquelas coisas que saem de vocÊ
e entram em mim.
eu gosto quando você tira os óculos que te fazem enxergar longe
pra poder me olhar mais de perto.
e cresce dinovo aquele medo
porque se apresenta o meu coração.
trequinho frágil, bomba-relógio
que quase explode quando olho dentro dos seus olhos claros e castanhos.
e eu fico ali, atônita. e penso as infinitas possibilidades que o mundo pode absorver pra tirar ssa paz de mim, porque é tão grande, tão lindo e tão verdadeiro qe eu não quero, não quero nunca perder.
e aí eu fico assim.
encantada. espantada. com medo e vontade de chorar.
porque eu sei que eu vou me jogar. eu vejo o abismo, logo ali em frente.
e nunca, na minha vida inteira isso aconteçeu. eu vejo tudo que um dia eu sonhe na minha frente. e eu não vou deixar escapar, não vou.

Pop Art. - By Paco.

sábado, 4 de abril de 2009

Quando Ana chorou.

A melancolia entrava como um desfecho naquela tarde nublada. Ana acendeu um cigarro enquanto encontrava no rádio um blues meio assim; meio jazz, meio solidão.
Sentada no sofá, com seu hobbie florido que seu namorado havia lhe dado de presente de aniversário, sentia-se tão clichê quanto a sua mãe, sua avó, suas tias. Logo ela, tão Cult, cheia de ideologias pós-moderninhas – com seus comportamentos contemporâneos, e sua pose de “oh, não sofro, não choro por amor (sim, porque eles acabam sempre)”, “gosto da minha individualidade. Fique no seu quadrado, por favor...” e todos aqueles blá blá blás de mulher moderna independente do século XXI. Logo ela, chorava naquela tarde cinza, com seus cigarros, seu esmalte vermelho suas pitangas. Foi para mim uma descoberta inacreditável saber que Ana, a mulher pós-contemporânea, também chora pitangas. E por amor, diga-se de passagem! Nessa tarde mesmo Ana se pegou chorando por usar o hobbie florido que aquele namorado, o Marcel, tinha lhe dado de presente no seu aniversário. Era um hobbie lindíssimo e florido, que o próprio trouxe de bali na sua última viagem. Mas já faziam meses que ele havia dado. Cinco meses na verdade. E no dia do aniversário de Ana, quando ela abriu o hobbie, não gostou muito do que viu. O xingou; disse que ele não a conhecia; que só um homem do século passado mesmo para dar de presente a sua namorada algo tão brega e tão kitsch quanto um hobbie florido. Ah, ele nunca soube agradá-la. Nunca soube do que ela realmente gostava. Pois na frente das amigas moderninhas, Ana ouvia Artic Monkeys, e Amy winehouse; mas quando elas não estavam, ela pegava emprestado o hobbie florido da mãe e as pantufas cor-de-rosa, e com uma grande caneca de café e 2 carteiras de cigarro danava-se a ouvir Roberto Carlos. E ele a achava tão linda e confortável no hobbie florido da mãe, ela levitava em seu estado de graça. Vivia falando pela casa que o adorava. Então, em bali quando viajou para fazer pesquisas universitárias, a saudade de Ana quase matou o pobre rapaz. Ficavam na memória os momentos em que sentavam os dois, ela de hobbie florido e ele de camiseta e bermuda, ao lado da vitrola, para ouvir as canções do Roberto Carlos. E eram tantas! A saudade quase o matou nesses meses que passou longe de Ana. Mas caminhando pelas ruas daquele lugar, algo fizeram seus olhos brilharem: o hobbie florido! Igual a mãe de Ana! Perfeito presente para matar a saudade daqueles momentos a qual ele tinha tanto apreço. Comprou. E quando chegou ao Brasil portando o hobbie florido, decidiu lhe fazer uma surpresa, pois o aniversário de Ana se aproximava. Chegou em sua festinha radiante. Marcel, de sorriso tão florido quanto o hobbie, deu-lhe um beijo na nuca, deixou com que Ana conversasse com suas amigas, enquanto tirava de seu velho fusca azul turquesa, que havia sido de