sábado, 29 de agosto de 2009

Divagando sobre os devaneios e os líquens de cristal.

As vezes uma disfunção do sentido paira sobre a minha cabeça branca.

A incerteza, dúvida, vapores juntamente com a fumaça do cigarro

Formam uma reação química desconhecida.

E eu paraliso para o mundo lá fora. É nessa hora que eu passo para a minha dimensão particular. Se eu tentasse explicar fracassaria.

Mas é algo como sentir o cheiro das ruas, o beijo dos casais apaixonados sobre a luz da lua; A urbanidade que banha os carros e o asfalto desse lugar...

Dói o excesso de liberdade.

Leio em ótica tridimensional as chacinas sanguinárias da periferia oposta a minha

E você, lá do céu me olha... Eu sei que olha. Mas o que vê aqui no chão?

Os pratos sujos na pia, sob o descaso das moscas que passeiam descompromissadamente pelas xícaras sujas de café?

Enquanto isso, aguando as plantas do meu jardim, tiro minhas duvidas telepáticas se você realmente vai topar envelhecer bordando as toalhas de mesa da nossa sala de jantar;

Eu poderia viver assim para sempre: Eu aguando as plantas, enquanto você borda deixando a chaleira apitar nos avisando que o café já está pronto. Dividir aquela velha cama que já viu tantas noites ébrias do nosso amor, do nosso sexo, do nosso cheiro, do nosso gozo... Apenas para esquentar nossos pés num tenebroso inverno; Eu lavaria e dobraria todas as suas roupas e jamais me arrependeria de migrar do meu estado sólido para o teu líquido, fluido; líquen de cristal que tanto e sempre me encatara. Sim, minha querida, eu sonho acordada. Mas não revelo à luz os meus devaneios. Seria capaz de realizar cada um deles só pra ver teu sorriso largo em brasa, tão aceso quanto o próprio sol, mas preciso primeiro daquela resposta;

A pergunta que sempre te fiz em sonhos e nas minhas sessões intimistas de telepatia: Você desejaria me acompanhar?!

Atravesso a rua correndo, desvio dos carros. Brinco de bem-me-quer com as pétalas de uma flor. E o teu retrato no bolso da minha carteira. Espero que dure, espero que cure toda dor que um dia aflorou aqui.

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sábado, 29 de agosto de 2009

Divagando sobre os devaneios e os líquens de cristal.

As vezes uma disfunção do sentido paira sobre a minha cabeça branca.

A incerteza, dúvida, vapores juntamente com a fumaça do cigarro

Formam uma reação química desconhecida.

E eu paraliso para o mundo lá fora. É nessa hora que eu passo para a minha dimensão particular. Se eu tentasse explicar fracassaria.

Mas é algo como sentir o cheiro das ruas, o beijo dos casais apaixonados sobre a luz da lua; A urbanidade que banha os carros e o asfalto desse lugar...

Dói o excesso de liberdade.

Leio em ótica tridimensional as chacinas sanguinárias da periferia oposta a minha

E você, lá do céu me olha... Eu sei que olha. Mas o que vê aqui no chão?

Os pratos sujos na pia, sob o descaso das moscas que passeiam descompromissadamente pelas xícaras sujas de café?

Enquanto isso, aguando as plantas do meu jardim, tiro minhas duvidas telepáticas se você realmente vai topar envelhecer bordando as toalhas de mesa da nossa sala de jantar;

Eu poderia viver assim para sempre: Eu aguando as plantas, enquanto você borda deixando a chaleira apitar nos avisando que o café já está pronto. Dividir aquela velha cama que já viu tantas noites ébrias do nosso amor, do nosso sexo, do nosso cheiro, do nosso gozo... Apenas para esquentar nossos pés num tenebroso inverno; Eu lavaria e dobraria todas as suas roupas e jamais me arrependeria de migrar do meu estado sólido para o teu líquido, fluido; líquen de cristal que tanto e sempre me encatara. Sim, minha querida, eu sonho acordada. Mas não revelo à luz os meus devaneios. Seria capaz de realizar cada um deles só pra ver teu sorriso largo em brasa, tão aceso quanto o próprio sol, mas preciso primeiro daquela resposta;

A pergunta que sempre te fiz em sonhos e nas minhas sessões intimistas de telepatia: Você desejaria me acompanhar?!

Atravesso a rua correndo, desvio dos carros. Brinco de bem-me-quer com as pétalas de uma flor. E o teu retrato no bolso da minha carteira. Espero que dure, espero que cure toda dor que um dia aflorou aqui.

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