
domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Sobre a solidão e sua jocosa dança.
Ah solidão, em que mares navegas? Vôo as sombras de teus passos arrastados, e não pela falta de amor em minha vida; mas por essa estranheza de ser o que sou em tudo, e ao mesmo tempo em nada. Esse rosto moço em que me carregas, acolhe rugas que só tu conheces.. ah solidão! Sai de teus portos soturnos e finda-te! Deixa que as correntezas marinhas te levem aqui e ali para que nos braços de qualquer mulher, possas desafogar a estranheza de ser quem tu és; tudo e nada... Pegadas destintas; grãos de areia em minha longa estrada. Ah solidão! Bebais vinho e comeis das melhores comidas... te farta solidão, pois hoje, só hoje é teu dia! Hoje é tu que faz festa. Banha-te com as aguas cheirosas, lava teu corpo estranho e talhado pelos cortes das almas que ceifastes. Veste-te com os melhores tecidos, cetim, seda, e algodão... pois até mortalha merece ser honrada. O que seria do branco no arco-íris se não fosse o negro céu em tempestade precedendo-lhes sua beleza? Calça teus pés de chumbo, empunha teu cajado, amiga minha; pois hoje, jantas com tua amada. E em lépido furor, irás te apaixonar. Vejas, tua noiva te espera! ao norte, chega em caravela. Jantas em meu convés. Pois na tua festa, empunho a pena do pesar, para escrever aqui a jocosa dança de amor das destintas senhoras, que a mesa, sentam hoje comigo. Te encorajas à saber o nome da noiva amada reservada pelo destino à solidão amiga? Pois deixo que ela lhe sussurrar ao ouvido quando quiser-se revelar. Mas te digo, que na velhice, ela se aproxima, te dando o beijo letal, ou chamando-te para o menáge que revelará teus cabelos brancos. Por enquanto, pelos sete mares navegam elas, a procura de alguém que possa ocupar a terceira cadeira ao meio de suas cabeçeiras.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Agri-doce
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Cansando a vista de quem vem pra ver.
Já é tarde
e eu preciso dormir
amanhã é dia tenso
mas eu não entendo.
não consigo
dormir
grunir
como qualquer vida inerte na madrugada.
rock'n'roll e sobriedade
cansando a vista
e a visita
de quem vem
apenas para
ver.
domingo, 10 de outubro de 2010
Brincando de sonhar com o futuro.
um violão no canto da casa, um cheiro gostoso vindo da cozinha. Anoitece, e o cobertor de lã da felicidade simples, nos protege do frio da solidão no mundo lá, fora de nós. '
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
"-Amor, ponha o fone de ouvidos."
"-porque amor?"
"apenas faz o que te peço, por favor?!"
aceitei sem hesitar.
exilou-se à sala da nossa casa, levou o computador.
e quando voltou, trouxe o mais belo filme de amor que já pude ver em minha vida.
ela despiu-se ali, pra mim.
despiu-se de muros e vestiu-se de palavras;
Ah, palavras...
aquelas eram as palavras mais doces que eu já pude ouvir.
preto-e-branco era o vídeo, coloridos de lágrimas e emoções eram seus olhos.
hoje, o filme roda em minha cabeça.
e me sinto abençoada
por ter matado minha sede em suas fontes de luz.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Do amor
fumo de teu cigarro
absorvo-te as gotículas de vitalidade que te restam;
sorvo para mim todos os teus sonhos mais lindos
Alimento uma a uma tuas esperanças
te faço infante, valente guerreiro
corajoso e garboso
faço-te pouco à pouco caminhar para o precipício.
e depois de glórias sem fim
o amanhecer de um sol leitoso e maduro;
quente e maternal como um dia de domingo...
ou não.
dou-te à outra façe:
dor, sofrimento, noites sem fim.
poemas, jazz and blues.
Ah, quem sou eu?
o amor meu caro, o amor.
domingo, 31 de outubro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Sobre a solidão e sua jocosa dança.