seu pai, o lindo presente para sua estimada namorada. Ana viu o pacote, não haviam escrito em português. Seus olhos brilhavam, como os de uma menina que ganha a primeira boneca. Rasgou sem dó o embrulho. E ele aguardava ansioso a reação dela ao seu presente, que lhe havia custado os últimos dólares que restavam para vários dias de viagem ainda. Mas para o transtorno do pobre rapaz, Ana mudou de feição. Disse que não gostara desse ridículo presente, e que só mesmo “um homem do século passado, que andara de fusca azul turquesa iria querer uma namorada de hobbie florido.” As amigas dela riram. Junto a elas, Ana dançou um tango argentino sobre o coração de Marcel. Pobre Marcel, que agora, saia sem despedir-se de Ana. Deixou o estimado hobbie florido caído ao chão, dessa vez sem sorrisos, sem saudades, e com uma velha canção do Roberto Carlos tocando no rádio do fusca turquesa. Naquele momento Ana soube, pelo olhar ferido de Marcel que ele nunca mais voltaria. Doeu nela, mas o show continuou (sempre continua, oras!) . E ela e suas amigas passaram a noite rindo do hobbie florido, tomando bordos e cabernet, falando de Fellini, Woody Allen, e Brigitte Bardot. Mas a festa acabou (sempre acaba.), e no meio da limpeza, Ana recolheu do chão o maldito hobbie florido que ela tanto tinha zombado. Jogou em um canto qualquer. Passaram-se 5 meses após aquele dia. E todos os dias, Ana chorava na calada da noite a falta que fazia o ronco barulhento do fusca de Marcel, quando ele chegara a porta de sua casa. Ah, quanta falta fazia a compainha dele ao som das canções do Roberto Carlos (que para ela, secretamente, era o rei, Roberto Carlos)! Ela chorou todas as noites sem que ninguém percebesse ou visse. Aos que perguntavam sobre a ausência de Marcel, ela apenas dizia que ele resolveu partir. Ela disfarçava absolutamente bem os efeitos colaterais dessas perguntas inesperadas. Pedia educadamente para usar o toillet, e segurava o choro até chegar lá. 10 minutos depois inventava uma desculpa, ia para casa. Suas amigas reclamavam de que ela não mais saia, não mais falava do Woody Allen e nem da Brigitte Bardot. Evitava sair ou ficar em casa vendo os “happy endings” do Clarck Gable. Cinco meses, e o telefone não tocava. Pobre Ana. A ela só a solidão agora servia de herança. E de tanto fugir de si mesma, naquela tarde cinzenta de julho ela não resistiu. Tirou do armário o velho hobbie florido. Ligou o rádio. E mesmo evitando o rei Roberto, uma bandinha Cult dessas que surgem 24 horas no século XXI tocava a versão da música predileta do Marcel, aquele rapaz do fusca azul turquesa no qual ela insistia em fingir não lembrar. “as canções que você fez pra mim”. Sentou-se ao sofá, imaginando-se invisível naquele momento. E de hobbie florido, e unhas vermelho metálico pós-moderno, ela tirou do maço um cigarro. O acendeu. “...quantas vezes você disse que me amava tanto, quantas vezes enxuguei o seu pranto; agora eu choro só sem ter você aqui...” e foi essa a primeira vez que eu vi Ana chorar. E não foi o fato de vê-la chorando que me levou a escrever esse conto; mas é que pela primeira vez, Ana perdeu o medo de ser brega ou clichê, e foi ser quem ela realmente é.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O mundo.

eu quero.
meu lugar é o mundo, onde não há fronteiras para a minha criação.
onde possa ressoar minha canção,
onde o amor possa reinar.
colher flores nos jardins das praças
e guardar no bolso as histórias de magia e de dor que isso possa me dar.
pois minha alma é inquieta
e reza a sede de querer mais.
e esse canto do mundo é pouco.
eu quero mais é a estrada
o mar
o ar
e o amor da nega.
na bagagem, um violão.
e muito amor no coração.
pra ganhar
o mundo.

