quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Janeiros.

Aracaju, 08 de Janeiro de 2010. 01:21Hs.



A insônia me ataca mais uma vez. E esse apartamento vazio como uma concha, faz ecoar todas as notas ressonantes do meu ser. Olho as paredes, as pinturas, as gravuras do meu ser imprimidas nessas paredes. Fernando pessoa sorri em sua divertida caricatura em minha janela, enquanto Leminsky franzindo as sobrancelhas, faz-me lembrar que "amar é um elo entre o azul e o amarelo".
Hoje foi um dia bom. Fomos lá, eu e ela, recolher o fruto de seu trabalho. E foi lindo pra mim vê-la crescer mais um degrau embaixo dos olhos daquele homem que tanto duvida de seus potênciais.
Toda uma felicidade cotidiana das sextas feiras. Ela me deu um presente. Um presente que eu costumava dar, ao invés de receber. E ainda me pego olhando com um sorriso bobo no rosto para minha mão direita que agora é enfeitada por algo que simboliza o primeiro ano de uma longa jornada que se iniciou no janeiro que se passou junto com o ano de 2009. É outra vez janeiro e com muita garra e dedicação cheguei aqui. Deliciosamente engraçada essa sensação boa de tirar os sonhos do papel. Agora é real e estou aqui, nessa noite de insônia olhando para as paredes dessa casa. Meu quarto, portando lembraças e cheiros de momentos que foram e são só nossos, a sala que armazena de cada amigo uma risada, de cada visita um traço, um gesto de bondade e compaixão a nós. As taças, os vinhos, as velas... cada tom, cada jogo de cama, cada toalha de mesa... Finalmente estou aqui. E não me satisfaço com isso. Talvez meu maior defeito seja não parar de querer nunca. Então eu quero. Quero que ela faça as malas, quero que ela venha ocupar o outro lado da cama que ganhamos, Quero que venha dividir comigo essa mesa de café da manhã. Os cigarros, os beijos mornos, as TPM'S, as risadas, as lágrimas, as brigas, as contas, e toda essa vida de gente grande que decidi antecipar por nós. Todo esse regozijo de liberdade, toda essa responsabilidade que já assumimos. E depois que a tiver aqui, ainda não vou parar de querer. vou querer o mundo, com a mão dela na minha: França, Bogotá, São paulo, Recife, Aracaju... vou querer o Rio de janeiro e toda aquela copacabana nas cordas do meu violão. Pois vejo que cada vez que ela se achega em meus braços, o mundo cabe mais em meu bolso. E portátil se faz a felicidade, já que assim, me sinto completa.





Que esses ventos de janeiro nos leve para longe, estando cada vez mais perto.

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Janeiros.

Aracaju, 08 de Janeiro de 2010. 01:21Hs.



A insônia me ataca mais uma vez. E esse apartamento vazio como uma concha, faz ecoar todas as notas ressonantes do meu ser. Olho as paredes, as pinturas, as gravuras do meu ser imprimidas nessas paredes. Fernando pessoa sorri em sua divertida caricatura em minha janela, enquanto Leminsky franzindo as sobrancelhas, faz-me lembrar que "amar é um elo entre o azul e o amarelo".
Hoje foi um dia bom. Fomos lá, eu e ela, recolher o fruto de seu trabalho. E foi lindo pra mim vê-la crescer mais um degrau embaixo dos olhos daquele homem que tanto duvida de seus potênciais.
Toda uma felicidade cotidiana das sextas feiras. Ela me deu um presente. Um presente que eu costumava dar, ao invés de receber. E ainda me pego olhando com um sorriso bobo no rosto para minha mão direita que agora é enfeitada por algo que simboliza o primeiro ano de uma longa jornada que se iniciou no janeiro que se passou junto com o ano de 2009. É outra vez janeiro e com muita garra e dedicação cheguei aqui. Deliciosamente engraçada essa sensação boa de tirar os sonhos do papel. Agora é real e estou aqui, nessa noite de insônia olhando para as paredes dessa casa. Meu quarto, portando lembraças e cheiros de momentos que foram e são só nossos, a sala que armazena de cada amigo uma risada, de cada visita um traço, um gesto de bondade e compaixão a nós. As taças, os vinhos, as velas... cada tom, cada jogo de cama, cada toalha de mesa... Finalmente estou aqui. E não me satisfaço com isso. Talvez meu maior defeito seja não parar de querer nunca. Então eu quero. Quero que ela faça as malas, quero que ela venha ocupar o outro lado da cama que ganhamos, Quero que venha dividir comigo essa mesa de café da manhã. Os cigarros, os beijos mornos, as TPM'S, as risadas, as lágrimas, as brigas, as contas, e toda essa vida de gente grande que decidi antecipar por nós. Todo esse regozijo de liberdade, toda essa responsabilidade que já assumimos. E depois que a tiver aqui, ainda não vou parar de querer. vou querer o mundo, com a mão dela na minha: França, Bogotá, São paulo, Recife, Aracaju... vou querer o Rio de janeiro e toda aquela copacabana nas cordas do meu violão. Pois vejo que cada vez que ela se achega em meus braços, o mundo cabe mais em meu bolso. E portátil se faz a felicidade, já que assim, me sinto completa.





Que esses ventos de janeiro nos leve para longe, estando cada vez mais perto.

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