quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Instrumento.

Todos esses versos estavam presos e acumulados em algum lugar em mim, como os dias de sol que se acumulam num verão inteiro. Agora querem sair de mim, assim, involuntáriamente. Cada vez mais descubro que sou apenas instrumento dessas coisas que me invadem, que pairam pela minha cabeça como numa espécie de filtragem ou passagem e fluem para esses cabos de fibra óptica ou para os Fás e Sóis dessa canção que canto todos os dias. Sou instrumento ainda do meu próprio violão que tira de mim meu dedos, mãos, alma e coração. Seja me matando de dor num samba de tristeza, ou sorrindo de alegria numa marchinha singela de carnaval, daquelas que exaltam o meu belo Recife, com suas pontes e beleza sem igual. Daqui de fora, sinto saudades e muita preguiça.
Porém, minha voz nunca me deixa triste.


[continua...]

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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Instrumento.

Todos esses versos estavam presos e acumulados em algum lugar em mim, como os dias de sol que se acumulam num verão inteiro. Agora querem sair de mim, assim, involuntáriamente. Cada vez mais descubro que sou apenas instrumento dessas coisas que me invadem, que pairam pela minha cabeça como numa espécie de filtragem ou passagem e fluem para esses cabos de fibra óptica ou para os Fás e Sóis dessa canção que canto todos os dias. Sou instrumento ainda do meu próprio violão que tira de mim meu dedos, mãos, alma e coração. Seja me matando de dor num samba de tristeza, ou sorrindo de alegria numa marchinha singela de carnaval, daquelas que exaltam o meu belo Recife, com suas pontes e beleza sem igual. Daqui de fora, sinto saudades e muita preguiça.
Porém, minha voz nunca me deixa triste.


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