Ah solidão, em que mares navegas? Vôo as sombras de teus passos arrastados, e não pela falta de amor em minha vida; mas por essa estranheza de ser o que sou em tudo, e ao mesmo tempo em nada. Esse rosto moço em que me carregas, acolhe rugas que só tu conheces.. ah solidão! Sai de teus portos soturnos e finda-te! Deixa que as correntezas marinhas te levem aqui e ali para que nos braços de qualquer mulher, possas desafogar a estranheza de ser quem tu és; tudo e nada... Pegadas destintas; grãos de areia em minha longa estrada. Ah solidão! Bebais vinho e comeis das melhores comidas... te farta solidão, pois hoje, só hoje é teu dia! Hoje é tu que faz festa. Banha-te com as aguas cheirosas, lava teu corpo estranho e talhado pelos cortes das almas que ceifastes. Veste-te com os melhores tecidos, cetim, seda, e algodão... pois até mortalha merece ser honrada. O que seria do branco no arco-íris se não fosse o negro céu em tempestade precedendo-lhes sua beleza? Calça teus pés de chumbo, empunha teu cajado, amiga minha; pois hoje, jantas com tua amada. E em lépido furor, irás te apaixonar. Vejas, tua noiva te espera! ao norte, chega em caravela. Jantas em meu convés. Pois na tua festa, empunho a pena do pesar, para escrever aqui a jocosa dança de amor das destintas senhoras, que a mesa, sentam hoje comigo. Te encorajas à saber o nome da noiva amada reservada pelo destino à solidão amiga? Pois deixo que ela lhe sussurrar ao ouvido quando quiser-se revelar. Mas te digo, que na velhice, ela se aproxima, te dando o beijo letal, ou chamando-te para o menáge que revelará teus cabelos brancos. Por enquanto, pelos sete mares navegam elas, a procura de alguém que possa ocupar a terceira cadeira ao meio de suas cabeçeiras.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Agri-doce
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Cansando a vista de quem vem pra ver.
Já é tarde
e eu preciso dormir
amanhã é dia tenso
mas eu não entendo.
não consigo
dormir
grunir
como qualquer vida inerte na madrugada.
rock'n'roll e sobriedade
cansando a vista
e a visita
de quem vem
apenas para
ver.
domingo, 10 de outubro de 2010
Brincando de sonhar com o futuro.
um violão no canto da casa, um cheiro gostoso vindo da cozinha. Anoitece, e o cobertor de lã da felicidade simples, nos protege do frio da solidão no mundo lá, fora de nós. '
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
"-Amor, ponha o fone de ouvidos."
"-porque amor?"
"apenas faz o que te peço, por favor?!"
aceitei sem hesitar.
exilou-se à sala da nossa casa, levou o computador.
e quando voltou, trouxe o mais belo filme de amor que já pude ver em minha vida.
ela despiu-se ali, pra mim.
despiu-se de muros e vestiu-se de palavras;
Ah, palavras...
aquelas eram as palavras mais doces que eu já pude ouvir.
preto-e-branco era o vídeo, coloridos de lágrimas e emoções eram seus olhos.
hoje, o filme roda em minha cabeça.
e me sinto abençoada
por ter matado minha sede em suas fontes de luz.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Do amor
fumo de teu cigarro
absorvo-te as gotículas de vitalidade que te restam;
sorvo para mim todos os teus sonhos mais lindos
Alimento uma a uma tuas esperanças
te faço infante, valente guerreiro
corajoso e garboso
faço-te pouco à pouco caminhar para o precipício.
e depois de glórias sem fim
o amanhecer de um sol leitoso e maduro;
quente e maternal como um dia de domingo...
ou não.
dou-te à outra façe:
dor, sofrimento, noites sem fim.
poemas, jazz and blues.
Ah, quem sou eu?
o amor meu caro, o amor.