Dois.

essas cores
que saltam dos seus olhos
esses brilhos
que te cercam
um instante.
e meu coração sai pela boca.
essa magia lisérgica
que me entorpeçe como droga
me emudeçe
me entonteçe
e eu não quero que fuja de mim
não quero outro caminho
não quero querer outro desejo.
não quero.
não quero depois.
eu quero dois.
quero dois pares de olhos,
e um par de corpos.
agora, e não depois.
nosso instante perpétuo.
quadro abstrato
fotografia
registro
poema
dois.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A mesma força.



"o nosso orgulho um do outro olhando pra lente, como quem disesse: não queremos mais nada nesse mundo. e que me lembrasse a cada instante, que valeu a pena cada lançe e que valera, tenha certeza, por toda vida."

Lobão - vou te levar.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A sua.

sabe aquela vontade de te cuidar?! eu tenho. e todos os sentimentos do mundo são pequenos, perto desse amor que faz pulsar aqui esse sangue-coração. erguer-te a cabeça, lavar teus és cansados, tirar teus sapatos. deitar teu corpo cansado em minha cama, por-te pra dormir em meus braços. fazer o mundo parar para valsar a tua música, e se fugir é o que queres meu amor, que seja. de mãos dadas ao teu lado, segura me sinto para enfrentar todo o mundo. e que venham eles! o nosso escudo não é de ouro, nem prata. não temos casarões nem salões de festa; temos um casebrinho construidos do amor que tem sido o nosso pão, o nosso chão, o nosso teto; e um escudo de carne e osso, feito dos nossas noites de amor, na cama fria que nos açoitava enquanto estávamos longe. isso não os agrada. mas que seja, posto que te amo. hei de lutar por ti, contigo, em ti até o dia em que o tempo roube meus últimos suspiros.

sábado, 18 de abril de 2009

Muito.

muito.
muito de grande
de infinito
de absurdo
de forte

muito de luz
muito de paz
muito de mais

e nunca finda
nunca se dissipa
nunca nunca...
nunca termina
o nosso amor.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Juicebox.

Contar histórias em teus ouvidos
violar teu vestido.
minhas pernas entre as tuas pernas.
eu sinto algo no ar...
sua respiração acelera.
as minhas pernas tremem.
e praquê taça, se o vinho pode ser bebido em teu ventre?
rápido.
golpear,
1, 2, 3.

movimentos certos, precisos.
morder tua boca,
teus seios me chamam.
água, sal, mamilo, saliva e um pouco de vinho.
que desce como o mel que escorre; jorra sem parar.
novamente golpear,

1, 2, 3.

indecentes e indolentes
as palavras escorrem da minha boca.
entram pela tua,
e olho em teus olhos.
sinto o ardor do suor escorrendo nos arranhões de tuas unhas cravadas em minha pele.
no som, uma canção que diz: "waiting for some action, waiting for some action, so why won't you come over here?"

mais rápido! 4, 5, 6.

e agora enquanto reviras os olhos
eu procuro a fonte de onde se jorra esse furôr.
e uma vez procurada, se abre pra mim como uma flor.
o vinho perdeu o sabor, e agora é salgado e amargo
como uma boa e velha tequila.
teu gosto, teu cheiro, teu corpo.
e tudo isso que nos cerca.

e derrepente, o rock and roll vira valsa.
teu ventre treme abaixo do meu.
1, 2, 3 pancadas.
badala os sinos de nossa noite.
falececemos cansadas.
em algum prédio dessa cidade
nessa noite nua, crua e intensa.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

E quer saber do que mais?

eu vejo tuas fotos.
leio tuas cartas de amor.
e quer saber? acho que você não precisa da minha preocupação.
mas sim do sorriso amarelo que eu guardo aqui
pra te fazer feliz;
existe um turbilão de idéias e pensamentos
mas só um propósito.
a tua felicidade.
e se doi hoje meu amor,
quando você chegar, vou tirar seus sapatos.
massagear teus pés cansados.
preparar-te o banho e servir-te teu prato predileto.
falarei bobagens, contarei histórias de final feliz.
depois, deitar-te-ei na nossa cama.
e em meus braços vou te por pra dormir.
e talvez amanhã, tua vida seja mais doce,
teu fardo se torne mais leve
e o teu sorriso voltará abrilhar no teu rosto.
lugar de origem única e própria.
do qual ele é proibido por mim de desabitar.

meditação.

as horas se passam
a minha preocupação se arrasta no horizonte.
olhos distantes buscam você em todos os lugares
em cada rosa desse jardim.
faço preces, converso com amigos.
ah, como me dói te ver sofrer.
a vontade era cair no teu lugar
era servir de amortecedor na tua queda
livrar-te desse desespero que consome agora os confins de tua alma.
mesmo sabendo que essas dores te ensinarão a viver
eu sangro a cada golpe que ela, sorrateira e precisa, estoca em teu peito, meu amor.
aqui, assito de longe.
de terço nas mãos
espero.
rezo.
choro.
e confio, acima de tudo na tua capacidade de erguer-se.
e sei bem, que irás se superar.
aqui, do teu lado eu torço
e seguro tua mão.
pra tua dor
amenizar.

Prece.

em forma de palavras
eu teço aqui uma prece.
para que a menina dos meus olhos, nessa hora, seja forte.
meu bom deus, profere cada palavra que sai da boca dela
faça com que ela cumpra a missão que a ela foi dada nesse exato momento.
que através dos olhos de amor
ela possa abrandar um coraão em perigo.
que ela possa levar luz aonde há trevas.
que com o encanto que destes a ela, e essa capacidade de amar sem ver a quem,
ela possa por as tuas mãos leves sobre as feridas de quem se precisa.
aqui, eu diluo minha força.
e com vibrações positivas faço essa preçe
para que tudo dê certo;
para que a luz dissipe a escuridão mais uma vez
e para que a menina dos meus olhos,
possa se superar
mais uma vez.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Ode ao meu amor.

e por sua chegada ela teçe como uma artesã, habilidosa e sutil aquele sorriso florido em meu rosto.
meu Deus, como pode crescert anto amor na alma de um ser humano assim?!
eu amo. e isso se espande a tudo que me cerca
ela caminha até mim. linda e branca, misturada de tons pastéis dominicais.
é força, beleza, entre seios e pertas
e me encanta quando roda sua saia, e quando dança, comanda os ventos.
e eu aqui! só a admirar.
completamente entregue; devota de sua beleza que tanto ilumina essa estrada minha.
eu?! sou só mais um ao seu redor.
e essas palavras saem no rítimo do samba que ouço agora.
"já passaram dias inteiros, janeiros...'
e que venham esses tais janeiros! e que venhas as águas de março, os ventos de maio.
pois eu rasgo em verso e prosa o verbo firme do tempo que tudo destrói.
a aparição dela na minha vida não vai passar.
pois a beleza que abriga seus olhos marca quem ela olha.
e eu não pude escapar, não pude.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

E de tanto amor..

E de tanto amor
se achega as vezes um medo,
de algo tão grande
é um medo que passa
quando você me abraça
e fala, dentro da minha boca
todas aquelas coisas que saem de vocÊ
e entram em mim.
eu gosto quando você tira os óculos que te fazem enxergar longe
pra poder me olhar mais de perto.
e cresce dinovo aquele medo
porque se apresenta o meu coração.
trequinho frágil, bomba-relógio
que quase explode quando olho dentro dos seus olhos claros e castanhos.
e eu fico ali, atônita. e penso as infinitas possibilidades que o mundo pode absorver pra tirar ssa paz de mim, porque é tão grande, tão lindo e tão verdadeiro qe eu não quero, não quero nunca perder.
e aí eu fico assim.
encantada. espantada. com medo e vontade de chorar.
porque eu sei que eu vou me jogar. eu vejo o abismo, logo ali em frente.
e nunca, na minha vida inteira isso aconteçeu. eu vejo tudo que um dia eu sonhe na minha frente. e eu não vou deixar escapar, não vou.

Pop Art. - By Paco.

sábado, 4 de abril de 2009

Quando Ana chorou.

A melancolia entrava como um desfecho naquela tarde nublada. Ana acendeu um cigarro enquanto encontrava no rádio um blues meio assim; meio jazz, meio solidão.
Sentada no sofá, com seu hobbie florido que seu namorado havia lhe dado de presente de aniversário, sentia-se tão clichê quanto a sua mãe, sua avó, suas tias. Logo ela, tão Cult, cheia de ideologias pós-moderninhas – com seus comportamentos contemporâneos, e sua pose de “oh, não sofro, não choro por amor (sim, porque eles acabam sempre)”, “gosto da minha individualidade. Fique no seu quadrado, por favor...” e todos aqueles blá blá blás de mulher moderna independente do século XXI. Logo ela, chorava naquela tarde cinza, com seus cigarros, seu esmalte vermelho suas pitangas. Foi para mim uma descoberta inacreditável saber que Ana, a mulher pós-contemporânea, também chora pitangas. E por amor, diga-se de passagem! Nessa tarde mesmo Ana se pegou chorando por usar o hobbie florido que aquele namorado, o Marcel, tinha lhe dado de presente no seu aniversário. Era um hobbie lindíssimo e florido, que o próprio trouxe de bali na sua última viagem. Mas já faziam meses que ele havia dado. Cinco meses na verdade. E no dia do aniversário de Ana, quando ela abriu o hobbie, não gostou muito do que viu. O xingou; disse que ele não a conhecia; que só um homem do século passado mesmo para dar de presente a sua namorada algo tão brega e tão kitsch quanto um hobbie florido. Ah, ele nunca soube agradá-la. Nunca soube do que ela realmente gostava. Pois na frente das amigas moderninhas, Ana ouvia Artic Monkeys, e Amy winehouse; mas quando elas não estavam, ela pegava emprestado o hobbie florido da mãe e as pantufas cor-de-rosa, e com uma grande caneca de café e 2 carteiras de cigarro danava-se a ouvir Roberto Carlos. E ele a achava tão linda e confortável no hobbie florido da mãe, ela levitava em seu estado de graça. Vivia falando pela casa que o adorava. Então, em bali quando viajou para fazer pesquisas universitárias, a saudade de Ana quase matou o pobre rapaz. Ficavam na memória os momentos em que sentavam os dois, ela de hobbie florido e ele de camiseta e bermuda, ao lado da vitrola, para ouvir as canções do Roberto Carlos. E eram tantas! A saudade quase o matou nesses meses que passou longe de Ana. Mas caminhando pelas ruas daquele lugar, algo fizeram seus olhos brilharem: o hobbie florido! Igual a mãe de Ana! Perfeito presente para matar a saudade daqueles momentos a qual ele tinha tanto apreço. Comprou. E quando chegou ao Brasil portando o hobbie florido, decidiu lhe fazer uma surpresa, pois o aniversário de Ana se aproximava. Chegou em sua festinha radiante. Marcel, de sorriso tão florido quanto o hobbie, deu-lhe um beijo na nuca, deixou com que Ana conversasse com suas amigas, enquanto tirava de seu velho fusca azul turquesa, que havia sido de seu pai, o lindo presente para sua estimada namorada. Ana viu o pacote, não haviam escrito em português. Seus olhos brilhavam, como os de uma menina que ganha a primeira boneca. Rasgou sem dó o embrulho. E ele aguardava ansioso a reação dela ao seu presente, que lhe havia custado os últimos dólares que restavam para vários dias de viagem ainda. Mas para o transtorno do pobre rapaz, Ana mudou de feição. Disse que não gostara desse ridículo presente, e que só mesmo “um homem do século passado, que andara de fusca azul turquesa iria querer uma namorada de hobbie florido.” As amigas dela riram. Junto a elas, Ana dançou um tango argentino sobre o coração de Marcel. Pobre Marcel, que agora, saia sem despedir-se de Ana. Deixou o estimado hobbie florido caído ao chão, dessa vez sem sorrisos, sem saudades, e com uma velha canção do Roberto Carlos tocando no rádio do fusca turquesa. Naquele momento Ana soube, pelo olhar ferido de Marcel que ele nunca mais voltaria. Doeu nela, mas o show continuou (sempre continua, oras!) . E ela e suas amigas passaram a noite rindo do hobbie florido, tomando bordos e cabernet, falando de Fellini, Woody Allen, e Brigitte Bardot. Mas a festa acabou (sempre acaba.), e no meio da limpeza, Ana recolheu do chão o maldito hobbie florido que ela tanto tinha zombado. Jogou em um canto qualquer. Passaram-se 5 meses após aquele dia. E todos os dias, Ana chorava na calada da noite a falta que fazia o ronco barulhento do fusca de Marcel, quando ele chegara a porta de sua casa. Ah, quanta falta fazia a compainha dele ao som das canções do Roberto Carlos (que para ela, secretamente, era o rei, Roberto Carlos)! Ela chorou todas as noites sem que ninguém percebesse ou visse. Aos que perguntavam sobre a ausência de Marcel, ela apenas dizia que ele resolveu partir. Ela disfarçava absolutamente bem os efeitos colaterais dessas perguntas inesperadas. Pedia educadamente para usar o toillet, e segurava o choro até chegar lá. 10 minutos depois inventava uma desculpa, ia para casa. Suas amigas reclamavam de que ela não mais saia, não mais falava do Woody Allen e nem da Brigitte Bardot. Evitava sair ou ficar em casa vendo os “happy endings” do Clarck Gable. Cinco meses, e o telefone não tocava. Pobre Ana. A ela só a solidão agora servia de herança. E de tanto fugir de si mesma, naquela tarde cinzenta de julho ela não resistiu. Tirou do armário o velho hobbie florido. Ligou o rádio. E mesmo evitando o rei Roberto, uma bandinha Cult dessas que surgem 24 horas no século XXI tocava a versão da música predileta do Marcel, aquele rapaz do fusca azul turquesa no qual ela insistia em fingir não lembrar. “as canções que você fez pra mim”. Sentou-se ao sofá, imaginando-se invisível naquele momento. E de hobbie florido, e unhas vermelho metálico pós-moderno, ela tirou do maço um cigarro. O acendeu. “...quantas vezes você disse que me amava tanto, quantas vezes enxuguei o seu pranto; agora eu choro só sem ter você aqui...” e foi essa a primeira vez que eu vi Ana chorar. E não foi o fato de vê-la chorando que me levou a escrever esse conto; mas é que pela primeira vez, Ana perdeu o medo de ser brega ou clichê, e foi ser quem ela realmente é.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

O mundo.

eu quero.
meu lugar é o mundo, onde não há fronteiras para a minha criação.
onde possa ressoar minha canção,
onde o amor possa reinar.
colher flores nos jardins das praças
e guardar no bolso as histórias de magia e de dor que isso possa me dar.
pois minha alma é inquieta
e reza a sede de querer mais.
e esse canto do mundo é pouco.
eu quero mais é a estrada
o mar
o ar
e o amor da nega.
na bagagem, um violão.
e muito amor no coração.
pra ganhar
o mundo.

Dois.

essas cores
que saltam dos seus olhos
esses brilhos
que te cercam
um instante.
e meu coração sai pela boca.
essa magia lisérgica
que me entorpeçe como droga
me emudeçe
me entonteçe
e eu não quero que fuja de mim
não quero outro caminho
não quero querer outro desejo.
não quero.
não quero depois.
eu quero dois.
quero dois pares de olhos,
e um par de corpos.
agora, e não depois.
nosso instante perpétuo.
quadro abstrato
fotografia
registro
poema
dois.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A mesma força.



"o nosso orgulho um do outro olhando pra lente, como quem disesse: não queremos mais nada nesse mundo. e que me lembrasse a cada instante, que valeu a pena cada lançe e que valera, tenha certeza, por toda vida."

Lobão - vou te levar.

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